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Mário Filho e o messianismo de Pelé (1958-1966)(1ª parte)

Denaldo Alchorne de Souza 11 de setembro de 2019

A participação brasileira na Copa da Suécia em 1958 foi brilhante[i]. Nos dois primeiros jogos, contra os austríacos e os ingleses, a equipe venceu a primeira (3 a 0) e empatou a segunda (0 a 0). Estava invicta, mas não empolgava. A classificação para a próxima fase dependia de uma vitória contra a forte seleção de União Soviética. A equipe entrou reformulada, com o “irresponsável” Garrincha no lugar de Joel, o “inexperiente” Pelé no lugar de Mazzola e o “desconhecido” Zito no lugar de Dino Sani. Ganhou por 2 gols a 0 e estava classificada. Foi uma partida memorável. Uma seleção brasileira inédita, sem as “tremedeiras” de anos anteriores e imbuída do espírito que caracterizara a seleção húngara na Copa de 1954: o de destruir o adversário nos primeiros 10 minutos de jogo. Nas quartas de final, contra os galeses, os atletas brasileiros dominaram o jogo, mas os adversários pareciam ter entrado em campo com a preocupação única de não serem goleados. Um gol de Pelé, já no segundo tempo, fez os torcedores se sentirem aliviados. Os próximos adversários eram os temíveis franceses, de Just Fontaine, Roger Piantoni e Raymond Kopa. Os seus atacantes fizeram nada menos que quinze gols. Era o melhor ataque da Copa contra a melhor defesa. Os brasileiros ganharam por 5 a 2 e estavam classificados para a partida final contra os anfitriões suecos.

Ninguém negava a superioridade brasileira. Entretanto, os suecos podiam repetir a façanha dos uruguaios, em 1950, e dos alemães, em 1954, fazendo com que a melhor equipe perdesse a última partida. Ao contrário das previsões mais pessimistas, os brasileiros ganharam por 5 a 2, e o capitão Belini levantou a cobiçada Taça Jules Rimet, para orgulho de todos.

A população brasileira não acreditava no que estava vendo. Depois do fracasso na França em 1938, quando os brasileiros por excesso de violência perderam para os italianos. Depois, do fiasco no Brasil em 1950, quando em pleno Maracanã, os patrícios perderam por “covardia”, levando inclusive tapa na cara dos uruguaios. Depois da vergonha na Suíça em 1954, quando os brasileiros tremeram de medo quando foram enfrentar o escrete húngaro. Depois disso tudo, os patrícios podiam festejar, levantar a cabeça e dizer que tinham algo do que se orgulhar enquanto povo, enquanto nação. E como representantes desta campanha vitoriosa despontaram as figuras de dois estreantes: o endiabrado Garrincha e o menino Pelé. Nas festividades que se seguiram ao título, os torcedores só queriam saber de gritar, de abraçar, de tocar os dois jogadores. Eram os mais admirados. Eram os mais festejados, inclusive pelo presidente Juscelino Kubitschek na recepção oficial feita em frente do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

Mário Filho tentou entender essa preferência popular fazendo a seguinte pergunta: por que Pelé e Garrincha eram considerados os heróis do último campeonato mundial e de todo o futebol brasileiro, juntamente com os craques do passado Friedenreich e Leônidas da Silva?

Para responder, ele retornava à final do campeonato sul-americano de 1919, quando se discutia quem era o melhor craque, Friedenreich ou Neco. Segundo Mário Filho, para ser ídolo não era preciso ser o melhor jogador. “Qual era o melhor jogador: Friedenreich ou Neco? Bastava olhar para Neco que até foi chamado de carroceiro: não tinha jeito de ídolo”. Neco era “feio, jogava mordendo um dedo, fazendo careta, chorando, como se dizia, isto é, reclamando, indo para cima do juiz, levantando os braços e mostrando a cara contraída, os olhos apertados, a boca que parecia tremer”. Porém, sem Neco, Friedenreich não teria sido o ídolo que foi. “Quem trabalhou o goal da vitória do Brasil contra o Uruguai, em 19, quem deu a Friedenreich depois de correr meio campo e numa hora em que ninguém mais se aguentava em pé, foi Neco”. Deu um passe para trás e “Friedenreich apenas tocou na bola, que rolou, mansa, para o fundo das redes”. Apesar de Neco ter sido o melhor jogador, quando a multidão entrou em campo, foi para carregar Friedenreich em triunfo. “Pode-se dizer que em Friedenreich se homenageava todo o scratch brasileiro. Realmente era um pouco assim, mas também em Friedenreich se esquecia os outros”. Não se impõe um ídolo: a escolha se faz espontaneamente. “De certo modo o ídolo já está escolhido inconscientemente. É preciso o acontecimento, o motivo da gratidão dos que amam o foot-ball para projetá-lo e colocá-lo num pedestal”. Daí a escolha popular de “um Friedenreich, o mulato de olhos verdes, de Leônidas, o preto de nariz arrebitado, de Garrincha, com as pernas tortas, e de Pelé, o crack-menino”[ii].

