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O sonho de Didi

José Paulo Florenzano 5 de abril de 2018

O interesse de Didi em exercer uma nova profissão dentro do futebol remonta à primeira metade dos anos sessenta, quando a carreira do atleta se encaminhava para o encerramento. Conforme ele próprio recordava: “A Copa de 62 me fez decidir em ser treinador”. Mas dentro desta nova área de atuação, o inventor da folha seca acalentava um “sonho”.[1] Em fevereiro de 1964, de passagem por São Paulo, Didi foi questionado pela imprensa a respeito de um suposto convite que lhe teria sido formulado pelos dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos. Na sede do Juventus, no bairro paulistano da Mooca, respondeu sem hesitação que “ninguém me convidou para dirigir a Seleção Brasileira”, mas, acrescentava, se isso viesse a ocorrer estaria “firme em 66”.[2] Ele se baseava no conhecimento adquirido na vivência profissional com Vicente Feola, Paulo Amaral e Aimoré Moreira, enfatizava ter assimilado “o que havia de melhor nos seus sistemas” e assumia um tom reivindicativo nas declarações a respeito do tema: “E penso que estou me saindo bem no Peru. Por que não na Seleção do Brasil?” De fato, por que, não?

Reportagem com o jogador Didi, Repórter: Jadir [Jader] Neves, 11 negativos 6x6 cm PB acetato
O sonho de Didi. Foto: Arquivo Público do Estado de São Paulo. [Reportagem com o jogador Didi, Repórter: Jadir [Jader] Neves, 11 negativos 6×6 cm PB acetato]

A carreira de treinador tinha sido iniciada em 1963 quando ele ainda exercia o ofício de atleta, em Lima. Como registrava no início do ano seguinte o enviado especial José Fonseca, de A Gazeta Esportiva, Didi estava “fazendo sucesso” na direção do Sporting Cristal, então vice-campeão peruano, “em virtude de seus dotes de treinador e da longa experiência dentro de campo”.[3] Não obstante, ele ainda voltaria nesse mesmo ano a atuar como jogador nas equipes de Botafogo, do Rio de Janeiro, e de Vera Cruz, do México, concluindo a trajetória profissional no São Paulo, dois anos mais tarde.[4] Mas, no começo de 1964, as notícias sobre um suposto convite do presidente da CBD, João Havelange, para Didi assumir o selecionado nacional, circulavam com insistência pela imprensa esportiva. Elas giravam em torno de uma hipotética carta que o atleta teria recebido em nome da referida entidade e exibido para a crônica peruana. A reação da imprensa paulista foi imediata. Em São Paulo, o jornalista Thomaz Mazzoni exigia “esclarecimentos” a respeito da missiva.[5] Insurgindo-se contra o que julgava ser o “caso inconcebível de Didi”, o consagrado jornalista de A Gazeta Esportiva enveredava pelo caminho do preconceito racial para desqualificar a pretensão do antigo jogador do Botafogo:

É conhecida aquela anedota do crioulo que só sabia falar na gíria do morro e que um dia foi com seu patrão à França. Dois meses depois regressou, e quando no cais do porto quiseram lhe fazer perguntas, respondeu pernosticamente que não entendia: ´Falé francês, didon, eu só comprempá…`E acabou apanhando. Assim estão certos craques e técnicos caboclos que têm ido, ou estão no Exterior… Botam banca de sabidos, de catedráticos.[6]

Didi, no Peru, botara “banca de técnico” e agora reivindicava o cargo na Seleção Brasileira, pretensão descabida de um ex-atleta negro, de origem pobre e ainda por cima carioca. De fato, não convém negligenciar o peso do bairrismo na virulência da crítica. Todavia, conquanto importante para a análise do quadro, ele não se constituía no fator decisivo da diatribe esgrimida pelo colunista de A Gazeta Esportiva. A chave-explicativa residia na dimensão racial do problema.

