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Futebol e Racismo: as lutas anti-racistas no futebol europeu e o isolamento brasileiro

O presente trabalho tem como finalidade a discussão a respeito dos atos anti-racistas realizados pelos jogadores de futebol na Europa, após o ocorrido com o americano George Floyd, fazendo considerações sobre os atos de racismo que aconteciam durante esses mesmos jogos, as manifestações contrarias dentre torcidas, e sobre o posicionamento das equipes e jogadores brasileiros que pouco ocorreu, mesmo diante de casos frequentes de racismo no país. Nesse sentido, será feita uma análise em busca de compreender o sentido por trás dos atos e oposições. 

Introdução

No dia 25 de maio de 2020 na cidade de Mineápolis o norte-americano George Perry Floyd Jr. foi assassinado após supostamente usar uma nota falsificada de vinte dólares em um supermercado, o polícia que realizou a abordagem ajoelhou em seu pescoço causando uma asfixia. A abordagem violenta gerou grande comoção e foram realizadas manifestações por parte do movimento negro e de violência policial em varias partes do mundo, questionando a maneira agressiva do policial. No contexto do ocorrido, outras pautas vieram a tona por parte dos manifestantes, estátuas feitas em homenagem a personalidades históricas consideradas escravocratas ou colonialistas viraram alvo desses protestos e frases como “Black lives matter” (vidas negras importam) ganharam as ruas. Outro movimento foi perceptível, o ato de ajoelhar, que gerou a adesão no esporte, um exemplo bem anterior de 2016 foi o do jogador de futebol americano Colin Kaepernick que tornou-se um símbolo da luta contra a desigualdade racial e a violência policial contra negros nos Estados Unidos. contudo  o jogador escutou ajoelhado a execução do Hino Nacional Americano como forma de protesto, o que gerou apoio mas também muitas críticas.

O futebol também foi um dos esportes adeptos ao movimento Black Lives Matter. Principalmente na Europa, onde atualmente é considerado o continente com as mais valiosas ligas tendo em vista jogadores de grande reconhecimento, investimentos econômicos e a presença da diversidade étnica de jogadores e treinadores. Os atletas começaram a se ajoelhar antes do apito inicial das partidas para chamar atenção na luta contra o racismo e dar apoio ao movimento. Varias ligas deram apoio as manifestações em campo, como exemplo a Premier League, que comanda o campeonato inglês, que lançou em suas redes sociais imagens e vídeo onde mostra atletas se ajoelhando, e também a adição do emblema “No room for racism” (não há espaço para o racismo) na manga dos uniformes.

Manifestações em campo 

Podemos mencionar algumas equipes e ligas que tiveram manifestações mais continuas. A exemplo da Bundesliga onde os  jogadores realizaram homenagens a George Floyd. Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, ao marcar seu primeiro “hat-trick” no futebol profissional aproveitou o momento e tirou a o uniforme a fim de mostrar a imagem presente  na blusa de baixo escrito “Justice for George Floyd” (Justiça por George Floyd). Como o contexto articula com a pandemia de COVID-19, o grande público estava em casa diante das televisões e vários jogadores da liga alemã aproveitaram o período de grande audiência e utilizaram o esporte como meio de espalhar a mensagem. Marucs Thuram, jogador francês do Borussia Mönchengladbach, ajoelhou-se, reproduzindo o ato de Colin Kaepernick. Pelas redes sociais temos o exemplo do ex-capitão da equipe do Bayern de Munique, que encorajou o posicionamento dos jogadores. Inicialmente a liga alemã soltou nota informando a punição de alguns jogadores que se expressaram retirando às camisas, atitude que ia contra as regras de arbitragem da FIFA, que pune com cartão amarelo jogadores que retiram suas camisas durante as comemorações. No entanto, posteriormente o presidente da federação alemã Fritz Keller disse em um comunicado que “A federação se posicionou fortemente contra qualquer forma de racismo, discriminação ou violência. Tolerância, abertura e diversidade são valores ancorados em seus estatutos. Portanto, as ações dos jogadores têm nosso respeito e nossa compreensão.” Se opondo, portanto, a punir qualquer jogador pois suas mensagens antirracismo correspondem aos princípios da federação. Percebemos então que não foi pelas manifestações, mas sim, pela maneira pela qual foram realizadas.  

