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Geral, sim ou não? Uma cidade à procura de si

Gilmar Mascarenhas 25 de outubro de 2018

Ahhh, aquelas tardes… coração acelerado, olhos irrequietos tentando capturar os mil movimentos e cores ao redor. O intenso espaço sonoro a desafiar todos os sentidos. Algazarra e certa dose de orgulhosa coragem para estar ali, exposto ao que viria lá do alto, da arquibancada. Excitação e uma experiência inteiramente única. Lamento pelas novas gerações que não podem saber e jamais poderão desfrutar de tudo aquilo.

Durante pouco mais de meio século (mais precisamente de 1950 a 2005), a Geral do Maracanã aglutinou e potencializou a imensa inventividade das camadas populares, produzindo um dos espaços mais emblemáticos da Cidade do Rio de Janeiro. Sua completa extinção, a pretexto de atender à realização dos Jogos Pan-americanos de 2007, gerou ampla e polêmica repercussão. Outros grandes estádios brasileiros, como o Mineirão em Belo Horizonte, e o Beira Rio, em Porto Alegre, adotaram idêntica medida de exclusão, no que parecia ser um ponto final na longa história de protagonismo e festa popular do futebol em nossos principais estádios. Parecia, pois a Geral está novamente em debate e anuncia-se que pode ser reativada (ressuscitada?) a qualquer momento.

Cumpre frisar que os supracitados 55 anos de existência da Geral do Maracanã correspondem, na verdade, a 45 anos, pois o último decênio da história deste setor apresenta descontinuidades e violações severas. No final de 1995, a SUDERJ (órgão estadual responsável pela gestão do estádio) decidiu pelo fechamento da Geral, alegando problemas de violência constante e orientações da FIFA, relacionadas à aprovação do famoso relatório Taylor, cinco anos antes. Todavia, tudo indica que o principal motivo para o fechamento do setor tenha sido o interesse comercial relacionado às placas de publicidade ao redor do gramado, presença física incompatível com a existência da Geral. Mesmo ignorando a perda de visão por parte do “geraldino” (frequentador da Geral), a própria existência deste torcedor, quando em grande número, “atrapalhava” e confundia a plena visibilidade das placas.

Somente quatro anos depois, no final de 1999, a Geral foi reaberta, mas desta vez radicalmente encolhida, acolhendo doravante apenas oito mil expectadores, e não mais quase trinta e cinco mil, como outrora (consta que quase quarenta mil ali estiveram presentes em 1969, no recorde oficial de público do estádio: Brasil 1 x 0 Paraguai). A Geral passou a operar apenas na extensão que corresponde a aproximadamente ¼ dos 500 metros de seu anel, pois toda a lateral posicionada de frente para as cabines de televisão, bem como os dois fundos de campo já estavam “dominados” pelas placas de publicidade estática, agora em formato ainda maior, deixando clara mensagem sobre quem manda no novo estádio. Um espaço crescentemente mercantilizado.

Desta época data a disseminação de um novo tipo de “geraldino”, o torcedor “marqueteiro” interessado na visibilidade da televisão, portando fantasias, adereços e agindo pitorescamente de forma performática, para chamar a atenção. Vivemos naquele período (1999 a 2005) uma verdadeira reinvenção da Geral do Maracanã, gerando um ambiente bem mais “circense” que o anterior, a Geral tradicional, formada majoritariamente por torcedores apaixonados, rádio de pilha junto ao rosto, tenso e intenso no apoio ao seu time, em constante interlocução ruidosa com o campo de jogo.

Esta reabertura em 1999 (que se insere de alguma forma no espírito populista do governo estadual, gestão Anthony Garotinho) foi diversas vezes interrompida desde então. A violência recrudesceu, pois surgiu a prática de arremesso de explosivos a partir das arquibancadas. O que era um ambiente popular festivo (com eventuais indesejados arremessos de sacos plásticos cheios de urina) tornou-se quase um cenário de guerra. Data também desta época a presença da Polícia Militar impondo a separação das torcidas rivais por meio de cordões de isolamento e estabelecimento de zonas vazias entre elas, atuando como “zonas fronteiriças de contenção” (essas medidas acabaram com a “tradição” de acompanhar o ataque do time do coração durante os dois tempos de jogo, mudando de lugar no intervalo da partida). Enfim, algo bem diferente da tradição da Geral, que durante décadas misturou completamente os torcedores. E assim, neste contexto de decadência, no dia 24 de abril de 2005, a Geral abrigou seus inusitados e fanáticos torcedores pela última vez.