Didi não foi o primeiro negro a pleitear abertamente o cargo de técnico da Seleção Brasileira. Antes dele, Gentil Cardoso o fizera, lançando-se candidato à referida posição, por ocasião do insucesso da esquadra nacional na Copa da Suíça, realizada em 1954. Com efeito, logo após a competição, A Gazeta Esportiva Ilustrada conjecturava a respeito do substituto do treinador Zezé Moreira. Dentre os nomes alinhavados pela reportagem, aparecia o de Cardoso com a respectiva declaração do postulante, dizendo-se pronto para assumir a posição. Eis a recado que lhe endereçava a prestigiada revista:

Muito bem. O futebol brasileiro agradece o oferecimento. ´Seu`Gentil, o senhor ainda precisa de mais testes. Seja campeão pelo Botafogo esse ano e falaremos no assunto.[7]

A trajetória do técnico em questão principiara no Bonsucesso, clube do subúrbio que o projetara no cenário da Guanabara. A partir daí, ele foi treinar o América, o Flamengo, o Fluminense, o Vasco, o Botafogo e o Bangu. No tricolor carioca e na equipe da Cruz de Malta, obteve a consagração, com os títulos estaduais, mas no time da Estrela Solitária, como já havia ocorrido no rubro-negro, não experimentara o mesmo sucesso. Nesse sentido, não pudera responder ao desafio que lhe lançara a revista paulistana. Esta o retratava como “um pouco recalcado com certas injustiças que tem sofrido com o futebol”, em particular, a de ser campeão por uma grande equipe e logo em seguida demitido. Eis um exemplo, citado pela referida matéria, ocorrido na conquista do título estadual de 1952: “o Vasco estava tão certo que Gentil Cardoso fracassaria que antes do tempo contratava Flávio Costa. Gentil fez discurso, comício, clamou por justiça, mas acabou na rua”.[8]

Também na rua foi parar o técnico Carlos Alberto Parreira, em março de 1984, após treze meses à frente da Seleção Brasileira. Os resultados dentro de campo não corresponderam às expectativas criadas com a sua indicação e a perda da Copa América determinara-lhe o pedido de demissão como a única saída diante das pressões populares e das críticas acerbas da crônica esportiva. Esta última apresentava aos leitores uma lista de candidatos ao cargo deixado vago. Ela continha os nomes experientes de Rubens Minelli e Jorge Vieira, apresentava a indicação do jovem Edu e recolocava na mesa a hipótese da volta de Telê Santana. Além destes nomes, a seção de Esportes da Folha de S. Paulo apresentava o de Didi, destacando-lhe acima de tudo a perseverança com a qual derrotara os céticos quando se projetara na nova profissão:

Ninguém botou muita fé e ele teve que sair pelo mundão afora. Foi treinador na Argentina, Turquia, Grécia, Arábia, México e só não foi mais além com a seleção do Peru, em 70, porque deu dois azares: ter um goleiro como Rubinos e jogar contra Pelé e Cia. nas quartas de final.[9]

A frase que convém frisar é a que abre o comentário jornalístico. Quem exatamente não acreditava no sucesso de Didi na nova carreira e por qual motivo. Afinal de contas, por que soava “natural” que Mauro, Dino, Zagalo e Pepe, para citarmos apenas os nomes dos atletas da Copa de 58, se aventurassem no ofício de treinador, enquanto sobre Didi, eleito o melhor jogador do referido Mundial, pairavam todas as dúvidas? Disposto a desafiá-las, o inventor da folha seca fora à luta para provar aos céticos que era capaz de se firmar e afirmar como treinador do time nacional. Agora, quando o cargo mais uma vez se mostrava vago, ele reaparecia para reivindicá-lo, conforme assinalava a mencionada reportagem: “Aos 55 anos de idade, Didi pode realizar um velho sonho: voltar à Seleção Brasileira. Agora como técnico”.

Depois de dirigir o Fluminense e o Cruzeiro, ele se achava à frente do Botafogo, clube no qual se consagrara como atleta, mas que imergira então em uma das mais profundas crises da sua história, sem títulos em campo, sem crédito na praça, com salários atrasados e resultados adversos, problemas que absorviam as energias do treinador, o qual, todavia, não abdicava do sonho que o movia de assumir o posto de treinador da Seleção Brasileira: “Não estou forçando nenhuma barra”, explicava Didi à Folha de S. Paulo: “Sondado eu não fui, mas é claro que aceitaria ser técnico.” De acordo com a reportagem, ele era o nome “mais comentado para assumir o posto”.[10] Consagrado no plano internacional, tanto como atleta, quanto como treinador, ele reunia todos os pré-requisitos necessários para ocupar o cargo. De fato, o que o impedia, então, de ser convidado? Por que, afinal de contas, as portas da Confederação Brasileira de Futebol não se abriam para deixá-lo realizar o sonho que acalentava desde o instante em que se lançara pela primeira vez na nova profissão, nos idos de 1963? A pergunta que a sucursal carioca do jornal paulista lhe endereçava possuía o mérito de esclarecer as coisas:

