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Minha nação é o meu clube: como a rivalidade no futebol pode ser maior do que o nacionalismo

 

Wallpaper do Corinthians
Fonte: reprodução

Quando um clube de futebol de determinado país está participando de competições internacionais, é comum perceber um debate, principalmente nas redes sociais, acerca de se os torcedores de demais times rivais, porém do mesmo país, devem torcer contra ou a favor, de forma a levantar a questão: o que deve ser maior, o nacionalismo ou a rivalidade clubística? A presente análise parte dessa questão, a fim de buscar traçar considerações sobre identidades futebolísticas e as identidades nacionais, e de que maneira elas podem se aproximar ou se afastar.

Introdução

Em 2019, o Clube de Regatas do Flamengo chegou até a final da Copa Libertadores da América (a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul), onde conquistou o título, após o jogo da final contra o Club Atlético River Plate, da Argentina. O país parecia estar assistindo ao jogo, e então, uma discussão sobre se os torcedores de outros times brasileiros deveriam torcer contra ou a favor do Flamengo explodiu, principalmente nas redes sociais, dividindo opiniões.

Recentemente, em 2022, o Sociedade Esportiva Palmeiras chegou à final da Copa do Mundo de Clubes 2021 (competição de futebol organizada pela FIFA e disputada entre os clubes campeões de todas as confederações continentais), jogando a final contra o Chelsea Football Club. O debate acerca de para qual time os torcedores de outros times brasileiros de futebol deveriam torcer voltou à cena. As discussões sobre rivalidade vs nacionalismo sempre existiram, mas podemos notar tal debate tomando proporções maiores com o advento das redes sociais, como pudemos observar com as citadas campanhas de Flamengo em 2019,  e do Palmeiras em 2021.

A alegação central do debate se concentra na ideia de que quando se trata de competições internacionais, o sentimento de nacionalismo deve ultrapassar toda e qualquer fronteira de rivalidade interna, adotando a hipótese de que os torcedores de clubes brasileiros devem torcer para seus rivais locais quando estes estiverem jogando contra clubes estrangeiros; em contrapartida, outros acreditam que a rivalidade interna, local, é mais significativa independente da situação. 

O fenômeno do torcer

O futebol é um fenômeno histórico, social e cultural, assim, este debate é muito mais complexo do que aparenta ser. Comecemos pensando no que significa torcer no futebol. Simone Hashigutti aponta:

Para pensar o “torcer por um time de futebol” como uma prática discursiva e o futebol como um tipo de discurso, cabe ter claros os sentidos de sujeito e de processos de produção de sentido-identificação em Análise de Discurso. O sujeito discursivo, por ser de linguagem, é incompleto, já que a característica da linguagem é também a de ser incompleta. Sujeito e sentido não são formas ou entidades que existem prontos, possibilitando a existência de sentidos literais e de identidades sociais estanques, pois “se configuram ao mesmo tempo” (Orlandi, 1998: 205), no espaço de relação entre a língua e a história. Para fazer sentido, o sujeito é interpelado, se inscrevendo em redes de significação, as formações discursivas, e entrando necessariamente num funcionamento de produção de sentido que é sempre de relação a . (HASHIGUTTI, 2008, p. 2)

Isso significa que torcer é uma prática identitária, constituída e formadora de discursos, de maneira que no ato de torcer estão implícitas as formas do indivíduo se manifestar como sujeito social. O torcer não é então irracional e ilógico, mas é expressivo e carregado de significados. A autora segue dizendo:

A identificação, nesse sentido, é o que surge dessa inscrição nas redes de significação. É quando “o sentido faz sentido” (Orlandi, 1998: 206). Assim funciona a identificação do sujeito com a posição discursiva “torcedor”. Ocupar a posição sujeito-torcedor, ou não, de time de futebol, discursivamente, não é uma questão de escolha consciente. O sujeito se filia pelo próprio funcionamento do processo discursivo, por uma identificação com uma rede de sentidos que identifica um grupo (uma instituição) e o identifica. (HASHIGUTTI, 2008, p. 2)

Nota-se como o futebol, neste caso através da prática de torcer, se revela como um grande formador de identidades ao proporcionar essa ideia de “sentido que faz sentido”, ou em outras palavras, a identificação. Torcer se torna uma prática transformadora da realidade como forma de expressão de identidades, sejam estas conscientes ou inconscientes.