Para Mário Filho, Pelé e Garrincha eram mitos populares porque os mesmos populares o escolheram como tal. Se um jogador se tornou um mito nacional, um símbolo de sua nação, isso se deveu a algo mais do que à sua habilidade excepcional, à sua condição atlética ou ao imenso número de gols feitos. Se Pelé e Garrincha se tornaram os símbolos maiores da seleção campeã de 1958 e, nos anos seguintes, do futebol e da nação brasileira, isso se deveu a “razões muito mais profundas do que se pode imaginar”, se deveu a uma escolha feita pelos próprios torcedores, pela própria sociedade brasileira.

Aos 17 anos, Pelé foi capa da revista El Gráfico em 1958. Foto: Wikipedia.

Para a Copa seguinte, a ser disputada em 1962 no Chile, a equipe campeã do Brasil não precisou disputar a fase “eliminatória”. Para a estreia, foi escalada a mesma formação da final da Suécia. A exceção foi a dupla de zaga: Mauro e Zózimo entraram no lugar de Belini e Orlando.

Pelé era o grande destaque. Não parecia mais aquele garoto franzino da última competição. Amadurecera como pessoa e como jogador. Nos últimos quatro anos, ganhou uma quantidade impressionante de títulos pelo Santos, foi artilheiro da maior parte das competições que participou e fez gols belíssimos. Já Garrincha, para a maior parte da imprensa esportiva, dificultava o desenvolvimento da própria carreira devido à sua irresponsabilidade: faltava a treinos, frequentava bares e fazia filhas. As quatro filhas que ele teve com a esposa Nair até 1958, passaram a ser sete.

Os brasileiros estavam na chave das seleções do México, da Tchecoslováquia e da Espanha. Na estreia contra os mexicanos, devido à baixa temperatura e ao nervosismo, a seleção não conseguiu jogar bem. Mesmo assim ganhou por 2 a 0. Pelé foi o destaque. O segundo desafio, contra a equipe da Tchecoslováquia, foi dramático para os brasileiros. Pelé, ao cair no chão, sentiu uma distensão na perna. A seleção empatara (0 a 0) e Pelé estava fora da competição.

A equipe iria decidir uma das vagas para a próxima fase contra a temível seleção espanhola, e sem Pelé. Entrou com Amarildo em seu lugar. Os espanhóis abriram o placar no primeiro tempo. No segundo, os brasileiros empataram aos 27 minutos e fizeram o gol da vitória aos 40, ambos feitos por Amarildo. Garrincha e Amarildo foram os destaques. No Brasil, os torcedores foram às ruas festejar a vitória.

Na próxima fase, a seleção enfrentou os ingleses. Os brasileiros foram muito superiores. Amarildo não jogou bem. Porém, o grande nome foi Garrincha. Além de seguidos dribles sobre Flowers, Wilson e Bobby Moore, marcou dois gols e cobrou a falta que permitiu a Vavá aproveitar a rebatida do goleiro e fazer o outro, consolidando a vitória por 3 gols a 1. Garrincha, naquela tarde de 10 de junho, fizera os brasileiros esquecerem Pelé, ou acreditarem que, mesmo sem Pelé, poderiam ser os campeões do mundo. Garrincha assumira finalmente a liderança da equipe.

O time estava classificado para jogar a semifinal contra os anfitriões chilenos. Foi um encontro repleto de lances emocionantes, não faltando até alguns momentos de violência. Os brasileiros foram sempre melhores. O destaque foi novamente Garrincha. Dois gols seus e dois outros de Vavá garantiram aos campeões do mundo uma vitória por 4 a 2. Mas os brasileiros haveriam de pagar um preço alto por aquela semifinal. Garrincha, impiedosamente atingido pelos pontapés adversários, acabou agredindo um deles e saiu de campo expulso.

