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Mulheres nas seleções da Copa (2018): onde estão e quem são?

Eliano Jorge 27 de fevereiro de 2021

Em evento marcado por casos de assédio mas também presença feminina no jornalismo, o Puntero Izquierdo identificou ao menos 47 mulheres em 21 delegações mundialistas de 2018; a maioria trabalha em funções administrativas ou de comunicação

Croácia Copa 2018
Iva Olivari, ao centro, no vestiário da Croácia comemorando a vaga na final da Copa, em divulgação da federação local.

Foi uma cena recorrente durante a Copa do Mundo na Rússia. Homens de diversas nacionalidades gravaram vídeos em que induziam estrangeiras a repetir expressões autodepreciativas e obscenidades em idiomas que elas desconheciam. Repórteres foram assediadas durante as coberturas jornalísticas (14% da imprensa era feminina no Mundial). Ao mesmo tempo, mulheres assumiram funções pioneiras à frente de veículos de imprensa, torcedoras iranianas e sauditas suscitaram debates e até um grupo feminista invadiu o palco da final. Nunca o tema da presença da mulher no futebol esteve tão presente em uma Copa do Mundo.

Mas quanto aos bastidores da competição? Qual foi o tamanho da participação das mulheres nas equipes responsáveis pelas seleções e pelo próprio funcionamento do torneio? Foi o que tentamos responder.

Às mulheres ainda não está disponível o protagonismo, mas elas estão lá. Apesar dos casos de desrespeito, das desigualdades entre gêneros e do habitual machismo do ambiente do futebol, há sinais de que barreiras vêm sendo quebradas. É possível acreditar que a Rússia sediou a Copa do Mundo com maior participação feminina na estrutura da competição.

Cravar o número de mulheres presentes nas seleções não é tarefa simples. Várias federações nacionais de futebol não divulgam informações internas. “Intencionalmente, não temos tornado públicos os detalhes de perfil de nossa equipe de bastidores”, avisou, por e-mail, logo cerrando suas portas, a assessoria de comunicação da Inglaterra, que contou com a instrutora de pilates Suzanne Scott e um trio elogiado na imprensa por introduzir recursos de diversão e relaxamento que deram leveza ao ambiente da equipe quarta colocada: a psicóloga Pippa Grange e as gerentes de operações de mídia Joanne Plummer e Anna Bush.

A Austrália resistiu bastante em responder e, após muita insistência, confirmou que, como apurado por outras vias, possuía uma funcionária na equipe de segurança. Existem ainda os casos de mulheres que não compunham oficialmente as delegações, mas ocupavam cargos nas federações nacionais de futebol e estavam em território russo. Portugal ratificou presenças femininas no plural, no entanto recusou-se a dizer quantas e em quais funções.

Levantamento do Puntero Izquierdo identificou que havia, no mínimo, 47 mulheres espalhadas em pelo menos 21 das 32 seleções. A média quase atinge a marca de três a cada duas equipes da competição. Oito seleções confirmaram que tinham somente homens nas suas comitivas: Bélgica, Rússia, Colômbia, Polônia, Coreia do Sul, Nigéria, Egito e Sérvia. Não responderam Arábia Saudita, Irã e Senegal. Nas fotos oficiais e no material deles para a imprensa, só aparecem marmanjos.

 
 

O trabalho das mulheres nas seleções da Copa se concentrou em setores administrativos, de comunicação, de saúde e de alimentação. Somente duas estão próximas ao time a ponto de sentarem ao lado do treinador durante as partidas. E cerca de 10% são dirigentes de altas posições.

 

 

Do banco ao estrelato

Gerente da seleção vice-campeã, a croata Iva Olivari, de 49 anos, chamou a atenção no banco de reservas e ao preparar substituições. Teve sua história largamente contada e ganhou fama planetária. Passou a colecionar declarações de apoio em diversos idiomas no seu perfil numa rede social.

 
 
 
 
 
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Ela administra a seleção enxadrezada, realiza a comunicação com federações e clubes, cuida da burocracia e da logística. Trabalha na federação desde seus primórdios, em 1992, durante o sangrento divórcio com a Iugoslávia, e precisou desempenhar diversas tarefas. Emergiu dos escritórios ao ser promovida ao banco de suplentes na Eurocopa de 2016. Não passaria despercebida ali com uma pasta cheia de documentos e a placa eletrônica levada ao quarto árbitro para trocas de atletas.

“Não fui discriminada, porém, claro, ouvi coisas do tipo, ‘ela não deveria estar ali, seria melhor se fosse um homem, não sabe nada de futebol’… Mas, para mim, tanto faz este tipo de comentários”, afirmou à AFP.