O futebol é um elemento muito importante para entendermos as lógicas culturais das sociedades modernas, de igual modo, são as redes sociais, assim, unir estes dois tópicos e procurar perceber de que maneiras eles se relacionam, podem revelar muito sobre essas sociedades, como observa Manuel Castells (2007), ao trabalhar com a ideia de que a sociedade atual funciona em um esquema de conexão em redes. Branco di Fátima, Célia Gouveia e Sandra Miranda, em artigo sobre futebol, nacionalismo e redes sociais, chegam a apontar: 

Enquanto o futebol proporciona a sensação de pertença (PINHEIRO; COELHO, 2002), também influencia as emoções quase a nível do fervor religioso (DORSEY, 2016; GOUVEIA; TAVARES; DAVID, 2019). Nas redes sociais, a emoção pode ser transportada de muitas formas, com textos, imagens, infografias, vídeos, etc. Ou seja, a emoção é multimédia. (…)(FATIMA, GOUVEIA, MIRANDA. 2021. p. 2)

A internet proporciona ao torcedor uma maior proximidade de seu time de futebol, de forma que indivíduos que torcem para times de estados diferentes daquele onde vive, conseguem se manter atualizados das novidades sobre o clube, além de se conectar com outros torcedores do mesmo time, principalmente através das redes sociais, criando assim coletivos de torcidas entre indivíduos fisicamente distantes. 

A identificação com a identidade clubística consegue não apenas existir, mas se firmar, de forma que mesmo distante, o torcedor se sente participante da realidade do clube e das vivências comunitárias como torcedor, proporcionando uma identificação que muitas vezes o indivíduo não consegue estabelecer, por exemplo, com a região onde mora; já que encontra em seus aliados virtuais e companheiros de torcida, uma linguagem e paixão em comum.

As “comunidades imaginadas”

Partamos então para algumas percepções sobre o fenômeno do nacionalismo. No livro Comunidades Imaginadas (1991), o historiador e cientista político Benedict Anderson tenta entender o conceito do nacionalismo através da ideia de “comunidades imaginadas”, de forma a traçar que as comunidades nacionais existem no imaginário das pessoas antes de virem a existir territorialmente. Ele vai mostrar como o nacionalismo, para além de um projeto político, é um sentimento, e é um fenômeno baseado em emoções identitárias. Dessa forma, antes das nações serem inventadas elas são imaginadas, de maneira que elas não se legitimam por serem “verdadeiras” ou “falsas”, mas sim por fazerem sentido na formação das identidades individuais e coletivas. O nacionalismo então, é criado, construído, e pode ser um grande formador de identidades, mas não é um fator natural e inerente a todos os seres humanos: ele atravessa as pessoas de maneiras diferentes e em diferentes níveis.

Uma vez entendido o conceito de comunidades imaginadas, de Benedict Anderson, bem como as noções de nacionalismo, nos aprofundaremos em como esta ideia poderia ser aplicada para o contexto do futebol. Sendo as comunidades criadas no imaginário antes ou independente de existirem territorialmente, pode-se dizer, mantendo-se as proporções, que uma torcida de futebol, é uma comunidade imaginada, afinal: são unidas por um sentimento identitário que atravessa a vida dos torcedores como indivíduos e seres coletivos. Sobre as comunidades imaginadas, Anderson ainda diz:

Ela é imaginada porque mesmo os membros da mais minúscula das nações jamais conhecerão, encontrarão ou nem sequer ouvirão falar da maioria de seus companheiros, embora todos tenham em mente a imagem viva da comunhão entre eles. (ANDERSON, 1991, p. 32)

As palavras do autor parecem definir exatamente o que são as torcidas de futebol e como elas funcionam. É realmente um sentimento de nacionalismo. O clube de futebol se torna uma espécie de “nação”, assim, é comum ver torcedores fazendo referências a nações, países e até ao mundo ou ao universo, quando comunicam o sentimento que a vivência de torcedor os proporciona, de forma que o clube de futebol se torna um território imaginado. Percebemos isso com os torcedores do Flamengo se denominando como “nação rubro-negra”, ou quando os torcedores do Bahia afirmam “o Bahia é o mundo”, e ainda pelos nomes de torcidas organizadas, como a “Império Alviverde” do Coritiba, ou a “Nação CV”, do Internacional.

