Mesa 2 – Memórias: Futebol e Política
Conferência sobre a relação entre futebol e política, especificamente sobre o uso da Seleção Brasileira de futebol masculino como instrumento político pela Ditadura Militar, exatamente no período mais duro do regime, entre 1968 e 1978, quando vigorou o Ato Institucional nº 5. Nesse intervalo de tempo, vimos o Brasil ser tricampeão na Copa do Mundo de 1970, a militarização da Confederação Brasileira de Desportos e a realização da Copa do Mundo de 1978 na Argentina.
No segundo dia do evento, realizado no Sesc Pompeia, a primeira mesa falou sobre como futebol e política estão intrinsecamente relacionados. Participaram do debate Pablo Alabarces, Milly Lacombe, Lívia Magalhães e Adilson Monteiro Alves, com mediação de Bernardo Borges Buarque de Hollanda.
Os professores Pablo Alabarces, especialista em futebol, violência e política, e Lívia Magalhães, especialista em futebol, memória, gênero e autoritarismo, destacaram como governos – autoritários ou democráticos – tentaram usar o futebol como forma de buscar transferir o sucesso no esporte para a popularidade governamental.
A jornalista Milly Lacombe e Adilson Monteiro, ex-dirigente esportivo, um dos idealizadores da Democracia Corinthiana, por sua vez, pontuaram que futebol e política não só estão ligados como não se separam, ressaltando a atuação da mídia e dos clubes, respectivamente, na defesa da democracia.
Palestrantes:
Pablo Alabarces Sociólogo, professor da Universidad de Buenos Aires (UBA), especialista em futebol, violência e política.
Lívia Magalhães Historiadora, professora da Universidade Federal Fluminense, é especialista em futebol, memória, gênero e autoritarismo.
Milly Lacombe Jornalista, é uma mulher pioneira no jornalismo esportivo.
Bernardo Buarque de Hollanda Historiador, professor da FGV CPDOC, é especialista em futebol, torcidas organizadas e cultura brasileira.