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17 de fevereiro de 1974 – Barcelona 5, Real Madrid 0: Abertura política e el clásico no fim da Ditadura Franquista

Ana Paula Florisbelo da Silva 24 de dezembro de 2020
Equipe do Barcelona na fatídica vitória por 5 a 0 sob o Real no Santiago Bernabéu. Fonte: Marca.

Não é novidade para amantes do futebol o tamanho e peso da rivalidade entre Real Madrid e Barcelona. Dois dos mais vencedores clubes do mundo, que dividem entre si 18 títulos na Champions, o el clásico é uma das maiores rivalidades existentes no esporte. Parte da intensidade desse antagonismo entre o time madrileno e o catalão se deve a seu lado político.

Acontecimentos recentes escancaram o envolvimento da política na existência de culés e merengues, que explicam suas desavenças: Em 2015, o Barcelona é multado pela UEFA por bandeiras da Catalunha em seu estádio, em partida válida pela Champions League. Seria então a segunda vez que o clube recebia uma sanção da instituição por manifestações nacionalistas em partidas pela competição.¹

No mesmo ano, o Real Madrid se recusava a ceder o Santiago Bernabéu para final da Copa do Rei, entre Barcelona e Athletic Bilbao, algo que já ocorreu em outras ocasiões. Embora as razões não foram confirmadas, suspeita-se que a negativa tem causas políticas. Ambos os times são de regiões separatistas, e vê-los levantando títulos em sua própria casa poderia ser considerada uma ofensa, além de gerar alguma confusão dentro e fora do estádio.²

Em novembro de 2020, Sérgio Ramos revela que o ambiente hostil entre jogadores merengues e culés por pouco não estragou a relação da seleção espanhola em seus tempos vitoriosos, entre 2008 e 2012. O defensor explicou que, graças ao trabalho de apaziguamento do treinador na época, Vicente del Bosque, conseguiram estabelecer a união necessária para o selecionado espanhol, que tinha na final da Copa de 2010 apenas um jogador não pertencente aos rivais Barcelona e Real.³

Estes e muitos outros acontecimentos demonstram que a rivalidade entre os clubes espanhóis transcende o âmbito meramente esportivo. A ligação de ambos com as regiões que representam é indiscutível, e se manifesta em suas próprias histórias e identidades. O time da capital madrilena obtém do rei Alfonso XIII, em 1920, o direito de ostentar em seu brasão o símbolo da monarquia espanhola, além do título de ‘Real’ em seu nome, após o clube sugerir a criação da Copa do Rei em homenagem ao monarca. Em troca, o clube oferece ao rei espanhol o título de presidente de honra do clube.4

A Ditadura Franquista, regime autoritário que dura entre 1939 e 1975, ajudou a cimentar a maior rivalidade espanhola no âmbito do futebol. O conhecido slogan mès que un club do clube barcelonês, nascido no fim da década de 60, demonstra que o time possui um valor simbólico e identitário que transcende o meramente esportivo. Naquele período, ante a proibição de qualquer manifestação cultural por parte das regiões separatistas, que tiveram suas línguas e símbolos proibidos, o Barcelona se torna para a Catalunha um signo de identidade.

Rivalizar com o time da capital, por sua ligação com o poder espanhol, seria assim visto pela torcida culé como uma maneira de rivalizar com o poder centralista da ditadura. Dos doze presidentes da Federação Espanhola durante o franquismo, seis possuíram ligação com o Real Madrid. Somando-se aos dirigentes do futebol espanhol ligados ao Atlético de Madrid, obtemos um total de dez dos doze presidentes da RFEF com ligação a times da capital espanhola.5 Também não era segredo a ninguém que a grande maioria de militares e políticos ligados a ditadura tinham como clube favorito o Real Madrid. Suas presenças em partidas do Real eram constantes, e demonstravam relação amigável com a diretoria do clube.

Santiago Bernabéu recebe o ditador Francisco Franco, após título da equipe de basquete na Copa da Europa. Fonte: ABC.

O franquismo utilizou-se do vitorioso Real Madrid dos anos 50 e 60 para fins políticos e diplomáticos. Em 1955, após o primeiro título internacional do clube, Franco concedeu ao Real Madrid a medalha da ordem Imperial Cruz do Jugo e das Flechas, a maior condecoração do Estado franquista, recompensa dada por destacados serviços prestados à nação espanhola. Sempre possuindo militares ligados ao franquismo entre seus dirigentes, o Real tinha boas relações com o poder, como a amizade de Santiago Bernabéu com Agustín Muñoz, ministro do exército entre 1951 e 1957, e vice-presidente do governo entre 1962 e 1967. Esta amizade e proximidade com os círculos do poder, inclusive, ajudava a amortecer desentendimentos com o poder do futebol espanhol, por parte do polêmico e genioso presidente dos merengues.6 

