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A cena do boxe: o bad boy e o bom moço (parte I)

José Paulo Florenzano 9 de janeiro de 2020

A era Muhammad Ali, delimitada pelos anos de 1960 a 1981, corresponde à etapa de maior efervescência cultural da história do boxe mundial, cerca de vinte anos de uma politização intensa da prática pugilística, processo sem precedentes nos anais desta modalidade esportiva, caracterizado por uma série de narrativas de emancipação cujo alcance não apenas transcendia os limites da sociedade norte-americana, como, sobretudo, instaurava na esfera mais ampla do Atlântico Negro interlocuções inesperadas, analogias surpreendentes, trocas fecundas a respeito de experiências comuns vividas pelos grupos da diáspora.[1] Retomando a conhecida proposição teórica enunciada por Clifford Geertz a respeito da briga de galos na ilha de Bali, podemos afirmar que “da mesma forma” que a América do Norte se revelava “num campo de beisebol”, ou “numa pista de corridas ou em torno de uma mesa de pôquer”, ela também se desnudava em um tablado de boxe, explicitando na trama semântica da luta os dilemas raciais, os conflitos políticos e as batalhas culturais que a deixavam à beira do precipício no período em foco, mas, sobretudo, nos anos sessenta.[2]

Floyd Patterson, em janeiro de 1962, na cidade de Nova York. Foto: Wikipedia.

A fim de analisarmos a transformação na cultura política do esporte operada pela figura de Muhammad Ali, faz-se necessário, porém, reconstituir em linhas gerais o quadro no qual o boxe se desenvolvia, seja para estabelecermos as categorias culturais por meio das quais ele era vivido e apreendido nos Estados Unidos; seja para avaliarmos a margem de manobra tática de que dispunham os agentes sociais dentro da estrutura simbólica da nobre arte. A rigor, quando o então jovem lutador Cassius Clay se preparava para iniciar a carreira de atleta profissional, o boxe nos Estados Unidos padecia os “anos de depressão”, isto é, uma crise profunda, provocada, em primeiro lugar, pela suspeita de manipulação dos resultados pelo crime organizado; em segundo lugar, pela campanha da imprensa contra a brutalidade da luta, refletida na morte de dois pugilistas em um curto espaço de tempo; e, por último, mas não menos importante, pela ausência de uma figura carismática no tablado, deixado vazio desde o instante em que Rocky Marciano se retirara dos ringues em meados dos anos cinquenta.[3] A disputa pelo cetro mundial dos pesos pesados, travada no início dos anos sessenta entre Floyd Patterson e Sonny Liston, não contribuía em nada para alterar a situação. Opostos entre si em vários aspectos, eles compartilhavam, contudo, o discurso do estereótipo que os marcava respectivamente com os sinais positivos e negativos de uma representação que acabava por fixá-los nos papéis comumente atribuídos aos afrodescendentes na sociedade estadunidense.

Sonny Liston foi capa da revista El Grafico ao se tornar campeão mundial dos pesos pesados em 1962, derrotando Floyd Patterson. Foto: Wikipedia.

De um lado, havia o estereótipo do bom negro encarnado pela figura de Floyd Patterson, campeão dos pesos pesados em 1956 e militante do movimento a favor da integração racial, membro vitalício do National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor).[4] De outro lado, havia o estereótipo do negro mau, personificado por Sonny Liston, boxeador egresso do sistema penitenciário do Missouri, suspeito de manter estreitas ligações com os gangsteres.[5] Em 25 de setembro de 1962, na cidade de Chicago, os dois se encontraram para disputar o título máximo da categoria. As elites brancas liberais, assim como os líderes do movimento pelos direitos civis, não tinham qualquer dúvida a respeito de qual dos dois contendores representava melhor a causa integracionista. Todavia, para decepção geral, inclusive do presidente John F. Kennedy, Sonny Liston tornar-se-ia naquela noite o novo campeão mundial dos pesos pesados, derrotando Floyd Patterson no segundo minuto do primeiro assalto.[6]

A entrada em cena de Cassius Clay verificava-se no quadro da polarização acima descrita, constituindo-se em um evento histórico cujo impacto transcendia em muito a esfera do esporte. Um evento histórico – recorda-nos o antropólogo Marshall Sahlins – afigura-se como o acontecimento que introduz uma diferença ou instaura uma ruptura na ordem simbólica, a qual, a partir daí, já não consegue mais se reproduzir com base na mesma trama semântica.[7] A aparição de Cassius Clay possuía a dimensão de um evento histórico, à medida que desencadeava uma profunda transformação na forma cultural do boxe, subvertendo-lhe a hierarquia de valores, o sistema de significados e as técnicas do corpo. Dessa maneira, ele redefinia as possibilidades de ser negro, recusando as categorias classificatórias consagradas pelo discurso de poder.[8] Ao defender no ringue esta recusa simbólica, ele lograva nocautear simultaneamente as duas imagens simétricas, mas inversas, nas quais se imobilizava o jogo das identidades, escapando, assim, às práticas divisoras de cunho racial em curso na sociedade estadunidense.[9]

Nos Jogos Olímpicos de Roma 1960, o norte-americano Muhammad Ali, então chamado de Cassius Clay, venceu o polonês Zbigniew Pietrzykowski e ganhou a medalha de ouro no boxe. Foto: Wikipedia.