É difícil saber quem venceu em termos de menções elogiosas, se Iva Olivari ou a presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, que esteve em evidência na tribuna de honra, na arquibancada, no vestiário e na cerimônia de premiação durante o Mundial, acusada de usar a seleção com seu populismo nacionalista para se promover com vistas às próximas eleições, em 2019.

Quase escondidas na delegação croata ficaram a gerente de eventos Helena Puskar, a gerente de marketing Koraljka Petrinovic e a assessora de comunicação Nika Bahtijarevic. Reportagem do UOL Esporte revelou que incorporar e dar poder a mais funcionárias se trata de um projeto da Federação Croata de Futebol, presidida pelo ex-atacante Davor Suker, artilheiro da Copa de 1998. Hoje elas são maioria: 28 a 25.

As executivas

Dos atuais 36 membros do Conselho da Fifa, apenas seis são mulheres. Representam a cota mínima obrigatória para representantes de cada confederação. Há uma italiana e uma equatoriana, porém as outras quatro são de países completamente inexpressivos no futebol: Ilhas Turcos e Caicos, Bangladesh, Burundi e Samoa Americana.

Ainda assim, foi a primeira Copa do Mundo com uma mulher como secretária-geral da entidade que administra o futebol. À senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura, 56, que trilhou carreira na Organização das Nações Unidas, cabem as atividades executivas, operacionais e administrativas da entidade e de suas competições há dois anos.

 

As associações nacionais de futebol de França, Islândia e Costa Rica também possuem mulheres nesse cargo. A ex-goleira Klara Bjartmarz, 49, há 24 anos na firma e promovida em agosto de 2015, desfrutou a sensação de chefiar a delegação na primeira Copa dos islandeses, que encabeçam o ranqueamento de igualdade de gênero.

A assessoria de imprensa francesa só apontou a diretora-geral Florence Hardouin, 51, uma consagrada esgrimista, na delegação oficial campeã. Porém também estavam em território russo a serviço da federação duas ex-jogadoras: a vice-presidente Brigitte Henriques, 47, que entre 2011 e março de 2017 foi secretária-geral, e sua sucessora Laura Georges, 33.

Com seis nomes, a Costa Rica foi a seleção que divulgou mais enviadas à Rússia. A Federação Costarriquenha de Futebol não respondeu quantos funcionários possui, mas 41 mulheres trabalham lá, inclusive em relevantes posições, a exemplo da diretora administrativa Peggy Guillén, que cuida de infraestrutura, equipamentos e logística; da encarregada da gestão comercial Mónica Pereira; da instrutora de árbitros Patricia Miranda; da diretora legal Aida Vargas; de Kattia Campos, das finanças; e de Verónica Badilla, do departamento de Desenvolvimento Humano. Floribeth Gamboa, na instituição desde 1988, lembra que a área das seleções não tinha outra mulher. Ao site oficial, ela indicou como desbravou o caminho: “Entreguei minha vida e meu coração a esse esporte”.

A ocupação de funções importantes por mulheres encontra sintonia com o momento do país. Eleito em abril passado com a igualdade de gênero como um dos trunfos de sua campanha, o presidente da República, Carlos Alvarado, de centro-esquerda, nomeou o primeiro gabinete costarriquenho com maioria feminina: 14 a 11. Sua vice-presidente e chanceler é a ex-deputada Epsy Campbell.

Desde o início de 2017, a federação de futebol tem a advogada Margarita Echeverría como secretária-geral. Entre 2001 e 2003, ela já tinha ocupado esse cargo. Voltou inicialmente como interina, sob a emergência de afastamentos devido a escândalo de corrupção. É a única mulher entre os 14 membros do Comitê Executivo. Começou na entidade há 26 anos e chegou ao Comitê de Ética da Fifa e à presidência da Comissão Disciplinar da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf).

“É uma grande honra, um grande privilégio porque, no mundo do futebol, são poucas as mulheres que estão como presidenta ou secretária-geral”, declarou num vídeo institucional da sua federação. “Se nos dão oportunidades, poderemos colaborar muitíssimo ao lado dos homens. Creio que não é questão de gênero, é de capacidade, de trabalho. Nós, mulheres, temos essa virtude, de planejarmos, organizarmos, talvez porque tenhamos que fazer em casa e então também no trabalho”, avaliou, deixando implícita a interferência do machismo na vida doméstica.

Echeverría relata que na Olimpíada de Pequim, em 2008, era a única mulher na Corte Arbitral do Esporte, enquanto na Rio-2016 já havia divisão igualitária. “Para uma mulher, conseguir esses postos não foi fácil”, admitiu na gravação, citando desconfiança e resistência iniciais. “Minha filha está seguindo meus passos”, celebrou. “Não me vejo mais fora do futebol, está na minha pele”.