Não se sabia se iria jogar a partida final contra os tchecoslovacos. Esperava-se o julgamento de sua expulsão pelo tribunal especial da FIFA. Também havia a dúvida sobre a gripe que nos dois últimos dias lhe atacara. O tribunal absolveu o jogador; e, mesmo gripado, entrou em campo, ainda que meio febril. Os tchecoslovacos abriram o marcador, num gol de Masopust, mas Amarildo, Zito e Vavá fixaram o placar final em 3 a 1. Antes de acabar, Garrincha ainda realizou uma sequência de dribles contra quatro adversários. O estádio estava em festa.

Garrincha driblando marcadores na Copa do Mundo de 1962. Foto: Pressens Bild/Wikipedia.

O Brasil também estava em festa.

Os atletas viajaram para Brasília no dia seguinte. Aos gritos de “Brasil, Brasil” e, sobretudo, “Garrincha, Garrincha”, a multidão saudou os campeões do mundo. No Palácio da Alvorada, após obter um autógrafo de Garrincha, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Lafaiete de Andrada, declarou: “Obrigado Garrincha. Sinto-me privilegiado por poder abraçar o maior jogador do mundo”. Já o presidente João Goulart disse: “Quem dera que todos neste país cumprissem o dever como vocês”[iii].

Depois, viajaram para o Rio. Lá, o número de pessoas foi, talvez, maior que o da recepção de 1958: bandeirolas, lenços brancos, delírio imenso em toda a Cinelândia. O carro que conduzia Garrincha quase foi tomado pelo povo[iv]. Finalmente, no Palácio da Guanabara, o governador Carlos Lacerda presenteou cada um dos craques com uma água-marinha. Garrincha, porém, ganhou um presente especial: um pássaro mainá, preto e de bico vermelho. Entre outras coisas, o mainá sabia dizer “Manuel” e “gol”[v].

Alguns atletas viajaram para São Paulo, onde também foram recepcionados de forma efusiva, com uma grande festa que reuniu milhares de pessoas. Segundo o jornal Última Hora, de São Paulo, Garrincha era “o grande ausente da festa paulistana”[vi].

Começaram a surgir algumas afirmações mais incisivas, como por exemplo: que Garrincha era o maior craque do mundo; ou que, se Pelé era o Rei, Garrincha era “o Rei dos Reis”. Antônio Maria, em crônica para O Jornal, comentava que não se conhecia um homem tão puro. “No dia da canonização de Mané Garrincha (é certa) todos nós iremos encomendar-lhe os milagres de que precisamos. Será chamado São Garrincha ou São Mané. Uma pergunta aos entendidos: Quem deveria ser o ‘rei’, Pelé ou Garrincha?”[vii].

A mesma pergunta foi feita ao próprio Pelé: “O que se diz por aí é que o ‘mito Pelé’ terminou: que Garrincha é o novo ‘rei’ do futebol mundial”. A resposta singela de Pelé: “Garrincha brilhou? Outros também? Pois saiba que isso me alegra muito. Só quem não me conhece pode pensar o contrário. […] Nunca pensei que sou o primeiro, o único, o absoluto. Não sou despeitado.”[viii].

Ao final do campeonato, os brasileiros redescobriam Garrincha como rei do futebol. Chamar Garrincha de “Lord” ou de “Rei” era mais que uma homenagem. Era o reconhecimento a um dos brasileiros mais simples, mais populares.

Tamanha evidência de Garrincha, chamá-lo de “Rei”, dizer que “Garrincha somos nós”, levava a uma desorganização da hierarquia simbólica dos mitos do futebol brasileiro que já estavam em avançado processo de enquadramento efetuados pelos jornalistas esportivos, com destaque para Mário Filho.

Garrincha também foi capa da revista El Gráfico, em 1962. Foto: Wikipedia.

Aqui entende-se enquadramento conforme conceituado por Michael Pollak em seus estudos sobre a memória coletiva. Segundo o autor, as duas funções fundamentais da memória são: “manter a coesão interna e defender as fronteiras daquilo que um grupo tem em comum”. E é através do trabalho de formação e de rememoração da memória, quando ocorre uma negociação entre o individual e o social, que as identidades são permanentemente construídas e reconstruídas e que os indivíduos passam a ter o sentimento de identidade a um determinado grupo, pois assim estão dividindo experiências, escolhendo o que deve ser celebrado e lembrado e o que merece ser esquecido. Portanto, é “absolutamente adequado falar […] em memória enquadrada, um termo mais específico do que memória coletiva. Quem diz ‘enquadrada’ diz ‘trabalho de enquadramento’.”[ix].