Mesmo enquanto pesquisador experiente no ramo, é difícil para mim tratar da Geral do Maracanã. Nascido em 1962 na cidade do Rio de Janeiro, e residindo a apenas seis quilômetros do estádio, contando com fácil e barato acesso ferroviário, fui grande frequentador da Geral durante minha adolescência, entre 1976 e 1980, ano em que ingressei na universidade e, de acordo com os valores da época, me afastei temporariamente do futebol. No processo de lenta transição da ditadura militar para a futura redemocratização do Brasil, ainda se considerava o futebol um poderoso agente alienante, “ópio do povo”, de forma que um estudante de ciências humanas simpático à agenda de transformação social deveria relativizar (ou mesmo camuflar) seu envolvimento emocional com este universo esportivo. A partir de então, retornei à Geral apenas esporadicamente, especialmente para apresentá-la a turistas (nacionais e estrangeiros) interessados na atmosfera peculiar e nas idiossincrasias daquele espaço.

Minhas recordações são recheadas de emoção: fascínio, alegrias, medos, revelações e o privilegio imenso de estar ali, pisando no sagrado solo geraldino. Mesmo nas mais melancólicas partidas não havia tédio ou monotonia na Geral, esta usina criativa de situações diversas, imprevistas e imponderáveis. No período em que mais frequentei a Geral, ao lado de colegas colegiais, o Maracanã amiúde acolhia grandes multidões, por diversos motivos:

1) Não havia ainda a intensa migração de nossos maiores talentos futebolísticos para a Europa, processo marcante a partir da década seguinte, de forma que vi nos anos setenta craques de reconhecimento internacional como Jairzinho, Marinho Chagas e Paulo Cézar Caju (pelo Botafogo), Roberto Dinamite (Vasco), Zico e Junior (Flamengo) e Rivelino (Fluminense) desfilarem semanalmente sua arte pelo gramado do Maracanã;

2) Os quatro grandes clubes cariocas (eventualmente um quinto, o América FC) apresentavam equilíbrio de forças, alimentando assim o interesse e as rivalidades. O campeonato carioca ainda era mais valorizado pelos torcedores que o certame nacional e, sob certo ângulo, mesmo a Libertadores da América[1]. Atualmente, um único clube carioca (o Flamengo) concentra renda muito superior aos demais, gerando preocupante desequilíbrio;

3) O Brasil não vivia ainda a recessão econômica dos anos 1980 que, associada a índices elevados de inflação, gerou desemprego e redução da capacidade de consumo para a maioria, empobrecimento que reduziu o afluxo de torcedores ao Maracanã;

4) Outro fator a “esvaziar” os grandes estádios brasileiros a partir dos anos 1980 teria sido a crescente violência entre as torcidas organizadas. Em suma, maior poder aquisitivo da população, ingressos baratos, espetáculo atraente (equilíbrio de forças e presença de nossos grandes ídolos em campo) e menores índices de violência atuaram como fatores conjugados para sustentar elevada afluência de público aos estádios brasileiros até a década de 1970.

O ingresso para a Geral era muito acessível, mesmo para os mais pobres. O subsídio governamental funcionava e era fundamental: tanto o estádio quanto o sistema ferroviário eram estatais e mantinham uma política de manutenção de preços baixos. Enquanto estudantes egressos das camadas populares e que habitavam o subúrbio carioca, tínhamos muita facilidade para frequentar o estádio. Recorrendo aos valores atuais, ano de 2018, podemos dizer que o bilhete da Geral custava no final dos anos 1970 algo em torno de dois a quatro reais, enquanto o bilhete de trem custava o equivalente a, no máximo, um real[2]. Portanto, com algumas moedas no bolso poderíamos desfrutar de uma animada tarde no estádio. Mesmo em 2005, o ingresso custou (na última partida) três reais, o que equivaleria hoje, corrigidos pela inflação, a R$ 6,30 reais. Valor inimaginável para os padrões atuais de precificação dos ingressos.

Para os miseráveis, que sequer dispunham do pequeno montante para ingressar na Geral, havia a alternativa de aguardar o intervalo do jogo, ou o transcorrer do segundo tempo quando, dependendo da época, frequentemente eram abertos os portões do setor. O súbito aporte deste grupo ao recinto gerava animação extra, em ambiente de constante algazarra. Éramos conhecidos popularmente como “geraldinos”, para nos diferenciar dos “arquibaldos” (os que frequentavam a arquibancada), termos aparentemente criados pelo jornalista esportivo e radialista Washington Rodrigues. Mas há uma segunda versão, de menor divulgação mas que consta no Dicionário Houaiss, segundo a qual a terminologia teria sido criada um pouco antes, no final dos anos sessenta, pelo famoso cronista Nelson Rodrigues, a que nos parece mais apropriada.