Conforme salientava Muhammad Ali, avaliando em retrospecto o cenário histórico no qual lhe coubera lutar: “Eu precisava provar que podia haver um novo tipo de negro” nos Estados Unidos.[10] A consecução do objetivo traçado, no entanto, implicava tomar distanciamento não apenas em relação aos estereótipos raciais do presente, como, também, problematizar as imagens sedimentadas pelos heróis negros do passado, notadamente a do corredor Jesse Owens e a do boxeador Joe Louis, cujas trajetórias são bem conhecidas. O primeiro foi resgatado do gueto de Cleveland para o atletismo, arrebatando quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, no contexto da ascensão do nazismo na Alemanha. O segundo foi detentor do mais longo reinado na história do boxe, estabelecido entre os anos de 1937 a 1949. Nascido no seio de uma família pobre em uma fazenda no interior do Alabama, aos doze anos, em 1926, ele migrara para o Norte rumo à cidade de Detroit em busca de melhores perspectivas de vida. Atingido pelo desemprego durante a Grande Depressão, imerso no anonimato e acossado pela fome, Joe Louis foi buscar no boxe o meio de sobrevivência física, a via de ascensão social e o veículo de realização pessoal que o projetara à condição de herói popular americano, conferindo-lhe, ainda, o status de astro mundial.[11]

Jesse Owens reverencia a bandeira dos Estados Unidos enquanto outras pessoas fazem a saudação nazista em uma das cerimônias de premiação dos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Foto: Wikipedia.

O panteão dos heróis afro-americanos, porém, incluía figuras mais controvertidas como a de Jack Johnson, o primeiro campeão negro da história dos pesos pesados, título arrebatado no longínquo ano de 1908. Suas inclinações por mulheres brancas, suas predileções por roupas finas, bem como o estilo de vida boêmio, tornaram-no, aos olhos da maioria branca, a própria encarnação do “negro que não conhece o seu lugar”. Impossível, com efeito, traçar uma linha divisória entre a performance atlética exibida no ringue e a conduta social assumida em público. Mesmo depois de encerrada a carreira, as duas dimensões continuavam entrelaçadas na memória coletiva, a qual, aliás, se estendia bem além das fronteiras nacionais. No ano de 1930, por exemplo, o jornal da imprensa negra de São Paulo, Progresso, evocava em suas páginas os feitos do “antigo campeão mundial”, informando aos leitores que Jack Johnson dirigia, então, uma orquestra de jazz: “Ele com muita elegância empunha uma batuta com a mesma mão que desferia outrora golpes terríveis nos adversários”.[12]

A imprensa negra paulista investia de representatividade icônica os pugilistas da diáspora africana.[13] Nesse sentido, na mesma edição em que se punha a recordar com uma nota de nostalgia as proezas de Jack Johnson, Progresso retirava do esquecimento a figura de Joe Walcott, emoldurando-a em uma imaginada idade de ouro da modalidade esportiva situada no início do século XX. Conhecido pela sugestiva alcunha The Barbados Demon, o jornal reconstituía a trajetória do meio médio, desde o momento em que deixara a ilha do Caribe para trilhar com êxito a carreira na América do Norte. Conforme a descrição do aludido periódico, Joe Walcott “era um verdadeiro demônio em liberdade, quando se achava entre as quatro cordas do tablado”.[14] O demônio, porém, iria mudar de natureza no transcorrer da história do boxe, adquirindo pouco a pouco as feições de um homem de “olhos azuis, cabelos louros e pele branca”.[15] Mas não nos adiantemos. Antes desta metamorfose nos traços fenotípicos do Príncipe das Trevas, uma nova geração de atletas negros entraria em cena, aparentemente, mais conforme as expectativas normativas criadas e mantidas sobre os que se aventuravam no espaço exíguo do ringue.

Jackie Robinson posa para foto, vestindo a camisa do Brooklyn Dodgers, em 1954. Foto: Wikipedia.

