Há tantas coisas que sinto falta… ainda mais nestes tempos de isolamento e pandemia. Há muitos motivos para ter saudade; amigos, lugares, encontros, família…a saudade aperta para todos os lados…inclusive até para o futebol! Esporte que acompanho desde a infância. E antes desse período remoto, meu “nonno” ensinou ao meu pai sobre as cores alviverdes do Palestra Itália.
“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”, já dizia Joelmir Beting.
Saudades do Palmeiras? Com certeza, é impossível não sentir. Porém como eu disse, a saudade aperta para todos os lados…
Antes da pandemia chegar ao Brasil, o campeonato paulista aguardava a décima primeira rodada. Uma rodada normal para todos da competição, mas para dois clubes o próximo jogo teria um significado a mais, um jogo capaz de parar a cidade de São Paulo, um jogo capaz de parar o Brasil. O jogo que seria um clássico e um dos mais efervescentes do futebol mundial, o Derby Paulista.
O Derby Paulista é um jogo tão intenso e importante que é capaz de mexer com as estruturas do corpo, da fala, da visão que só enxerga a vitória. A ansiedade que a véspera do jogo traz pode ser interminável e até eterna. Antes de qualquer Derby Paulista, a memória, a glória e os lances polêmicos são tirados da gaveta e colocados em pauta. Palmeirenses e corintianos vivem e revivem o clássico.
Quando Palmeiras e Corinthians acontecia, a semana antecedente ao clássico despertava em mim profundas preocupações e inquietações.
Por mais que eu seja apenas um simples torcedor, o Derby Paulista provocava a sensação de estar em campo junto aos jogadores, de que você está junto para decisão e para ser decisivo. Adrenalina chega na voz, na ponta dos dedos, no distintivo da camisa, que explica naturalmente o que é sentir aquilo.
O futebol é como um filme, que nunca possui final igual. O clássico, o Derby, é a cena preferida dos espectadores. Cena em que analisamos o cenário, as atuações e como o jogo de câmeras e suas perspectivas selam a bola dentro do gol.
Sinto falta deste filme e principalmente desta cena, do maior clássico do Brasil.