Os jogadores do Liverpool tiveram papel ativo, Van Dijk, Firmino e Milner postaram uma foto que mostra os jogadores ajoelhados no centro do campo, usando a legenda, “Unidade é força”, junto a hashtag do movimento. Jordan Henderson que atuava como capitão da equipe no período, foi outro atleta engajado na campanha, mas recente ocorreu um “incidente” de racismo envolvendo o jogador durante uma partida entre Arsenal e Liverpool. A Associação de Futebol da Inglaterra iniciou uma investigação e até o presente momento nenhum clube e jogador se posicionaram sobre o caso. 

O ato de se ajoelhar foi frequente no campeonato inglês e se tornou importante na luta contra o racismo, sendo apoiado pela e entendido pela maioria dos ingleses como importante. O estudo surgiu na onda de racismo durante a Eurocopa, que se intensificou na final entre Inglaterra e Itália, quando os jogadores ingleses que erraram os pênaltis tinham pele negra e receberam diversos ataques racistas nas redes sociais. Parte dos torcedores que cometeram os crimes raciais viam esses jogadores em sua maioria como imigrante e só os consideravam membros do país quando tinham boa atuação em campo, caso contrario os jogadores não seriam um “ingleses de verdade”. 

liverpool black lives matter
Fonte: reprodução Twitter

Casos Durante Manifestações 

No entanto o gesto está muito longe de se tornar uma realidade e demostrou que mesmo durante as manifestações que lutavam contra o racismo, ele ainda ocorria dentro do futebol. A temporada de 2020 foi repleta de acusações de injúrias raciais. Neymar e Kylian Mbappé se manifestaram contra o racismo antes da partida entre Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehi pela Champions League, o primeiro jogo entre as duas equipes foi interrompido por uma acusação de racismo feito pelo quarto árbitro, o que fez os próprios jogadores abandonaram a partida, já no segundo jogo, veio outra equipe de arbitragem, mas o time francês junto aos árbitros utilizou camisas brancas com a mensagem “não ao racismo” em inglês e se ajoelharam pela causa. O arbitro que cometeu racismo foi suspenso até o final da temporada como forma de punição. Neymar foi um dos que liderou o movimento de abandonar o campo. Antes disso, o brasileiro já havia sido alvo de injúria, racial, onde ele acusou o zagueiro Álvaro González de chamá-lo de “macaco filho da p***” em um jogo contra o Olympique de Marselha, o jogador expulso dessa partida foi o brasileiro, pelo “descontrole”, já Álvaro Gonzáles acabou absolvido em julgamento da Federação Francesa por não possuir imagens suficientes para puni-lo. 

O zagueiro Mouctar Diakhaby, do Valencia no confronto contra a equipe do Cádiz, acusou o rival Juan Cala por falas racistas. O jogador  deixou o campo e foi seguido por todos os companheiros que retornaram ao campo por medo de perder pontos, mas Diakhaby estava sem condições de jogar. Em súmula, o juiz relatou que Diakhaby acusou Juan Cala de lhe chamar de “negro de merda”. 

Outro caso ocorreu no campeonato Italiano, envolvendo Ibrahimovic e Lukaku, que por meio de  ofensas disse “Vai fazer sua m**** de vodu! Seu idiota!”, em referência a Lukako que é um jogador com ancestralidade africana, envolvendo a mãe do jogador que durante uma transferência de equipe o atacante recebeu o conselho de sua mãe após consulta com um vidente vodu. Lukaku ficou revoltado gerando confusão em campo. A federação Italiana investigou o caso, mas descartou o racismo e aplicou apenas uma multa no sueco, que se defendeu garantindo que não teve cunho racista em suas frases. No entanto, o problema não é somente na liga inglesa. Na Rússia, por exemplo, o brasileiro Wendel foi alvo antes mesmo de chegar ao Zenit de inúmeras ofensas racistas no publicação que o clube o anunciava o jogador como reforço. 

Reação de Jogadores 

As manifestações também vieram de outras maneiras, como exemplo de não realizar o ato em campo. A seleção croata informou em suas redes sociais que não iriam se ajoelhar em forma de protesto, pois segundo eles, esse gesto não teria representatividade no contexto da cultura e da tradição do país. No jogo contra a Bélgica os jogadores belgas se ajoelharam enquanto os croatas permaneceram em pé. Em nota oficial a seleção croata afirmou que apesar de se negarem a realizar o ato, respeitam o direito de cada indivíduo e cada organização de se manifestar como quiser, e que a federação e seleção condenam qualquer forma de discriminação. 