O Brasil é um país onde existe racismo, velado, mas que não atinge personalidades populares. Eu e Pelé, por exemplo, estamos livres de discriminações. Se a CBF me convidar para técnico, sei que seria o primeiro treinador negro da Seleção Brasileira. Isto não me intimida.[11]

No afã de concretizar o sonho, Didi se imaginava acima dos jogos de poder que mantinham as desigualdades socioeconômicas entre negros e brancos, livre das ideologias que estigmatizavam os primeiros, desqualificando-os para os postos de direção e cargos de prestígio, destinados quase de forma exclusiva aos segundos. De fato, o futebol não constitui uma exceção à realidade das relações raciais prevalecentes na sociedade brasileira. Ao contrário, fora das quatro linhas do campo, ele a reproduzia, reservando o cada vez mais valorizado cargo de técnico aos profissionais brancos. Nesse sentido, a tarefa histórica do Grupo dos Cinco, constituído por Lídio Toledo, Admildo Chirol, Carlos Alberto Parreira, Cláudio Coutinho e Mário Lobo Zagalo, foi o de revestir a profissão com a aura de cientificidade, a dos professores de educação física no país, dos cursos de especialização no exterior, dos diplomas requeridos para o exercício de um ofício cada vez mais apoiado nas denominadas ciências do esporte. Visto por esse prisma, os treinadores negros pareciam deslocados no cargo, inaptos à função, sem as novas exigências que ela passava a exigir e impor, desqualificando o conhecimento empírico acumulado durante a atividade profissional pelo ex-atleta. Mas tanto na condição de jogador quanto na de técnico, a frase do criador da folha seca não parece traduzir a realidade:

Durante a minha carreira não tive qualquer problema por ser negro.[12]

Esta asserção estava longe de exprimir uma visão peculiar do problema em questão, constituindo, ao contrário, lugar comum entre os atletas provenientes do segmento afro-brasileiro. Serginho, centroavante do São Paulo, do Santos e da Seleção Brasileira, assinalava: “Eu nunca sofri qualquer preconceito. Mas sei que existe racismo.”[13] No mesmo diapasão, salientava Zé Maria: “graças a Deus, comigo nunca aconteceu nada, nunca fui vítima de preconceitos raciais”.[14] A explicação remetia invariavelmente à condição de ídolo esportivo desfrutada pelo atleta, suficiente, segundo o ex-lateral direito do Corinthians, para contornar todas as barreiras raciais, “até mesmo em clubes que não permitem a entrada de gente de cor”. De acordo com esta linha de raciocínio, portanto, a projeção alcançada através do futebol franqueava todas as portas sociais, assegurando aos atletas uma liberdade de movimento que estava fora do alcance da maioria dos negros. A escolha para o cargo de treinador do selecionado nacional, porém, constituía um indício de que a realidade não se coadunava com a interpretação acima enunciada. Inversamente à crença sedimentada no imaginário coletivo, a esfera esportiva não se situava acima e fora do alcance do preconceito e da discriminação, mas reproduzia em grande parte a hierarquia racial vigente na sociedade, a qual atribuía aos negros, na base da pirâmide, os empregos sem qualificação, de baixa remuneração, associados à força física; reservando aos brancos, situados no vértice da estrutura, os cargos de maior remuneração, prestígio e status, associados à capacidade mental.

Esta desigualdade flagrante, por sua vez, refletia-se na arena futebolística através da polarização crescente entre a comissão técnica e o elenco de jogadores, na distância hierárquica cada vez maior entre ambos, no monopólio do saber reivindicado pela primeira, em detrimento da participação do segundo, relegado, por conseguinte, à condição de mero comandado da engrenagem acionada pelo treinador, personagem situada no cento do quadro, investida de poder e prestígio, em torno da qual orbitavam agora as denominadas peças que ela movia e substituía de acordo com os sistemas táticos concebidos no bojo do processo de racionalização do jogo. Por certo, a personagem moderna do técnico com diploma, terno e gravata, continuava a coexistir com a figura mais tradicional do comandante despojado de tais adereços e títulos. Mas a entrada em cena do técnico moderno acentuava o estranhamento que envolvia a presença do ex-atleta negro que se projetava à beira do campo, reforçando antigas correspondências estabelecidas no imaginário racista que povoava e guiava a percepção social dos torcedores, jornalistas e dos próprios jogadores.

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Didi com a camisa da seleção brasileira.