“Quando menina, joguei futebol com meu irmão. Ia para os estádios com meu pai todos os domingos e todas as quartas-feiras”.

Além dela, à Rússia foram a assessora de imprensa Gina Escobar, a jornalista Adriana Durán, da Unidade de Relações Públicas e Protocolo, a nutricionista mexicana Alhelí Mateos e as fisioterapeutas Sofía Serrano e Martha Sisfontes.

A Alemanha, cuja defesa do título ruiu escandalosamente na fase de grupos, também teve direção feminina. “Maika Fischer foi uma figura chave na seleção, basicamente gerenciando as operações do dia a dia, do café da manhã à renovação de passaporte, do transporte ao descanso e relaxamento”, afirmou a assessoria de imprensa. Ela, Ann-Katrin Roos e Heike Dahl dedicaram-se à organização alemã.

Chefa demitida

De 2011 até outubro passado, María José Claramunt era a poderosa diretora da seleção da Espanha. Embora ela tivesse apoio dos jogadores, a enfraqueceu na cartolagem o afastamento do então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Ángel María Villar, que foi preso devido a um escândalo de corrupção. O substituto da chamada “Chefa”, o ex-zagueiro e volante Fernando Hierro, acabou assumindo o cargo de técnico na antevéspera da estreia na Copa de 2018 em decorrência da demissão de Julen Lopetegui, que havia negociado em segredo sua saída para o Real Madrid.

Esther Gascón, secretária-geral entre outubro de 2016 e maio passado, também perdeu o posto após mudança da cúpula e voltou ao departamento jurídico. Ainda assim, a Espanha confiou em quatro mulheres na Rússia. Paloma Antoranz, veterana das campanhas dos títulos da Eurocopa de 2008 e 2012 e do Mundial de 2010, comanda o departamento de imprensa. Desde maio, Marisa González é diretora de comunicação, e Ana Muñoz, vice-presidente para Assuntos de Integridade — como fair play financeiro e apostas ilegais.

A delegada da seleção, Silvia Dorschnerova Weis, que viveu sua quinta Copa, foi o primeiro ícone feminino de um campeão. Em 2010, era vista no banco e cumprimentando os jogadores nas substituições. Nascida na Alemanha, com origem tcheca e criada na Espanha desde os 12 anos, ela entrou na federação para ser tradutora no Mundial de 1982, em casa, graças a seu poliglotismo, que abarca espanhol, inglês, francês, alemão, tcheco e italiano. Encarrega-se de tarefas semelhantes às da croata Iva Olivari e resistiu às mudanças de treinadores.

Brasil e demais seleções

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tem um histórico de abertura às mulheres. A própria seleção feminina principal sempre teve um entorno masculino e não foi levada em consideração quando se opôs à demissão precoce de sua única treinadora, Emily Lima, no ano passado. Inclusive, recentemente a Fifa anunciou a implantação de um sistema de cotas para a Copa feminina, proibindo que uma comissão técnica seja formada só por homens dirigindo mulheres.

Desta vez, a equipe dos homens, que ao longo dos anos teve pontualmente nutricionista e psicóloga, levou a médica assistente e nutróloga Andréia Picanço e a administradora Claudia Schnabl, que trabalha na gerência das seleções e ocupou-se do serviço de ingressos e cartões de identificação dos torcedores

Pia Schou-Nielsen atuou na assessoria de comunicação da Dinamarca; Jouda Khénissi, na da Tunísia. Beatriz Boullosa foi a nutricionista do México; Fanny Cardoze, a do Panamá. A Argentina escalou a chef de cozinha Antonia Farías e Veronica Miele, do marketing.

 

A seleção peruana, que teve Romina Antoniazzi como mandachuva da comunicação, uniu os saberes da chef de cozinha Eusebia Ñahuincupia e da nutricionista Eudith Saavedra. Marrocos, que não apresentou sua lista, levou pelo menos uma mulher ao Mundial: a assessora de imprensa Dounia Lahrech.

A assessoria de comunicação da Suíça negou-se a informar sobrenomes, mas revelou que funcionárias chamadas Claudia e Andrea foram incumbidas respectivamente da venda de ingressos e da cozinha. Fabiana Rodríguez e Leticia Álvez trataram de bilheteria e cartão de identificação para torcedores uruguaios. Michiko Dohi, membro do Comitê Médico da Fifa, fez parte da equipe médica do Japão.