Obviamente o Barcelona, como um dos grandes clubes espanhóis, também se viu utilizado pelo poder ao longo do franquismo, que reconhecia no futebol uma eficiente plataforma propagandística. O regime aproveitou-se inclusive da história de Kubala, um dos maiores craques da história do Barcelona, como promoção à imagem do regime. Criaram um filme sobre a história do jogador, intitulado Los Ases Buscan la Paz, no qual a ditadura se colocava como salvadora e acolhedora do atacante húngaro, que fugia do alistamento obrigatório do regime comunista instalado em seu país. A Federação Espanhola negociaria diretamente com a FIFA a nacionalização de Kubala, que tinha seus documentos presos na Hungria.7

Espanha na década de 70: El Espíritu del 12 de Febrero e o início do fim para o franquismo

O terceiro e último período do franquismo (1966-1975) é uma época de renovação não só do poder, mas também da sociedade. Franco, cada vez mais doente, aparecia cada vez menos em público e nos bastidores do poder. Ciente da idade avançada e da saúde frágil, preparava sua sucessão. Declarou a monarquia espanhola como sua legítima sucessora. De 1969 até a morte de Franco, uma luta dentro do próprio governo ajudava a desmontar o regime: Por um lado os franquistas cada vez mais isolados, de outro os reformistas lutando em vão.

A primeira reforma que inaugura o período de abertura do regime é a lei de imprensa de 1966, com levantamento parcial das limitações impostas à liberdade de expressão. Segundo Garasa (2010, p. 35), os motivos que levaram o regime franquista a introduzir mudanças que podiam provocar (e sem dúvida provocaram) um aumento da crítica pública e, em consequência, um debilitamento da legitimidade da ditadura foram muito debatidos. A maioria dos autores acredita que foi o resultado de pressões internacionais e estruturais resultantes do desenvolvimento econômico e da modernização que tinha experimentado a Espanha desde finais da década de 50.8

O chamado espiritu del 12 de febrero foi o último intento reformista do franquismo. Após o atentado do grupo terrorista basco ETA, que matou Carrero Blanco, nomeado por Franco para ser seu sucessor, o caudillo nomeia outro franquista em seu lugar, Arias Navarro, conhecido por sua ortodoxia e fidelidade ao franquismo. Arias, no entanto, surpreendeu a sociedade espanhola em seu primeiro discurso nas Cortes como presidente do governo, em 12 de fevereiro de 1974, por seu posicionamento reformista. O centralismo rígido e doutrinário do estado criava problemas e descontentamento cada vez maiores, em especial na Catalunha e nas províncias bascas. “O ressurgimento da cultura catalã foi o símbolo de um movimento de protesto nacional, um substituto da liberdade política.” (CARR, 1983, p. 231).9

Precedentes do clássico

Barcelona amargava um histórico de 13 anos sem conquistar a liga espanhola. Em contrapartida, seu maior rival nacional, o Real Madrid, havia ganhado no mesmo período uma coleção de troféus: Uma Copa Intercontinental, duas Copas dos Campeões da Europa (atual Champions League), nove campeonatos espanhóis e duas copas do Rei (no período da ditadura denominada Copa del Generalísimo).

Naquele ano de 1974, no entanto, o rival madrileno, em crise, estava distante do topo da tabela no campeonato nacional. Miguel Muñoz, técnico dos merengues, havia sido demitido em 14 de janeiro de 1974, após 13 anos à frente do time. Antes da partida, o Barcelona estava há 16 jogos na La Liga sem perder. Até então, desde a inauguração do novo estádio Chamartín do Real em 1947 (nomeado de Santiago Bernabéu em 1955), o Barcelona só vencera duas partidas pela liga espanhola na casa do rival madrileno.

Santiago Bernabéu e Miguel Muñoz, técnico do Real Madrid entre 1960 e 1974. Fonte: Marca.

A partida e suas interpretações

Domingo, dia 17 de fevereiro de 1974, estádio Santiago Bernabéu. Com dois gols de Asensi (31’, 54’), um de Cruyff (39’), Carlos (65’) e Sótil (70’); e um gol anulado de Macanás do Real, a partida terminou em incríveis 5 a 0 para o time catalão.

Capa do jornal El Mundo Deportivo, do dia 18 de fevereiro de 1974.

Os jornais transbordaram de elogios ao time de Rinus Michels. O El Mundo Deportivo, de 18 de fevereiro, assinala que o Barcelona ditou as regras do jogo, partida que confirmava o péssimo momento do time da capital, que só aguentou o rival pelos primeiros 25 minutos. Sua marcação por zonas foi um desastre, e o Barcelona foi superior de ponta a ponta (p.5). Na página 8, dedicada às entrevistas aos técnicos, o jornalista pergunta a Rinus Michels se Cruyff fora a peça destacada da equipe blaugrana. O holandês responde que Cruyff é um peão a mais do conjunto, onde não pode haver destacados.