A questão do técnico negro, com efeito, ocupa um lugar estratégico na luta pela democratização das relações raciais na sociedade brasileira. Em torno dela giram interesses arraigados, estereótipos duradouros e estruturas persistentes que mantêm o caráter assimétrico da interação envolvendo brancos e negros dentro e fora da esfera do futebol. A nossa pesquisa acerca do tema tem procurado retraçar as etapas percorridas por uma batalha que remonta a Domingos da Guia, inclui Djalma Santos e encontra na reivindicação do cargo de treinador da Seleção Brasileira, feita por Didi, o exemplo paradigmático dos limites traçados à aspiração dos negros que, uma vez penduradas as chuteiras, projetaram-se na nova profissão. A imprensa esportiva, de modo geral, atribuía o insucesso da empreitada ao simples acaso, às circunstâncias adversas, ou, ainda, à inaptidão para o exercício do cargo. Convém, porém, empreender o esforço para expor a questão sob uma nova luz.

A esfera do futebol impõe um padrão de comportamento, estabelece uma dinâmica racial e define um conjunto de linhas de especialização para o treinador negro, criando dificuldades para a mobilidade vertical. Não obstante, mais do que interditar o acesso ao posto de técnico, as linhas de cor no futebol canalizam as trajetórias dos negros para áreas específicas da atividade futebolística onde a sua presença, por assim dizer, mostra-se mais integrada à “ordem natural das coisas”. Estas áreas podem ser assim enumeradas: 1) as categorias de base nos aparelhos de produção dos clubes; 2) as equipes pequenas e do interior em busca de promoção nas competições; 3) as escolinhas de futebol mantidas pelo poder público para jovens e adolescentes nas regiões mais desprivilegiadas da cidade; 4) a eterna condição de técnico interino das principais agremiações do país. Em cada uma destas esferas de atuação, são-lhe designadas funções específicas, respectivamente: descobrir novos talentos; promover de série a equipe pequena; educar e entreter jovens e adolescentes marginalizados; ressocializar os prisioneiros; ou, ainda, quando nos grandes clubes, desfrutar da condição de eterno interino. O racismo no campo do futebol, para citarmos Florestan Fernandes, traça linhas invisíveis de especialização, configurando, dessa maneira, áreas de aceitação, zonas de exclusão, espaços mais abertos à negociação.[15]

A sucessão de Carlos Alberto Parreira, no entanto, situada no contexto da mobilização da sociedade brasileira em favor das Diretas-Já descortinava novas possibilidades para o comandante negro, inclusive a da ascensão para o cobiçado cargo de treinador da Seleção Brasileira, um fato inédito que demandava para se concretizar nada mais, nada menos, do que uma via revolucionária. E ela foi efetivamente proposta pelos líderes da Democracia Corinthiana, Wladimir e Sócrates, sob a forma de eleição direta para o posto de treinador do time nacional. De acordo com o jornalista Renato Pompeu, ela constituía a única chance de realização do sonho de Didi:

Se houvesse eleição direta para técnico da Seleção Brasileira de futebol, certamente Didi seria eleito.[16]

Não sabemos em quais dados se baseava o jornalista para afirmá-lo, não nos parece certo que houvesse consenso por parte dos agentes do campo esportivo em torno do nome do antigo jogador do Botafogo. De qualquer forma, o texto captava a oportunidade histórica que se oferecia ao comandante negro -, a chance de aprofundar a transformação em curso, potencializada pela energia libertadora que percorria e animava o movimento das Diretas-Já. Não havia dúvida, Didi era o nome: “Ele encarna as melhores qualidades do ser humano brasileiro que conseguiu emergir das mazelas da escravidão, da tradição de exclusão das massas das decisões nacionais, do autoritarismo”. Isto porque, no âmbito da equipe de futebol, o criador da folha seca não se limitara a “obedecer cegamente às ordens dum técnico autoritário”. Renato Pompeu evocava o mito da participação dos jogadores na escalação e definição tática do selecionado nacional, na Copa de 58. O autoritarismo deveria ser combatido em todos os níveis. Nesse sentido, a eleição de Didi permitia entrelaçar três conquistas, a saber: a da ascensão do negro ao posto de técnico da Seleção Brasileira; a instituição do sufrágio universal na esfera do futebol; o resgate da tradição de autonomia do atleta brasileiro para democratizar as relações sociais de trabalho nos aparelhos de produção das equipes.