Assim, estudar o processo de enquadramento efetuado por Mário Filho aos mitos de Pelé e de Garrincha possibilitar-nos-á identificar as estratégias narrativas utilizadas.

No seu livro de 1947, O Negro no Foot-ball Brasileiro, Mário Filho assumiu a influência da ideologia freyriana da “democracia racial”. O autor consolidou, assim, uma história teleológica do futebol brasileiro que tinha como objetivo final a construção de uma nação que fosse pautada pelos ideais da integração racial, do profissionalismo, da mestiçagem e da disciplina. Também por influência de Freyre, o processo civilizatório brasileiro era caracterizado pela presença constante de duas forças antagônicas e, de certa forma, complementares. Haveria forças dionisíacas, representadas pelas características de jogadores como Leônidas da Silva; e forças apolínias, representadas pelas características de jogadores como Domingos da Guia. Ambas essenciais para a sociedade brasileira, uma dando a ordenação necessária ao caos e a outra criando um estilo social, uma identidade estética.

Para Freyre, a tendência do futebol brasileiro era, com o passar dos anos, se tornar cada vez mais dionisíaco. Em artigo de 1955, ele argumentava que provavelmente foi “o primeiro brasileiro, mais ou menos especializado no estudo de coisas nacionais, a dar importância sociológica ao estilo por assim dizer crioulo de futebol jogado por nossa mocidade multicor”; a associar o futebol “a reminiscências africanas, que o estariam tornando antes dionisíaco, isto é, expansivo, alegre, improvisador, ‘baiano’, um tanto barroco e até rococó, que apolíneo, isto é, grave, sóbrio, calculado, medido, anglo-saxônico”; e a relacioná-lo “à própria capoeiragem, que sendo jogo e também dança; e dança dionisíaca”[x].

Neste aspecto, Mário Filho não concordava com seu mentor intelectual. Ainda em crônicas da década de 1930, ele enfatizava mais as características apolíneas e clássicas de um Domingos, do que a brasilidade dionisíaca de um Leônidas[xi].

Em 1950, com a derrota da equipe brasileira para os uruguaios no final da Copa do Mundo em pleno Maracanã, Mário Filho teve que desenvolver um novo elemento dentro de sua narrativa teleológica. Esse novo elemento era a provação cristã. Antes, o futebol – assim como a nação brasileira – passaria por uma evolução contínua até atingir o pleno amadurecimento enquanto nação civilizada. Agora, ela teria que passar por uma provação, como obstáculo necessário para a sua transformação qualitativa. A história do futebol brasileiro teria um sentido soteriológico de provação necessária como condição de redenção da nação[xii].

Apesar da mudança de percurso nas narrativas de Mário Filho, a valorização da disciplina apolínea como forma de controlar o caos dionisíaco se mantinha. Só que agora, em 1958 e 1962, os representantes deste conflito não eram mais Domingos e Leônidas; mas Pelé e Garrincha.

Pelé era o jogador que Mário Filho sempre havia esperado, como a um messias. Era correto e bom filho; assim como Domingos era bom marido e pai; era providencial com o seu futuro; era trabalhador; era educado; e, principalmente, era disciplinado. Pelé, entretanto, tinha uma grande vantagem sobre Domingos, era um goleador – Domingos era zagueiro – e era vitorioso. Aliás, o jogador mais vitorioso da história do esporte em terras brasileiras.

Da mesma forma, Garrincha era o dionisíaco, o caos, o instinto desenfreado, o desejo avassalador que atropelava a razão disciplinadora. Com certeza, Garrincha possuía características que não comportavam comparações com Leônidas da Silva. Este era muito mais racional e providente; aquele era mais instinto e apetite. A indisciplina de Leônidas era como um ato de rebeldia e violência; a de Garrincha era um ato de aceitação de seu próprio ser. Para Mário Filho, jogadores como Leônidas e Garrincha eram fundamentais para a construção da nação brasileira. Mas eles precisavam ser controlados.