Com efeito, as ascensões esportivas de Joe Louis, no boxe, e de Jesse Owens, no atletismo, engendraram uma nova apreciação acerca dos atletas negros dentro da sociedade estadunidense no transcorrer dos anos trinta. Envidando esforços para conquistar a admiração da opinião pública, ambos foram “instruídos” a não se comportar e agir como Jack Johnson, pois, afinal de contas, esperava-se que os negros de maneira geral fossem mais “humildes, obsequiosos, não ameaçadores, tolerantes com os estereótipos e caracterizações degradantes”.[16] Por satisfazer estas expectativas racistas, em 1947, a escolha dos dirigentes da Major Baseball League para romper a linha de cor implantada na modalidade esportiva mais popular dos Estados Unidos recaíra sobre Jackie Robinson, ele também classificado como bom negro.

Esta categoria implicava a existência de três atributos essenciais, a saber: respeito reverente ao governo dos Estados Unidos; adesão à religião civil do patriotismo e docilidade nas relações raciais.[17] Convém, no entanto, como nos casos precedentes de Jesse Owens e Joe Louis, levarmos em consideração a ressalva acerca da complexidade das significações sociais envolvidas na trajetória do primeiro atleta afro-americano da liga nacional de beisebol. Basta nesse sentido mencionarmos, por um lado, a resistência demonstrada por ele face aos insultos recebidos durante os jogos, às ameaças sofridas no transcorrer da temporada; e, por outro lado, a popularidade aferida ao longo do tempo, o caráter messiânico de que se revestira a personagem para os descendentes de africanos escravizados na América do Norte.[18]

Joe Louis foi o foco de uma campanha de recrutamento de mídia incentivando homens afro-americanos a se alistar no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Em posição oposta no período da Guerra do Vietnã, Muhammad Ali o chamaria de “Uncle Tom”, um termo depreciativo usado para negros subservientes. Foto: Wikipedia.

A concepção de esporte cultivada pela geração Jesse Owens, no entanto, implicava a defesa de uma atividade infensa às injunções políticas, livre das barreiras raciais e a salvo dos embates ideológicos presentes na vida social.[19] A luta contra o racismo, por conseguinte, dar-se-ia, não por meio de posicionamentos públicos, declarações diretas e militância engajada, e, sim, através do desempenho bem-sucedido do atleta negro dentro das regras do jogo.[20] O êxito na esfera esportiva convertia-se, porém, em uma armadilha sociológica. De fato, tanto Jesse Owens quanto Joe Louis, “encaixavam-se perfeitamente no espaço social atribuído aos afro-americanos” pela América Branca, adotando o padrão de comportamento que lhes fora prescrito.[21] Aos atletas egressos das fazendas de algodão do Sul ou dos guetos de lata do Norte, parecia não haver outra forma de aceder ao estatuto de herói nacional, a não ser submetendo-se sem questionamento às regras do jogo.

Esta caracterização, contudo, pode ser nuançada à luz da perspectiva teórica descortinada pelo conceito do Atlântico Negro. Decerto, como aponta Paul Gilroy, as modernas atividades esportivas foram pródigas na produção de arquétipos raciais e estiveram desde o princípio articuladas com a cultura política do nacionalismo, a qual, no período enfocado, gravitava em torno da noção de “raça”.[22] Mas a corporificação das estruturas ideológicas nos desafios do boxe não assegurava sempre as mesmas interpretações. Para o público localizado nos setores mais distantes do palco, as lutas se revestiam de uma significação que escapava à órbita do estado nação, recolocando em novos termos o instrumento conceitual utilizado para edificar a hierarquia entre negros e brancos, bem como para lhes determinar as respectivas identidades. Com efeito, nos idos de 1937, A Voz da Raça, em São Paulo, tecia rasgados elogios à personagem de Joe Louis, retratado como o “formidável pugilista negro” que destruía os adversários como forma de “protesto contra a diferença de raça” existente nos Estados Unidos.

A cada vitória do Black de aço a população do Harlem vibra de entusiasmo e de esperanças. É uma raça que se sacode de alegria, olhando Louis como uma réplica aos insultos preconceituosos que sentem aqueles que, como nós, possuem a epiderme colorida (na expressão de certo público).[23]

A partir dos anos sessenta, o espaço do gueto na sociedade estadunidense passaria a ter como referência uma nova geração de esportistas mais diretamente envolvidos na luta pela igualdade racial.


Notas

[1] Gilroy, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34/ Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes/Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001. Hall, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização: Liv Sovik. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

[2] Geertz, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1989, p.283.

[3] As tragédias dentro do ringue atingiram Benny Paret, em 1962, na luta contra Emile Griffith, e Davey Moore, em 1963, na luta contra Sugar Ramos. Roberts, Randy. The wide world of Muhammad Ali: the politics and ecnonomics of televised boxing. In: Muhammad Ali: the People`s Champ. Edited by Elliot J. Gorn. Chicago: University of Illinois Press, 1997, p. 34-37.