Com efeito, o reiterado “fracasso” do técnico negro talvez possua na força da tradição de autonomia dos atletas a sua contrapartida, pois, face à linha de cor que o impede de ascender na estrutura dos clubes, o jogador negro tem sido levado a desempenhar um papel de relevo na auto-organização dos times nacionais, reivindicando o saber que as comissões técnicas, em nome do futebol científico, desqualificam para legitimar o exercício do seu poder. Se esta hipótese estiver correta, podemos, então, concluir reconhecendo na figura do comandante negro dos gramados o elo fundamental entre a dimensão estética do futebol concebido como arte e a dimensão ética do futebol exercido como prática de liberdade.


[1] Cf. “Por trás da frieza de Didi, a saudade de um bicampeão”, Jornal do Brasil, 13 de fevereiro de 1976. Então técnico do Fluminense, Didi explicitava aos repórteres que cobriam a excursão da equipe carioca ao Chile o desejo de “dirigir a Seleção Brasileira, meu sonho de agora”. Uma versão resumida deste artigo foi publicada no Watchespn em 21 de agosto de 2015.

[2] Cf. “Didi garante o Mundial de 66 para o Brasil”, A Gazeta Esportiva Ilustrada, nº248, 2º quinzena de fevereiro de 1964. As primeiras notícias sobre a eventual indicação de Didi para treinador do selecionado nacional surgiram no final do ano anterior. Cf. A Gazeta Esportiva Ilustrada, nº242, 2º quinzena de novembro de 1963.

[3] Cf. “Didi implanta ordem e disciplina na Peru”, A Gazeta Esportiva, 24 de janeiro de 1964.

[4] Cf. “Fé e tradição trazem Didi para o São Paulo”, A Gazeta Esportiva Ilustrada, nº309, 1º quinzena de setembro de 1966. No ano seguinte ele assumia novamente o Sporting Cristal, do Peru. Cf. “Didi é técnico de novo”, A Gazeta Esportiva, 29 de abril de 1967.

[5] Cf. “Quem escreveu a carta a Didi em nome da CBD?”, A Gazeta Esportiva, 23 de fevereiro de 1964.

[6] Cf. “Também o Didi!…” A Gazeta Esportiva, 13 de fevereiro de 1964. Coluna: “A opinião de Thomaz Mazzoni”.

[7] Cf. “Olhemos o futuro!”, A Gazeta Esportiva Ilustrada, n° 23, 1º quinzena de setembro de 1954.

[8] Cf. “Gentil Cardoso: o treinador de todos”, A Gazeta Esportiva Ilustrada, nº 86, 2º quinzena de abril de 1957.

[9] Cf. “Príncipe Etíope esta voltando”, Folha de S. Paulo, 28 de março de 1984.

[10] Cf. “Parreira deve sair, Didi na espera”, Folha de S. Paulo, 25 de março de 1984.

[11] Cf. “Parreira deve sair, Didi na espera”, Folha de S. Paulo, 25 de março de 1984.

[12] Cf. “Parreira deve sair, Didi na espera”, Folha de S. Paulo, 25 de março de 1984.

[13] Cf. “Serginho e o outro lado de um homem mau”, Folha de S. Paulo, 30 de setembro de 1984.

[14] Cf. “Artistas e intelectuais lutam contra a discriminação”, Folha de S. Paulo, 25 de março de 1984

[15] Fernandes, Florestan (2008) A integração do negro na sociedade de classes. 5ª ed. São Paulo, Globo.

[16] Cf. “Com o nome de Didi, a ascensão das massas”, Folha de S. Paulo, 1 de abril de 1984.

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José Paulo Florenzano

Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994), mestrado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (1997), doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da PUC-SP (2003), e pós-doutorado em Antropologia pelo Programa de Pós-Doutorado do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é coordenador do curso de Ciências Sociais e professor do departamento de antropologia da PUC-SP, membro do Conselho Consultivo, do Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB), do Museu do Futebol, em São Paulo, membro do Conselho Editorial das Edições Ludens, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre o Futebol e Modalidades Lúdicas, da Universidade de São Paulo, e participa do Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas (GEPRACC), do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia Urbana, Sociologia do Esporte e História Política do Futebol, campo interdisciplinar no qual analisa a trajetória dos jogadores rebeldes, o desenvolvimento das práticas de liberdade, a significação cultural dos times da diáspora.

Como citar

FLORENZANO, José Paulo. O sonho de Didi. Ludopédio, São Paulo, v. 106, n. 5, 2018.
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