Ao treinador do Real, Molowny, o jornalista questiona o que aconteceu. Molowny responde que não puderam chegar quase nunca, e que o Barcelona foi superior, não conseguindo seu time se impor. Michels destaca que toda a equipe foi bem em um trabalho de conjunto, Molowny confirma o mérito de todos os jogadores do Barcelona e, em contraste, a má atuação e falhas de sua equipe inteira.10

Quando partimos, no entanto, para a leitura dos dois jornais de maior tiragem da Espanha na década de 70 (ABC, de Madri; La Vanguardia, de Barcelona), observamos algo interessante. Para além dos elogios ao maravilhoso e avassalador jogo conjunto do Barcelona, e das críticas a pobre atuação do Real Madrid, a goleada é relacionada com o contexto político da época, de uma Espanha submersa no Espírito del 12 de febrero, cheia de expectativas sobre a provável abertura do regime, anunciada pelo líder do governo, Arias Navarro.

Capa do jornal ABC, do dia 19 de fevereiro de 1974.

Na página 56 do caderno de esportes, encontramos o seguinte trecho: “Todos os homens do Barcelona eram homens livres, como se houvessem resolvido através do futebol um problema social e político. Sim, o jogo do Barcelona foi um canto à liberdade, quase revolucionário” (tradução nossa).11

Capa do caderno de esportes do jornal La Vanguardia, do dia 19 de fevereiro de 1974.

No periódico La Vanguardia encontramos o maior número de ligações entre a goleada e o momento político da Espanha. Apesar de, diferentemente do ABC, a partida não estar em destaque em sua capa, apareceu muito mais ao longo de suas páginas. Já na página 5 nos deparamos com essa tirinha: o goleiro do Real Madrid, em frente a seu gol, com as cinco bolas dos gols do Barcelona, se questionando se a goleada seria resultado da abertura de que tanto falam.

 

PERICH, Jaime. Los tres pies del gato. In: La Vanguardia Española. Barcelona, p. 5, 19 fev. 1974.

Na página seguinte, na coluna denominada Correo Político, encontramos: “Nem todos os dias vamos ter informações de aberturas de grande peso político. A abertura mais espetacular e popular teve como cenário […] não as Cortes nem o Palácio do Senado, e sim o estádio Santiago Bernabéu. Aqui sim se derrubaram os ferrolhos, os hermetismos, o imobilismo e as portas fechadas. […] Postos a fazer a abertura, temos começado pelo futebol. […] Cruyff e Nétzer tem sido como dois símbolos das vantagens e inconvenientes de nossa possível incorporação à Europa. Os fora de jogo dos atacantes do Real Madrid foram substituídos, como tema polêmico ao fora de jogo dos atacantes do desenvolvimento”. (grifos e tradução nossa, p. 6).12

Na mesma página, em crônica de Francisco Umbral, destacamos os seguintes trechos: “Me parece que a Madri vem bem essa lição de humildade. É já muito centralismo. […] No débil, no que não importa, há que deixar que metam cinco gols de vez em quando. Mas gols políticos, regionalistas, culturais e ideológicos, não nos vão a meter tantos. […] a derrota pode ser positiva por permitir que se desafoguem um pouco as raivas periféricas contra o centralismo. Toda a periferia se sente vingada de Castela. […] A orteguiana redenção das províncias se consuma graças à Cruyff. Por fim a periferia obtém a revanche de tanto centralismo e tanto decreto.” (grifos e tradução nossa, p. 6).13

No fim da temporada, Barcelona se sagrou campeão, abrilhantando ainda mais o ano de 1974, em que o clube comemorava suas bodas de diamante (75 anos). Seu rival Real Madrid terminou a temporada em oitavo lugar, pior posição no campeonato desde 1951, somando apenas 34 pontos, pior pontuação desde 1948.

Tabela da La Liga, após a partida entre Real Madrid e Barcelona, em 17 de fevereiro de 1974. Fonte: ABC, 19 fev. 1974, p. 59.

Futebol: Panem et circenses?

Através da imprensa espanhola da época se refletia o estado de ânimo da sociedade para com a ditadura, atitude de questionamento e enfrentamento, e a esperança de que o processo de abertura pudesse desembocar no fim do autoritarismo na Espanha e na volta à democracia. Diferente do senso comum de que o futebol seria somente um espaço de alienação, vimos que o histórico placar do clássico entre Barcelona e Real Madrid foi misturado ao contexto político da época, e interpretado com base no principal assunto da política de então, a abertura do regime franquista.