O Brentford foi outra equipe que se recusou a prosseguir com o ato de se ajoelhar em referência ao movimento. Segundo o clube, o ato não está mais tendo o impacto necessário. O comunicado ressaltava que os atletas poderiam “utilizar nosso tempo e energia para promover a igualdade racial de outras maneiras” e que casos de racismo seguiam acontecendo no futebol salientando a importância de ir além do ato simbólico na batalha por igualdade racial no esporte. Um dos atacantes da equipe, Ivan Toney, também se manifestou alegando que os jogadores estão sendo “usados como fantoches” e que o ato havia se tornado “bobo e inútil”.

Wilfried Zaha atacante do Crystal Palace, já havia descrito o ato de ajoelhar-se antes dos jogos como “degradante”. Para o jogador costa-marfinense “A coisa toda de se ajoelhar, por que eu devo me ajoelhar para vocês para mostrar que nós importamos? Porque eu devo até mesmo usar ‘Black Lives Matter’ nas costas da minha camisa para mostrar para vocês que nós importamos? Isso tudo é degradante”. E posteriormente em outro posicionamento disse que sentia o ato de se ajoelhar como algo rotineiro e que não importava estar ajoelhado ou em pé enquanto “(…) alguns de nós ainda continuam sofrendo abusos.” Outras equipes como o Queens Park Rangers também se recusaram a praticar o ato em uma partida contra o Coventry, a equipe recebeu criticas  e o diretor da equipe, Les Ferdinand, justificou dizendo que o ato de se ajoelhar “alcançou um ponto de boa imagem de relações públicas “e que a mensagem havia se perdido. 

Como observamos as recusas acima o problema da seleção croata, não esta na escolha da equipe em não realizar os atos, mas sim na justificativa que faz parecer que não existe racismo no país, dizer que “esse gesto não teria representatividade no contexto da cultura e da tradição do país.”, é negar os casos ocorridos e inviabilizar as pessoas que passam por algo do tipo no país. Nos outros casos como a exemplo de Zaha, podemos perceber que os jogadores já não se importam em realizar os atos, e a própria escolha da não realização, já é em si uma luta, pois demostraram que os atos seguiam, mas os casos de racismo também.

Rejeição das Torcidas 

Durante a estreia da Croácia na Eurocopa a equipe então comandada pelo técnico Gareth Southgate se ajoelhou nos dois amistosos que disputou antes do início da competição, percebemos então que a recusa não foi presente durante todas as apresentações da equipe. No jogo contra a Romênia, muitos torcedores presentes no estádio vaiaram os jogadores por causa do gesto antes do apito inicial, reação que se repetiu em diversos jogos contradizendo os comunicados do clube sobre a situação do racismo com o país.

Na Inglaterra, os torcedores do Millwall vaiaram o ato em grade parte no Derby County, pela segunda divisão do campeonato inglês. Outro registro foi realizado em uma partida do Cambridge FC, um pequeno time que disputa uma liga regional no país. Jogadores e diretoria do Milwall e do Derby County repudiaram a atitude do público, fazendo o Millwall sugerir outra forma de protesto que recebeu críticas pela aceitação das vaias por parte da torcida realizando uma capitulação. Enquanto os jogadores da Inglaterra se ajoelharam antes do início de amistoso contra a Áustria em 2021 foi possível ouvir vaias de alguns torcedores no estádio, o que voltou a se repetir na final da FA Cup um mês antes da partida com a Áustria, entre Leicester City e Chelsea. Diante da oposição da torcida o sindicato dos jogadores profissionais da Inglaterra decidiu realizar uma pesquisa entre os atletas da primeira e segunda divisão masculinas e na primeira divisão feminina, mostrando a preferencia dos jogadores em continuar se ajoelhando, apesar das reações negativas. 

Na Hungria pais que já teve problemas no futebol por cânticos racistas de seus torcedores e sofrendo punições da UEFA. como a exemplo da punição que os húngaros tiveram que jogar com portões fechados, houve um jogo que liberaram crianças indo contra a punição imposta pela federação europeia. Os jovens vaiaram o gesto dos jogadores ingleses, e posteriormente o técnico Gareth Southgate, do time inglês falou que não tinha ideia do porquê das vaias e que “Os jovens não sabem por que estão fazendo isso, então estão sendo influenciados por adultos mais velhos”. 