É comum também que os jogadores considerados “craques” sejam reverenciados, e que tais reverências sejam reforçadas (ou criadas) pela mídia. Assim, são freqüentes títulos como “imperadores” (“imperador” Adriano), “reis” (“rei” Pelé), “príncipes” (“príncipe” Kaká) e outras formas que fazem referência a cargos políticos e de grande poder numa conjuntura (“embaixador”, “presidente” Ronaldo), retomando a relação historicamente marcada entre Estado e Igreja, abrindo espaço para a enunciação das expressões de adoração, e retomando também, os mitos olímpicos relacionados à força física e ao esporte. (HASHIGUTTI, 2008, p. 9)

Nota-se também a relação com a organização política dos coletivos e torcidas organizadas. Hashigutti utiliza-se da maior torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, que possui um caráter extremamente politizado, seja desde sua fundação, onde a organizada surge a fim de se manifestar e protestar contra o então presidente do clube, Wadih Helu; e até ao participar de manifestações em prol da anistia, em 1979. Para melhor entender este fenômeno.

(…) O que Pimenta chamou de uma organização burocrática/militar, na Gaviões da Fiel, foi a organização institucional do grupo, com o estabelecimento de uma hierarquia de poderes – presidente, vice, conselheiros –, e eleições para preencher esses cargos, e também a organização espacial elaborada de forma militar. A Gaviões foi a primeira a distribuir seus membros nas arquibancadas em grupos nomeados segundo táticas e estratégias militares de defesa: “linha e pelotão de frente, combate etc. (HASHIGUTTI, 2008, p. 12)

Igor José de Renó Machado (2000), também aponta que o futebol proporciona a criação de laços entre os indivíduos como “aliados virtuais”, de forma que um simples olhar para um desconhecido na rua que esteja utilizando uma camisa do seu time do coração, proporciona identificação ao se reconhecerem como “torcedores” do mesmo clube e criando automaticamente um sentimento de serem, como nomeia o autor, “cidadãos futebolísticos”, unidos por uma mesma nação imaginada. O mesmo acontece quando os torcedores de um mesmo time passam a se seguir e a interagir nas redes sociais, como apontado anteriormente. 

É importante ressaltarmos que o futebol e o nacionalismo possuem um forte caráter de formadores de identidades, mas observamos o futebol sendo associado ao nacionalismo para assim criar uma ideia de orgulho e amor pela nação através da figura do futebol. Este fenômeno tão enraizado na sociedade brasileira, foi difundido como projeto político no governo de Getúlio Vargas.

(…) A partir da década de 1930, o Estado brasileiro, sob o comando de Getúlio Vargas, conteve as mobilizações promovidas pelos trabalhadores ao enquadrar tanto a classe operária quanto a burguesia industrial sob seu controle; para tanto, um dos elementos utilizados foi o futebol que, além de instrumento de desmobilização política, serviu à edificação de certa identidade nacional, em pleno período do Estado Novo (1937-1945). O sucesso do Brasil na Copa de 1938, realizada na França, teria dado consistência às intenções varguistas. (KUPPER, 2018, p. 1)

Assim, o futebol pode funcionar como ferramenta construtora de uma determinada identidade nacional, e até mesmo como objeto político de um governo, mas para além disso, é um construtor de identidades por si só, podendo ser analisado e investigado de ambas as maneiras. Ainda que tenha sido utilizado para fins políticos (a exemplo também do uso que os governos militares fizeram do futebol como propaganda na América Latina) , é um elemento cultural de grande impacto popular, de forma a ser uma expressão social, e não podendo apenas ser reduzido a um objeto de manipulação política- governamental, como por muito tempo foi encarado pela academia.

Nacionalismo vs Rivalidade

Articulando estas ideias e nos baseando nas reflexões propostas por Benedict Anderson podemos entender o que acontece em ambos os lados da discussão aqui investigada. Em primeiro lugar, os indivíduos são afetados por noções de identidades diferentes, e nota-se ainda, que o nacionalismo age também de diferentes formas. Aqueles que acreditam que o mais correto é torcer para o clube de seu país em uma competição internacional, independente das rivalidades, são atravessados por uma construção de nacionalismo ligada a ideia de país como o território geograficamente delimitado como deles; enquanto aqueles que consideram que as rivalidades internas são mais importantes e, por isso, tendem a torcer contra o clube de seu país em uma competição, são atravessados por uma construção da ideia de nação ligada ao seu clube do coração; de modo que não existe um nacionalismo correto ou um nacionalismo errado, existem apenas construções de identidades diferentes.