Daí entendia-se a sua admiração pelo desempenho de Garrincha na Copa do Chile, mas também a sua preocupação. Ao se tornar modelo exemplar de comportamento para os brasileiros, Garrincha invertia a ordem das coisas, colocava em risco o próprio projeto de construção da nação. Não era possível simplesmente negar a preferência popular por Garrincha. Era necessário compreender o que estava ocorrendo e, antes de tudo, reordenar o caos. Para isso, Mário Filho resolveu voltar a escrever livros dedicados exclusivamente ao futebol, uma prática abandonada havia treze anos.

[Continua…]

Notas

[i]  O atual texto, dividido em duas partes, é o último de uma série de quatro artigos publicada na revista digital Arquibancada sobre a obra jornalística de Mário Filho. Os outros são: Mário Filho: os anos de formação (1927-1938); Mário Filho: a influência de Gilberto Freyre (1938-1950); e Mário Filho e o Maracanazo (1950-1958), 1ª Parte e 2ª Parte.

[ii] RODRIGUES FILHO, Mário. Quatro ídolos. Primeira. Jornal dos Sports, 4 fev. 1959, p. 5.

[iii] BRASÍLIA: povo empurrou Goulart para ver a seleção. Jornal do Brasil, 19 jun. 1962, p. 11.

[iv] POVO chorou nas ruas à passagem triunfal dos bicampeões do mundo. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1962, p. 2.

[v] APITO final do juiz inicia carnaval da vitória. O Cruzeiro. Edição Especial, 30 jun. 1962, p. 11.

[vi] “LORD” Garrincha driblou torcida e correu para os braços da “Lady”. Última Hora, São Paulo, 20 jun. 1962, p. 1.

[vii] MORAIS, Antônio Maria de Araújo. Hoje em Santiago, o Brasil joga uma cartada importante. Por que Vavá, ainda? O Jornal, 13 jun. 1962. Segundo Caderno, p. 3. Ver também: SILVA, Geraldo Romualdo. Mané foi o rei da Copa. Jornal dos Sports, 19 jun. 1962, p. 8; PINHEIRO NETO, João. O sentido da vitória. Última Hora, Rio de Janeiro, 19 jun. 1962, p. 5; MORAIS, Antônio Maria de Araújo. Ingleses, russos, abraços e Mané Garrincha. O Jornal, 12 jun. 1962. Segundo Caderno, p. 3; GARINI, Antonio. Coração de Povo na Rua. Última Hora, São Paulo, 20 jun. 1962, p. 6; OLIVEIRA, José Carlos de. Quarta-Feira. Jornal do Brasil, 15 jun. 1962. Caderno B, p. 1.

[viii] RESTA-ME um grande consolo: ter colaborado fora de campo! Última Hora, São Paulo, 25 jun. 1962, p. 20.

[ix] POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, nº 3, 1989, p. 9-10.

[x] FREYRE, Gilberto. A propósito do futebol brasileiro. O Cruzeiro, 18 jun. 1955, p. 28.

[xi] Ver: SOUZA, Denaldo Alchorne de. O Brasil entra em campo! Construções e reconstruções da identidade nacional (1930-1947). São Paulo: Annablume, 2008, p. 171-194.

[xii] Ver: SOUZA, Denaldo Alchorne de. Pra frente, Brasil! Do Maracanazo aos mitos de Pelé e Garrincha, a dialética da ordem e da desordem (1950-1983). São Paulo: Intermeios, 2018, p. 53-85.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Denaldo Alchorne de Souza

Denaldo Alchorne de Souza fez pós-doutorado em História pela USP, doutorado em História pela PUC-SP e mestrado, especialização e graduação em História pela UFF. É autor dos livros Pra Frente, Brasil! Do Maracanazo aos mitos de Pelé e Garrincha, 1950-1983 (Ed. Intermeios, 2018) e O Brasil Entra em Campo! Construções e reconstruções da identidade nacional, 1930-1947 (Ed. Annablume, 2008), além de diversos artigos publicados em revistas, jornais e sites. Atualmente é pesquisador do LUDENS/USP e Professor Titular do Instituto Federal Fluminense, onde leciona disciplinas na Graduação em História.

Como citar

SOUZA, Denaldo Alchorne de. Mário Filho e o messianismo de Pelé (1958-1966)(1ª parte). Ludopédio, São Paulo, v. 123, n. 12, 2019.
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