Os eternos críticos da Geral costumam alegar o desconforto daquele espaço, mas enquanto usuário assíduo na segunda metade dos anos 1970, posso pessoalmente assegurar que para seus frequentadores este aspecto material não era relevante. Aliás, as camadas populares estavam, muito mais que atualmente, habituadas a situações públicas de extremo desconforto e alto risco, sobretudo no cotidiano vivido nos meios de transporte coletivo (trens, barcas e ônibus), trafegando pendurados na porta dos veículos. No caso das barcas, a proa (hoje zona interditada) era densamente povoada até a borda da mesma. Mais de uma vez presenciei gente caindo nas águas da baía, demandando serviço de arremesso de cordas para resgate, gerando intensa e animada conversação. Ademais, tomávamos a Geral como um grande parque público, e como qualquer outro parque era uma zona descampada, espaço a céu aberto, de acesso facilitado, onde havia amplas possibilidades de desfrute e improvisação: um espaço aberto, como as praias, sujeito às intempéries (insolação e chuvas) e ao acaso, ao imprevisto típico dos espaços das multidões.

Em 3 de junho de 1979, por exemplo, estive na arquibancada, completamente espremido, agachado junto à mureta, a mesma que cedeu treze anos depois, causando três mortes e diversos feridos, na final do Campeonato Brasileiro de 1992, no empate entre Flamengo e Botafogo. Desta vez,  Botafogo 1 x 0 Flamengo, pelo Campeonato Carioca. Nem mesmo durante o intervalo da partida pude me mover, e foi preciso permanecer em posição lateral, isto é, utilizando ombros e quadris para não ser “esmagado” pela multidão. O público pagante foi de 140 mil pessoas. Estima-se a presença de outros quinze ou vinte mil torcedores que desfrutaram de gratuidade, seja por meios legais, seja por meios informais, como era comum na época. Felizmente, aquele heroico sofrimento (bem mais facilmente absorvido quando se tem 16 anos de idade e todo um encantamento pelo futebol) foi plenamente recompensado: muito mais que a vitória sobre o rival, valeu a permanência do recorde brasileiro de invencibilidade em jogos oficiais: 52 partidas. Caso o Flamengo empatasse o jogo, nos ultrapassaria, atingindo 53 partidas invictas. Ainda hoje, quase quarenta anos depois, Botafogo e Flamengo conservam a marca, jamais ultrapassada por qualquer outro clube no Brasil. Em suma, mesmo na arquibancada não havia qualquer garantia de conforto em dias de grandes jogos.

Os críticos da Geral também costumam alegar a pouca visibilidade do campo de jogo. Certamente, mas a partida de futebol funcionava muitas vezes como um luxuoso pano de fundo para nossa diversão. Brincar com bolas de meias, em dias de menor afluência de público, era muito comum. E não raro, com bolas emborrachadas. O geraldino estava mais interessado em se divertir e compartilhar a experiência de estar no estádio (no “centro de tudo”), do que acompanhar detalhes do jogo. Em dias de jogos mais importantes, havia para muitos, como eu, a preferência pela arquibancada, por sua boa visibilidade.

O filme “Geraldinos”, de Pedro Asbeg e Renato Martins, lançado em 2015, resgata parte significativa da atmosfera deste setor, recuperando alguns de seus personagens marcantes, como a “Vovó Tricolor” (sra. Maria de Lourdes Pereira), que contava com 63 anos de idade quando a Geral foi fechada definitivamente em 2005. Sua existência e assiduidade comprovam a pluralidade de atores neste setor, incluindo mulheres e idosos dispostos a abrir mão do conforto e de certo grau de segurança para viver o animado carnaval da Geral.

Além de resgatar imagens impactantes, o filme entrevista os geraldinos, e deles recolhe não apenas relatos saudosos, mas igualmente a crítica à elitização do estádio. Alguns reduziram muito sua afluência ao Maracanã, por razões financeiras, enquanto outros, como Edgar Roque, prefere assistir os jogos do seu clube em casa. Dispondo de ampla área descoberta, o mesmo tenta recriar a atmosfera festiva da velha Geral, com bandeiras penduradas, instrumentos sonoros e reunião de amigos. Os que continuam de alguma forma afluindo ao estádio, buscam preservar sua indumentária exótica e sua atitude irreverente. São os “torcedores caricatos”, subgrupo dos “pós-geraldinos”, segundo sugeriu Fernando Ferreira (2017) em sua bela tese de doutorado, por mim orientada e abaixo citada. A quem, aliás, agradeço a fértil leitura crítica deste artigo. Grande parceiro de reflexões sobre o tema:

Ferreira, Fernando da Costa. O estádio de futebol como arena para a produção de diferentes territorialidades torcedoras: inclusões, exclusões, tensões e contradições presentes no novo Maracanã / Fernando da Costa Ferreira. – 2017. 437f.

