Mesa 5 – Copa do Catar e Multi-culturalismo: Diásporas e Migrações

Esta mesa-redonda parte do fato de a Copa do Mundo do Catar 2022 ser a primeira que se realizará no Oriente Médio, depois de vinte e uma edições, para debater muitos outros assuntos relacionados ao futebol no mundo islâmico. O multi-culturalismo ganha relevância não apenas por dizer respeito às culturas que convivem nessa região do planeta, mas também por remeter às diásporas e migrações das populações locais para todas as direções do globo terrestre ao longo dos séculos. Tendo esse contexto como pano de fundo, pretendemos dar concretude à discussão ao abordar tanto questões amplas como esporte, economia e sociedade, quanto histórias específicas como a do Club Deportivo Palestino, no Chile, e a da Copa dos Refugiados e Imigrantes, no Brasil.

Abrindo o último dia do Simpósio, o assunto foi Copa do Catar e tudo que envolve a realização do maior evento futebolístico do mundo em um país do Oriente pela primeira vez. Participaram do debate Carlos Medina, Faras Ghani, Luiz Burlamaqui e Abdul Jarour, com mediação de José Paulo Florenzano. 

🔸 O pesquisador Carlos Medina e o historiador Luiz Burlamaqui trouxeram um breve contexto sobre a história dos palestinos no futebol chileno e sobre as relações internacionais – muitas corruptas – na FIFA, respectivamente. Burlamaqui questionou a narrativa da corrupção como sendo um problema que só aparece quando envolve países “fora do eixo” – como ocorre agora no Catar.

🔸 Faras Ghani, jornalista responsável pela cobertura digital da Copa pela Al Jazheera e residente do Catar, destacou as mudanças propostas pelo governo nos últimos anos, de olho no Mundial, pontuando a necessidade de se atentar para o que vai acontecer após a competição.

🔸 E Abdul Jarour, refugiado sírio residente em São Paulo, contou sobre o projeto da Copa dos Refugiados e a importância da inclusão dessas pessoas na sociedade através do futebol.

Carlos Medina Lahsen Engenheiro civil da informática, é pesquisador do C. D. Palestino e do futebol chileno.

Luiz Guilherme Burlamaqui Historiador, é especialista em futebol, política e instituições. José Paulo Florenzano Antropólogo, é especialista em Antropologia Urbana, Sociologia do Esporte e História Política do Futebol.

Abdulbaset Jarour Administrador e empreendedor, é sírio de origem e naturalizado brasileiro. Ministra palestras sobre migração, refúgio, cultura árabe e esporte. Entre tantas atuações, é coordenador da Comissão de Direitos Humanos, Migrantes e combate à Xenofobia, e da Copa do Mundo dos Refugiados e Imigrantes.

Faras Ghani Jornalista e fotógrafo, é o editor digital em inglês da rede Al Jazeera, sendo responsável pela cobertura in loco da Copa do Mundo do Catar 2022.

Luiz Guilherme Burlamaqui

Doutorando em História Social da USP.

José Paulo Florenzano

Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994), mestrado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (1997), doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (2003), e pós-doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Doutorado do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é coordenador do curso de Ciências Sociais e professor do departamento de antropologia da PUC-SP, membro do Conselho Consultivo, do Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB), do Museu do Futebol, em São Paulo, membro do Conselho Editorial das Edições Ludens, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre o Futebol e Modalidades Lúdicas, da Universidade de São Paulo, e participa do Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas (GEPRACC), do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia Urbana, Sociologia do Esporte e História Política do Futebol, campo interdisciplinar no qual analisa a trajetória dos jogadores rebeldes, o desenvolvimento das práticas de liberdade, a significação cultural dos times da diáspora.

Veja também:
  • 3 de abril de 2024

    Debate com a comissão organizadora

    Fernanda Ribeiro Haag, Mariana Mandelli, Marina de Mattos Dantas, Natália Silva, Taiane Anhanha Lima
  • 2 de abril de 2024

    Projetos e produtos

    Giovanna Vitória Rodrigues Pereira, Nathalia Cristina Servadio, Bianca Anacleto Francisco, Mônica Saraiva da Silva, Aira F. Bonfim
  • 1 de abril de 2024

    Mulheres e Torcer

    Yordanna Lara Rêgo, Maria Karolinne Rangel de Mello, Thaís Rodrigues de Almeida, Ana Caroline Lessa, Gabriela Lopes Gomes