O Isolamento Brasileiro 

O Brasil também teve acusações de racismo como o do jogador Gerson que deixou o campo revoltado depois de uma vitória do Flamengo sobre o Bahia e disse ter ouvido do colombiano Índio Ramirez as seguintes palavras: “Cala boca, negro”, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abriu investigações, mas disse não haver provas o suficiente e acabou arquivando o caso. No entanto não foi possível ver muitas manifestações contra o racismo em solo brasileiro, quando observamos o contexto o mundo enfrentava não só manifestações contra o racismo, mas como mencionado anteriormente estava ocorrendo uma pandemia. Com a volta dos jogos, os jogadores brasileiros prestaram homenagem às vítimas da Covid-19, e ao soar o primeiro apito do arbitro, todos faziam um minuto de silêncio. 

No entanto, em uma partida em 2021 entre Corinthians e Santos os jogadores, técnicos e juízes se ajoelharam devido ao dia da consciência negra na Neo Química Arena. Importante ressaltar também que ambas as equipes tem clausulas antirracistas nos contratos firmados com os jogadores, junto com outras equipes como Flamengo, Fluminense, Grêmio, Juventude e Santos. O Bahia foi um dos primeiros clubes a divulgar a inclusão da cláusula antirracista em seus contratos. Onde há previsão de multa ou demissão por justa causa, a medida foi tomada logo após o ocorrido com Gerson.

Considerações Finais

O futebol é um dos poucos esportes que o negro é considerado “bem-vindo”, mas isso é algo recente tendo em vista a historiografia. Um esporte fundado em um país branco europeu que quando se difundiu para o mundo houve preconceito. Posições como goleiro foram uma das últimas a terem atletas negros, pois consideravam os mesmos como se não tivessem sangue frio para essa posição. Quanto aos imigrantes, que só são vistos como cidadãos locais quando apresentam boa performance em campo, mas não fazem parte quando falham. De um jogador brasileiro que quando faz simbologias cristãs em campo é aclamado, mas quando um jovem da seleção brasileira se expressa com o gesto da flecha de Oxóssi é alvo de críticas e preconceitos. 

É possível observar que tem muito o que fazer em relação ao racismo e que essa luta é continua. Importante ressaltar as manifestações dos jogadores que se recusarem realizar os atos da mesma maneira dos que optaram por realizar, segundo os jogadores a pratica não tinha se tornado eficiente símbolo, e se tornou banal, o que de certa forma não é mentira, os casos de racismo continuavam, a agressão contra negros era presente e as vaias das torcidas seguiam, enquanto jogadores seguiam ajoelhando em campo.  Quanto a conclusão de denúncias, em sua maioria foram multas brandas, que não foram seguidas ou se quer se foram levadas adiante, muitas geraram repercussão no momento, mas depois caíram no esquecimento.

Referências

Black Lives Matter: entenda movimento por trás da hashtag que mobiliza atos. Disponível em: <https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/06/03/black-lives-matter-conheca-o-movimento-fundado-por-tres-mulheres.htm>.

Champions: Neymar e Mbappé usam camisa e se ajoelham contra o racismo antes de PSG x Basaksehir. Disponível em: <https://extra.globo.com/esporte/champions-neymar-mbappe-usam-camisa-se-ajoelham-contra-racismo-antes-de-psg-basaksehir-24789159.html>.  

Colin Kaepernick mostra apoio a protestos contra racismo policial nos EUA. Disponível em: <https://www.uol.com.br/esporte/futebol-americano/ultimas-noticias/2020/05/28/colin-kaepernick-mostra-apoio-a-protestos-contra-racismo-policial-nos-eua.htm>.

ESPORTES, U. Atletas se recusam a ajoelhar antes de jogo e geram debate na Inglaterra. Disponível em: <https://www.umdoisesportes.com.br/futebol/jogadores-brentford-se-recusam-ajoelhar-inglaterra/>.

Euro 2020: futebol está voltando para casa, mas joelho no chão divide torcedores. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/euro-2020-futebol-esta-voltando-para-casa-mas-joelho-no-chao-divide-torcedores/>. 