Também ex-jogadores, jornalistas, políticos e escritores participam do documentário, fornecendo depoimentos, com destaque para as análises de Luiz Antônio Simas, Marcelo Freixo e Lucio de Castro sobre o profundo significado da Geral para a cultura popular carioca. Na imperdoável ausência de estudos acadêmicos, filmes como este fornecem subsídios valiosos para que governantes e classe empresarial (hoje envolvida na gestão do Maracanã) repensem o modelo FIFA, e suas limitações para a realidade socioeconômica e cultural brasileira.

Os próprios times sentem falta da pressão e incentivo da torcida, comportamento muito mais característico dos segmentos populares. Ademais, mesmo as elites e a classe média ressentem a ausência da velha atmosfera de grande animação popular. Também a transmissão televisiva se fartava das imagens insólitas produzidas na Geral. Em suma, mesmo que tais agentes (governo e empresariado) não sejam sensíveis à causa da exclusão social e do direito à cidade, não faltam argumentos para tentar recuperar, ainda que parcialmente, a lendária Geral do Maracanã.

De alguma forma, um esboço de Geral sobrevive no Maracanã, ao menos em espírito, através daqueles frequentadores que, de forma voluntária, procuram assistir aos jogos em pé, junto ao campo de jogo, na parte do Maracanã completamente desabrigada do sol e da chuva. Sobrevive também na precariedade material imposta aos ocupantes das primeiras fileiras do setor Leste Inferior: para além das intempéries, sofrem com as placas de publicidade e obstruir a visão completa do campo de jogo. Este grupo foi identificado e classificado por Fernando Ferreira (2017), em sua taxonomia do Novo Maracanã, como “neogeraldinos”.

A vista obstruída no Setor Leste Inferior e a oferta de capas de chuva para os desabrigados “neogeraldinos”. Maracanã, 6 de setembro de 2015. Foto: Fernando da Costa Ferreira.

 

Está em curso um debate em torno da “retomada da Geral” em arenas como o Maracanã e o Mineirão[3]. Em junho de 2018, o CR Flamengo, principal usuário do Maracanã, manifestou interesse pela retirada de cadeiras do Setor Norte para abrir um setor popular semelhante à velha Geral[4]. Evidentemente, não teremos a acessibilidade de outrora às camadas populares, via preços baixos. Tampouco a capacidade da velha Geral de acolher dezenas de milhares de torcedores. Menos ainda, a velha atmosfera. A tendência é a criação de algo semelhante ao que existe em alguns estádios europeus, como por exemplo na Alemanha. Não haverá, pois, uma “retomada da Geral”, mas não deixa de ser uma pequena vitória, em meio a tantas e acachapantes derrotas nos últimos anos, no lento processo que venho denominando de “reconquista do estádio”[5].

A cidade seguirá, pois, órfã da verdadeira Geral, sobrevivendo na busca incessante de espaços lúdicos populares menos excludentes, para exercer seu protagonismo e inventividade. Tensionando as brechas e os interstícios da metrópole em busca da festa, mesmo dentro das modernas e insípidas arenas.


[1] Em março de 1973, após vencer o Palmeiras, e a dupla uruguaia Nacional e Peñarol, classificando-se para as semifinais da competição, o comentarista alvinegro Luís Mendes (considerado na época o melhor entre as equipes de rádio) dizia euforicamente aos ouvintes que, “mantendo aquele padrão de jogo”, o Botafogo venceria facilmente o campeonato carioca, que então se iniciava.

[2] Em 1979, o salário-mínimo nacional era de 1.560 cruzeiros, enquanto o bilhete ferroviário no Rio de Janeiro custava 1,50 cruzeiros. Portanto, o salário-mínimo permitia adquirir 1.040 bilhetes de trem suburbano. Hoje o mesmo salário compra pouco mais de duzentos bilhetes.

[3] Sobre a possível retomada da Geral no Mineirão, há interesse do consórcio que gere o estádio (o Minas Arena) e do gerente de marketing do Cruzeiro, principal clube usuário do Mineirão (https://bhaz.com.br/2017/05/17/geral-volta-mineirao).

[4] https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/flamengo-tera-que-aprovar-lei-para-construir-geral-no-maracana.html. Acessado em 16 de outubro de 2018.

[5] Ver Mascarenhas, Gilmar.  Encontros e desencontros na cidade: a reinvenção do estádio de futebol. In: CORNELSEN, E.; CAMPOS, P.; SILVA, S. (Org.). Futebol, Linguagem, Artes, Cultura e Lazer. 1a. edição. Belo Horizonte: Jaguatirica, 2017, v. 2, p. 77-96.

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Gilmar Mascarenhas

Professor Associado do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Como citar

MASCARENHAS, Gilmar. Geral, sim ou não? Uma cidade à procura de si. Ludopédio, São Paulo, v. 112, n. 22, 2018.
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