Em vez de verdadeiros – e falsos – torcedores, existem diferentes modalidades de vínculos entre torcedores e clubes e dos próprios torcedores entre si, às quais correspondem formas diferenciadas de expressar o sentimento de “pertencimento”; e, finalmente, que existem alguns critérios, bastante gerais, a partir dos quais se pode afirmar, segundo o comportamento dos torcedores, se um jogo é bom ou ruim – e nem tanto se é bonito ou feio. (DAMO, 2001, p. 84)

Arlei Sander Damo (2001), pensa o jogo de futebol como um “ritual disjuntivo”, isto é, naturalmente o futebol é caracterizado pela oposição, separação, exclusão e a ideia de alternativa. Democrático, mantenedor da alternância de poderes e tensões, mas disjuntivo. Articulamos então esta ideia com a de Igor José Renó Machado (2000), de que os clubes de futebol possuem a mesma lógica identitária dos clãs e nações. Assim, a rivalidade entre times-clãs pode subverter a regionalidade e até mesmo o nacionalismo.

(…) Entre nós, o futebol é em si uma rivalidade, pois são os clãs que de fato entram em disputa ou combate. O combate não metaforiza apenas aspectos da chamada “realidade social”, ele se dá entre diferentes “clãs”, entre indivíduos aleatoriamente distribuídos entre os clãs possíveis. Assim, o futebol é mais do que uma metáfora; é, como atividade, uma forma de embate entre grupos sociais organizados de forma alternativa, marginal ou anti-rotineiro. (MACHADO, 2000)

É importante entender o papel da rivalidade em especial no meio do futebol. As rivalidades são construídas nas histórias dos clubes e baseadas no profundo sentimento de paixão despertado pelo futebol – este que, por proporcionar grandes processos de identificação, é um grande formador de identidades. Pensar em identidades engloba uma gama de fatores, inclusive fatores emocionais e sentimentais. 

Portanto, para a maioria dos torcedores fanáticos, a ideia de torcer para um time rival, ainda que este seja um time de seu país, em uma competição internacional, é uma profunda incongruência com suas identidades construídas por seus próprios times, identidades estas que os constituem ao mesmo tempo em que são constituídas por eles.

As identidades clubísticas são contrastivas, de modo que o “pertencimento” não se esgota no amor ao clube do coração, mas na aversão por outro, o seu contrário. As rivalidades estão associadas a categorias mais amplas da sociedade e giram em torno de sentimentos vinculados a “grupos primordiais, aqueles em que nascemos, quer se concentrem na língua, costume, religião, raça, tribo, etnia ou lugar” (Lever, 1983:26). Cria-se, então, em torno dos clubes de futebol, extensas comunidades imaginárias de sentimentos (Souza, 1996:45). (DAMO, 2001, p. 89)

Além disso, parte da reafirmação desta identidade clubística está ligada ao fato de que os torcedores gostam de ver apenas o seu próprio clube triunfar, de maneira que mesmo numa relação entre clubes que não possuem rivalidades diretas (como são as rivalidades regionais entre Corinthians x Palmeiras, Atlético Mineiro x Cruzeiro e Flamengo x Fluminense), os torcedores podem preferir torcer pela derrota do outro time nacional, mesmo numa competição que extrapole os limites territoriais nacionais. 

A lógica do torcer então se mantém ligada a identidade do clube e o discurso de memória que constrói e é construído por esta identidade, onde traços da história e características são acentuadas e outras esquecidas, para a formação de um sentimento de que cada clube é único e original em suas características, assim, os torcedores parecem preferir preservar sua identidade clubística baseada na diferença e oposição em relação ao outro.