[4] Cf. “With a Bit of Fear”, Sports Illustrated, September 17, 1962, Volume 17, Number 12.

[5] Sonny Liston foi condenado a cinco anos de prisão, em 1950, por uma série de assaltos à mão armada. Ele tinha então 18 anos. Durante o encarceramento na Penitenciária do Estado do Missouri ele obteve “uma outra chance” na vida, aprendendo o ofício de boxeador. Cf. “Clear up the Liston Case”, Sports Illustrated, August 29, 1960, Volume 13, Number 9.

[6] Remnick, David. O rei do mundo: Muhammad Ali e a ascensão de um herói americano. São Paulo, Companhia das Letras, 2000, p.31.

[7] Marshall, Sahlins. Cultura na prática. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004, p. 326.

[8] Ao analisar o percurso do críquete na sociedade indiana, na passagem do colonialismo para o pós- colonialismo, Arjun Appadurai estabelece o conceito de forma cultural com base na rede de laços envolvendo o valor, o significado e a prática. O autor mostra como o processo de descolonização implicara a erosão dos valores vitorianos associados à prática esportiva, e, por conseguinte, a adoção de novos códigos de comportamento no campo de jogo, bem como a reinvenção das técnicas corporais, dentre outros aspectos que contribuíram para transformar o críquete no símbolo da nacionalidade, no veículo da paixão coletiva, no elemento central do imaginário indiano. Appadurai, Arjun. Après le colonialisme: les conséquences culturelles de la globalisation. Paris: Éditions Payot & Rivages, 2005, p. 144. 

[9] Michel Foucault. Sujeito e poder. In: Rabinow, P.; Dreyfus, H. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

[10] Remnick, David, op. cit., p. 12.

[11] Wiggins Jr.; William H. Joe Louis: American folk hero. In: Sport and the color line: Black athletes and race relations in Twentieth-Century America. Edited by Patrick B. Miller & David K. Wiggins. New York and London: Routledge, 2004, p. 127-128.

[12] Cf. “Jack Johnson”, Progresso, n. 30, 30 de novembro de 1930.

[13] Gilroy, Paul. Entre campos: nações, culturas e o fascínio da raça. São Paulo: Annablume, 2007, p. 199.

[14] Cf. “As façanhas dos grandes campeões são olvidadas…” Progresso, n. 30, 30 de novembro de 1930.

[15] Fala de Malcolm X em uma reunião da Nação do Islã, em dezembro de 1961. Ver Marable, Manning. Malcolm X: uma vida de reinvenções. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 221.

[16] Harris, Othello. Muhammad Ali and the revolt of the Black athlete. In: Muhammad Ali: the People`s Champ. Edited by Elliot J. Gorn. Chicago: University of Illinois Press, 1997, p. 56.

[17] Ross, Alexandre. Les athlètes africains-américans et les mouvements pour l`égalité raciale. Paris, L´Harmattan, 2006, p. 26.

[18] Tygiel, Jules. Jackie Robinson. “A Lone Negro” in Major League Baseball. In: Sport and the color line: Black athletes and race relations in Twentieth-Century America. Edited by Patrick B. Miller & David K. Wiggins. New York and London: Routledge, 2004, p. 178.

[19] Ross, Alexandre, op. cit. p. 23.

[20] Hartmann, Douglas. Race, culture and the revolt of the Black athlete: the 1968 Olympic protests and their aftermath. Chicago and London, University of Chicago Press 2003, p. 38.

[21] Harris, Othello, op. cit., p. 66.

[22] Gilroy, Paul, op. cit., p. 198-204.

[23] Cf. “Joe Louis”, F. Lucrecio, A Voz da Raça, n. 62, fevereiro de 1937. O texto realçava o fato de os negros norte-americanos se valorizarem não apenas no esporte, como, também, nas “universidades”.

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José Paulo Florenzano

Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994), mestrado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (1997), doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (2003), e pós-doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Doutorado do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é coordenador do curso de Ciências Sociais e professor do departamento de antropologia da PUC-SP, membro do Conselho Consultivo, do Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB), do Museu do Futebol, em São Paulo, membro do Conselho Editorial das Edições Ludens, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre o Futebol e Modalidades Lúdicas, da Universidade de São Paulo, e participa do Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas (GEPRACC), do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia Urbana, Sociologia do Esporte e História Política do Futebol, campo interdisciplinar no qual analisa a trajetória dos jogadores rebeldes, o desenvolvimento das práticas de liberdade, a significação cultural dos times da diáspora.

Como citar

FLORENZANO, José Paulo. A cena do boxe: o bad boy e o bom moço (parte I). Ludopédio, São Paulo, v. 127, n. 9, 2020.
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