Com seu histórico ligado ao poder franquista, e sendo um time vindo da capital espanhola, o Real Madrid foi ligado ao centralismo da ditadura. O Barcelona, time da capital catalã, foi visto como o representante das regiões separatistas, culturas reprimidas pelo regime que tiveram suas línguas, símbolos e bandeiras proibidas. Inclusive, times que tinham seus nomes em outras línguas que não o castelhano, tiveram que o traduzir para a língua do regime (como Barcelona, Athletic e Espanyol). Uma vitória do Barcelona, time historicamente ligado ao regionalismo da Catalunha, por uma goleada sob seu maior rival, o time madrileno, era interpretada como uma vitória sobre o franquismo, sobre os militares e poderosos ligados aos merengues, sobre os dirigentes do futebol espanhol ligados aos dois grandes times da capital, sobre o centralismo franquista que declarava a cultura castelhana como única suprema e legítima.

Aos críticos do futebol que o veem como uma distração daquilo que consideram como pautas mais importantes, o esporte poderia tomar o espaço de discussão sobre a política e a nação. No exemplo que vimos, no entanto, percebemos que esporte e política puderam tranquilamente se mesclar, exatamente porque o futebol, assim como qualquer outro fenômeno inserido na sociedade, “é a síntese de múltiplas determinações objetivas e subjetivas – emocionais, existenciais, culturais, sociais, históricas” (MURAD, 2007, p.17).14

 

Referências

1 – Disponível em: < https://www.hojeemdia.com.br/esportes/real-madrid-n%C3%A3o-cede-est%C3%A1dio-e-barcelona-vai-decidir-copa-do-rei-no-camp-nou-1.300229 >.

2 – Disponível em: <  https://sportbuzz.uol.com.br/noticias/futebol/sergio-ramos-revela-ambiente-hostil-entre-atletas-de-barcelona-e-real-madrid-e-como-del-bosque-uniu-espanha-de-2010.phtml >.

3 – Disponível em: < https://extra.globo.com/esporte/barcelona-multado-em-177-mil-pela-uefa-por-bandeiras-da-catalunha-em-estadio-17815029.html >.

4 – Disponível em: <  https://www.realmadrid.com/pt/sobre-o-real-madrid/historia/futebol/1911-1920-o-madrid-consolida-se-e-ganha-o-titulo-de-real >.

5 –  Disponível em: < https://www.lavanguardia.com/deportes/20200322/4817603458/regreso-al-pasado.html >.

6 – CALLEJA, Eduardo González. El Real Madrid, ¿”Equipo del Régimen”? Fútbol y política durante el Franquismo. Esporte e Sociedade, Rio de Janeiro, Ano 5, N° 14, Mar./Jun.2010, p. 1-19. Acesso em: 02 dez. 2020.

7 – SANJURJO, J. A Simón. Fútbol y cine en el franquismo: la utilización política del héroe deportivo en la España de Franco. Historia y Comunicación Social, Vol. 17, 2012. p. 69-84.

8 – GARASA, Sara Getino. A imprensa e a Ditadura Franquista. In: ABRÃO, Janete. (Org.). Espanha: Política e Cultura. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2010. p. 30-40.

9 – CARR, Raymond. España: de la Restauración a la democracia, 1875-1980. Barcelona: Editora Ariel, 1983.

10 – FARRERAS, Martí. 0-5: Por Madri pasó un equipo con aires de campeonismo. El Mundo Deportivo. Barcelona, p. 5-7, 18 fev. 1974.

11 – GILERA. Futbol: Un Barcelona admirable de finura y practicidad, se excibio ante el Real MadridProducción intensiva, concretada en cinco goles, recibidos deportivamente por el equipo blanco, al que anularon uno de Macanás injustamente. ABC. Madrid, p. 59-61, 19 fev. 1974.

12 – CAMPMANY, Jaime. Correo politico: Cosas de la apertura. La Vanguardia Española. Barcelona, p. 6, 19 fev. 1974.

13 – UMBRAL, Francisco. Desde la cibeles con una sonrisa: El desastre. La Vanguardia EspañolaBarcelona, p. 6, 19 fev. 1974.

14 – MURAD, Maurício. A violência e o futebol: Dos estudos clássicos aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.


** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Ana Paula Florisbelo

Graduada em História pela Universidade Federal de Goiás - Campus Catalão. Mestranda em História pela Universidade Federal de Goiás - Campus Catalão. Pesquisadora de História da Espanha Contemporânea, com foco nos temas Ditadura Franquista, nacionalismo, identidades, política e futebol. Artista.

Como citar

SILVA, Ana Paula Florisbelo da. 17 de fevereiro de 1974 – Barcelona 5, Real Madrid 0: Abertura política e el clásico no fim da Ditadura Franquista. Ludopédio, São Paulo, v. 138, n. 46, 2020.
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