A rivalidade faz parte do jogo, parte da lógica do futebol. Os cânticos das torcidas, as brincadeiras e os comentários feitos para manutenção das rivalidades, como a piada com o fato do Palmeiras não ter conquistado um campeonato mundial, mesmo que o torcedor torça para um clube que também não tenha conquistado um título mundial, são parte da chamada “violência simbólica” (uma característica inerente do futebol enquanto fenômeno cultural), conceito criado por Toledo (1996), além de ser essencial para a manutenção do caráter democrático do esporte, de proporcionar o equilíbrio de tensões e trazer a ideia de que o poder também deve ser alternado, de maneira que se esta concepção for retirada da lógica do futebol, ele se descaracteriza e perde a emoção que conquista a tantos (MARTINS, REIS, 2017).

Palmeiras x Chelsea
Chelsea e Palmeiras antes do início da partida final. Foto: Fábio Menotti/Palmeiras.

Conclusão

Futebol e nacionalismo são grandes construtores de identidades, e podem ser aliados, mas podem também ser analisados separadamente. É importante percebermos como estas identidades são construídas e transformadas, especialmente levando em consideração fatores de grande impacto nas sociedades atuais, a exemplo da internet e das redes sociais, trazendo novas formas dos torcedores se relacionarem com seus clubes do coração, bem como com os demais torcedores deste mesmo clube, criando um sentimento de pertencimento e de aliança que se aproxima com os sentimentos já estudados e percebidos, causados pelo nacionalismo.

Em suma, concluímos que as relações entre identidade nacional e identidade clubística são muito mais complexas do que definições simplistas podem comunicar, de forma que quando pensamos dos debates acerca de para quem deve ser direcionada a torcida em situações de competições internacionais, como é o problema aqui apresentado como foco inicial desta análise; não podemos traçar uma forma correta ou errada de se torcer, mas devemos apenas, compreender que a percepção identitária afeta os indivíduos de formas distintas, e que o nacionalismo nem sempre se manifesta relacionado à uma nação territorialmente fixada como um Estado-Governo.

A relação individual, bem como o quão fanático o torcedor é por seu time, também são fatores relevantes para entender se a identidade nacional e/ou regional, será ou não maior do que sua identidade clubística. As diferentes formas como estas identidades podem aparecer e atuarem nas vivências dos torcedores pode ser objeto de pesquisas futuras, utilizando dessas noções iniciais para pensarmos casos mais específicos, e aprofundando as análises.

Referências bibliográficas

ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas: Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Tradução: Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. ISBN 978-85-359-1188-6.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: A era da informação. Economia, sociedade e cultura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.

FÁTIMA, Branco Di; GOUVEIA, Célia; MIRANDA, Sandra. Muito além do relvado: futebol, nacionalismo e redes sociais. Texto Livre: linguagem e tecnologia. 2 de agosto de 2021. DOI: 10.35699/1983- 3652.2021.29714.

HASHIGUTTI, Simone. Futebol no Brasil: sentidos e formas de torcer. RUA [online]. 2008, no. 14. Volume 1 – ISSN 1413-2109/e-ISSN 2179-9911.

KUPPER, Agnaldo. O futebol brasileiro como instrumento de identidade. Mnemosine, Vol.14, nº2, p. 219-235 (2018) – Artigos.

LOUZADA, Roberto. Identidade e Rivalidade entre os Torcedores de Futebol da Cidade de São Paulo. Esporte e Sociedade, Identidade e Rivalidade. Ano 6, n.17, mar/agosto.2011.

MACHADO, Igor José de Renó. Futebol, clãs e naçãoDados [online]. 2000, v. 43, n. 1 [Acessado 4 março 2022], Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0011-52582000000100006>. Epub 02 Ago 2000. ISSN 1678-4588. https://doi.org/10.1590/S0011-52582000000100006.

MARTINS, Mariana Zuaneti; DOS REIS, Heloisa Helena Baldy. A Democracia Corinthiana: futebol e política. Coleção Esporte e Ciências Humanas: AutorEsporte, 2017. ISBN 978-85-9513-048-7.

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Pâmela Camargo Soares

Graduanda em História na Universidade Federal do Espírito Santo.Pesquisadora das relações entre futebol, identidades, cultura e política.

Como citar

SOARES, Pâmela Camargo. Minha nação é o meu clube: como a rivalidade no futebol pode ser maior do que o nacionalismo. Ludopédio, São Paulo, v. 158, n. 34, 2022.
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