A Suécia contou com a assessora de imprensa Ester Kristiansson e a coordenadora Cecilia Sandell, ex-jogadora da seleção feminina nas Olimpíadas de 1996 e 2000, que realiza o trabalho administrativo do time masculino atualmente.

Feministas em campo

Se é um desejo bem popular estar no gramado durante uma final de Copa do Mundo masculina, pela primeira vez três mulheres o realizaram. Aos 6 minutos do segundo tempo do jogo entre França e Croácia, Veronika Nikoulchina, Olga Pakhtoussova e Olga Kouratcheva tornaram-se centro das atenções no repleto Estádio Luhzniki. Entretanto, nem sequer tocaram na bola.

Artistas da banda russa de punk rock Pussy Riot, de posições feministas, elas invadiram o campo junto com o ativista Piotr Verzilov para denunciar abusos aos direitos civis e prisões políticas no país-sede. Um dos velhos alvos de seus protestos, o presidente russo Vladimir Putin, fingia não estar morrendo de raiva, ao ver tudo no conforto do setor das autoridades. Os quatro manifestantes foram condenados a 15 dias de detenção e proibidos de comparecer a eventos esportivos por três anos — uma bagatela para quem conseguiu êxito e visibilidade global.

Também apareceram nas telas para a Terra inteira ver as torcedoras iranianas e sauditas que dividiram as arquibancadas com homens, algo proibido nos seus respectivos países.

Ainda não foi dessa vez que árbitras participaram da Copa, entretanto duas cidades-sede tiveram coordenadoras-gerais, e diversas outras funções do evento estavam em mãos femininas. Questionado por esta reportagem, um porta-voz da Fifa detalhou que mulheres representavam 43% da delegação da entidade na Rússia, metade dos seus 26 funcionários de mídia nos estádios e 64% dos voluntários.

Equipes paralelas abriram-se ainda mais em termos de gênero, como a imprensa com locutora, repórter, produtora, editora, fotógrafa, comentarista, cinegrafista… No Brasil, a Fox Sports criou uma segunda transmissão com narradora, além de uma mesa-redonda exclusiva a elas, embora tenham se mantido afastadas dos debates estritamente masculinos no canal principal da emissora.

A jornalista argentina Viviana Villa, a serviço da rede Telemundo, dos Estados Unidos, voltada ao público hispânico, relata ter sido a primeira comentarista de língua espanhola em transmissões de jogos de Copa do Mundo.

“Meu trabalho foi um pontapé inicial nos trabalhos de mulheres num Mundial: comentar, opinar e analisar partidas de futebol masculino. Foi uma experiência maravilhosa, extraordinária. Recebi respeito e educação de meus companheiros e diretores. É o melhor lugar em que trabalhei na televisão. Tinha três colegas mulheres com muita presença nas telas, duas repórteres de campo e a apresentadora dos programas ao vivo. Ela é talentosa e feliz com seu trabalho porque recebe o mesmo tratamento que descrevi e respeito, disso posso dar testemunho em nossa experiência. Tudo foi positivo no meu caso. Estou feliz porque se abriu uma porta, a força, com muita luta, e necessitamos que assim seja”, atestou.

Por outro lado, Amanda Kestelman e Júlia Guimarães assinaram um texto no GloboEsporte.com em que relatam as dificuldades da cobertura. “Carregamos câmeras pesadas, tripés, laptops. Sentamos no chão, na rua, para enviar nossos materiais. Encaramos zonas mistas espremidas entre dezenas de homens — algumas vezes desrespeitosos e brutos (nesta Copa, um empurrão fez com que o gravador de uma de nós fosse isolado). Ouvimos gracinhas (algumas sequer entendemos) desconfortáveis de torcedores. Apesar de representadas em diversas funções na cobertura, inclusive de chefia, do Grupo Globo, o front ainda tem poucas de nós”.

Para finalizar, voltando às delegações das seleções, a brasileira Andréia Picanço escreveu em redes sociais resumindo bem um sentimento de muitas: “Estar em uma Copa do Mundo era um sonho de infância. As pessoas que amo sabem o quanto foi difícil chegar aqui. Uma mulher no futebol… já ouvi de todas as formas de que não seria possível. Mas foi possível! E é possível sim!”.

 
 
 
 
 
 
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Puntero menorPublicado originalmente no Puntero Izquierdo em 2018. O Puntero em parceria com o Ludopédio publica nesse espaço os textos originalmente divulgados em sua página do Medium.

 


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Como citar

JORGE, Eliano. Mulheres nas seleções da Copa (2018): onde estão e quem são?. Ludopédio, São Paulo, v. 140, n. 57, 2021.
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