Futebol se ajoelha em protestos contra o racismo, mas segue acumulando injúrias raciais em campo. Disponível em: <https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/8425433/futebol-se-ajoelha-em-protestos-contra-o-racismo-mas-segue-acumulando-injurias-raciais-em-campo>. 

Gerson acusa Índio Ramírez de racismo em Flamengo x Bahia: “Cala a boca, negro”. Disponível em: <https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/7935782/gerson-acusa-juan-pablo-ramirez-de-racismo-em-flamengo-x-bahia-cala-a-boca-negro>.

Jogadores de Corinthians e Santos se ajoelham no gramado em gesto contra o racismo. Disponível em: <https://ge.globo.com/sp/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/jogadores-de-corinthians-e-santos-se-ajoelham-no-gramado-em-gesto-contra-o-racismo.ghtml>.

Jogadores querem seguir se ajoelhando contra o racismo na Inglaterra, diz sindicato. Disponível em: <https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/jogadores-querem-seguir-se-ajoelhando-contra-o-racismo-na-inglaterra-diz-sindicato.ghtml>.

Justiça para George Floyd: Como a morte de um homem negro nas mãos de um policial inspira a luta antirracista no mundo hoje. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/george-floyd-como-negro-morto-pela-policia-inspira-hoje-luta-antirracista/>.

NASCIMENTO, R. Em ato contra o racismo, jogadores de futebol se ajoelham na abertura da Premier League. Disponível em: <https://mundonegro.inf.br/em-ato-contra-o-racismo-jogadores-de-futebol-se-ajoelham-na-abertura-da-premier-league/>.

Neymar sofre racismo de Álvaro González durante jogo e é expulso após dar “cascudo” em espanhol: “Arrependimento é por não ter dado na cara” — assista. Disponível em: <https://hugogloss.uol.com.br/esportes/neymar-sofre-racismo-de-alvaro-gonzalez-durante-jogo-e-e-expulso-apos-dar-cascudo-em-espanhol-arrependimento-e-por-nao-ter-nado-na-cara-assista/>. 

Lei em Campo – Contra racismo, jogadores do PSG e do Istambul abandonam jogo e dão exemplo. Disponível em: <https://www.uol.com.br/esporte/colunas/lei-em-campo/2020/12/08/contra-racismo-jogadores-do-psg-e-do-istambul-abandonam-jogo-e-dao-exemplo.htm>.

PARANÁ, R. B. Na Inglaterra, Zaha se torna 1o jogador a não se ajoelhar: “Abusos continuam”. Disponível em: <https://www.bemparana.com.br/noticia/na-inglaterra-zaha-se-torna-1o-jogador-a-nao-se-ajoelhar-abusos-continuam-493#.Yt6LcHbMLIU>. Acesso em: 3 fev. 2023.

Por que as pessoas se ajoelham durante os protestos antirracistas nos EUA? [04/06/2020]. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2020/06/04/por-que-as-pessoas-se-ajoelham-durante-os-protestos-contra-racismo-policial-nos-eua.htm>.

REDAÇÃO. Jogadores do Liverpool se ajoelham no CT do clube em ação contra o racismo! Disponível em: <https://sportbuzz.uol.com.br/noticias/futebol/jogadores-do-liverpool-se-ajoelham-no-ct-do-clube-em-acao-contra-o-racismo.phtml>.

RODRIGUEZ, G. Crianças húngaras vaiam gesto antirracismo da seleção inglesa e chocam treinador – Futebol. Disponível em: <https://maquinadoesporte.com.br/futebol/criancas-hungaras-vaiam-gesto-antirracismo-de-selecao-inglesa-e-chocam-treinador/>.

“Não sou racista”, diz quarto árbitro romeno de PSG x Istanbul Basaksehir, segundo jornal. Disponível em: <https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/liga-dos-campeoes/noticia/arbitro-romeno-se-diz-inocente-das-ofensas-racistas-afirma-jornal.ghtml>.

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Bárbara Krisley Silva Ribeiro

Graduanda em história pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e coordenadora do Grupo de Estudos sobre história do futebol, vinculado ao Laboratório de pesquisa Histórica da PUC Minas

Como citar

RIBEIRO, Bárbara Krisley Silva. Futebol e Racismo: as lutas anti-racistas no futebol europeu e o isolamento brasileiro. Ludopédio, São Paulo, v. 164, n. 18, 2023.
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