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O “selinho” que expôs o preconceito

Maurício Rodrigues Pinto 7 de setembro de 2018

“Tem que ser muito valente para celebrar a amizade sem medo do que os preconceituosos vão dizer. Tem que ser muito livre para comemorar uma vitória assim, de cara limpa, com um amigo que te apoia sempre. Hoje é um dia especial. Vencemos, estamos mais perto dos líderes…” (Émerson Sheik) [1].

Há pouco mais de cinco anos, mais precisamente no dia 18 de agosto de 2013, o atacante Emerson Sheik, protagonista de uma das principais conquistas do Sport Club Corinthians Paulista na história, o título da Libertadores da América de 2012, havia postado uma foto na sua página pessoal na rede social Instagram, na qual dava um selinho em um amigo, dono de um restaurante em São Paulo. A foto, postada horas depois de uma vitória do time no Campeonato Brasileiro, era acompanhada da mensagem destacada acima. A reação à postagem, tanto por parte da mídia esportiva como por parte de torcedores, foi quase que imediata.

Conhecido por ser um jogador irreverente e provocador, com este gesto Sheik buscou atribuir para si uma nova faceta para a sua imagem: a de um sujeito transgressor das normas da bola, que externa posicionamentos políticos para além de temas e acontecimentos ligados às quatro linhas. É possível fazer uma analogia com a caracterização que o antropólogo José Paulo Florenzano faz do jogador ex-jogador Afonsinho, em seu livro “Afonsinho & Edmundo: a rebeldia no futebol brasileiro”.

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Foto: Reprodução/Instagram/10emerson10.

Após uma viagem à Europa em 1970, em que pode acompanhar mais de perto movimentos políticos e de contracultura, principalmente na França, Afonsinho, à época jogador do Botafogo Futebol e Regatas (RJ), passou a adotar um estilo e comportamento que se contrapunham ao comportamento considerado modelo para um jogador, principalmente em um contexto de apogeu do regime militar no Brasil:

No universo disciplinar do futebol brasileiro, onde os clubes transfiguravam-se em acampamentos militares, Afonsinho viria a se constituir numa espécie de neotrovador da rebeldia, prenunciando a entrada em campo da revolução cultural, desencadeando, através de um gesto de recusa, as novas e decisivas lutas de resistência contra as práticas de poder existentes na esfera do futebol (FLORENZANO, 1998, p. 90).

Ao se reapresentar ao Botafogo com o cabelo mais comprido, barba por fazer e adotando um discurso mais politizado, Afonsinho entrou em conflito com o que o autor denomina “universo autoritário e disciplinar do futebol”. Segundo o próprio Afonsinho: “Na época muitos jogadores usavam cabelo comprido ou no estilo sarará. Era moda. Mas meu aspecto desleixado e a minha cara punham medo. Eles me achavam parecido com Che Guevara. No fundo, mesmo, era o modo de calarem a minha boca”[2].

A recusa em fazer a barba e cortar os cabelos fez com que o jogador entrasse em conflito com o então treinador do Botafogo, Zagallo, que decidiu impedi-lo de treinar com o time principal e não mais relacioná-lo para as partidas. Proibido de jogar pelo clube com o qual tinha o passe preso, Afonsinho entrou na Justiça Desportiva contra o Botafogo, pleiteando o seu passe e tornou-se o primeiro jogador brasileiro a ganhar o direito de ter o seu passe livre e decidir por qual clube iria atuar.

Ainda que em um contexto totalmente distinto, Sheik esboçou essa rebeldia e assumiu estar enfrentando uma das normas do futebol, a de que o futebol é um jogo pra “macho”, um ambiente marcadamente masculino (cisgênero e heterossexual), caracterizado pelo machismo e pela homofobia. No dia seguinte à postagem da foto, durante a sua participação em um programa televisivo que aborda os acontecimentos cotidianos do futebol, Emerson falou a respeito da publicação e manteve o posicionamento externado na rede social, rebatendo opiniões contrárias ao seu gesto. Pela primeira vez um jogador de renome do futebol brasileiro posicionava-se de forma contundente contra a homofobia no esporte:

“Em primeiro lugar, o mundo do futebol é muito machista. Quero deixar bem claro que se alguém se sentiu desrespeitado, desculpa. Lá era o Emerson pessoa, não o jogador. Tenho enorme carinho pelo Isaac, que é um amigo muito especial. Ele é um queridão, a esposa está grávida de nove meses. E daí a galera levou para o lado errado. É um preconceito babaca. Tenho enorme respeito pelo torcedor do Corinthians. A página que postei tem foto minha dando selinho no meu filho. A Hebe beijava todo mundo. A brincadeira foi exatamente para abordar um assunto polêmico. Esse sou eu fora de campo[3] (grifos meus).

No mesmo dia, cinco torcedores ligados a uma das torcidas organizadas do Corinthians foram até o Centro de Treinamento do clube e fizeram um protesto contra o jogador, que teve amplo destaque da mídia. Levavam faixas que traziam as seguintes mensagens: “Vai beijar a P.Q.P! Aqui é lugar de homem” e “Viado não”[4]. Esse pequeno grupo de torcedores, apresentando-se como representantes da torcida e do Corinthians, expressava um sentimento de indignação e de defesa da integridade do time, como pode ser observado na seguinte fala de um dos torcedores participantes do referido protesto: “A nação inteira está freneticamente indignada. Pode até ser a opção dele, mas nós estamos sempre tirando sarro dos bambis. O mínimo que ele tem de fazer é um pedido de desculpas”[5]. Na visão desses e de outros torcedores (majoritariamente corinthianos) que foram contrários ao gesto de Sheik à época, ao permitir-se aparecer dando um selinho em um amigo e posicionar-se contra o machismo e a homofobia no futebol, o jogador ia na contramão da norma de que o futebol é um jogo “pra macho”, dessa forma “sujando” o nome da instituição Corinthians e de todos os seus representantes diante dos seus adversários.

Os dias posteriores ao selinho foram marcados por novos protestos realizados por representantes de torcidas organizadas e por gozações feitas por jogadores e representantes de times rivais do Corinthians. Companheiros de time e dirigentes optaram por não emitir posicionamento público em apoio à postura de Sheik. A mídia especializada, de forma geral, deu ampla repercussão ao episódio, mas foram poucas manifestações em defesa ao atleta ou discussões que problematizassem o machismo e a homofobia no futebol. Dentro do campo futebolístico, foram poucas as vozes de apoio a Sheik que ficou, naquele momento, praticamente isolado.

Três dias depois da postagem da foto, Sheik foi o centro das atenções na partida seguinte do Corinthians, contra o Luverdense Esporte Clube (MT), válida pela Copa do Brasil. Durante o jogo, foi o principal alvo das provocações e xingamentos dos torcedores e jogadores do time adversário, especialmente por conta da grande visibilidade dada ao episódio do “selinho”. No segundo tempo da partida, Sheik envolveu-se em uma discussão e trocou empurrões com o zagueiro do Luverdense, Zé Roberto, sendo expulso da partida. Também expulso no lance, Zé Roberto fez o seguinte comentário em entrevista dada ao final da partida: “O Emerson reclamou, eu falei para ele ir devagar, ele acabou revidando. Ele não está em um momento bom psicologicamente, e a gente acabou ‘tretando’. Não sou cara que vai levar beijo de ninguém, não aceito esse tipo de coisa”[6] (grifo meu).

A expulsão foi repercutida pela mídia e muitas matérias associaram a discussão ao episódio do beijo. Nesse caso, não foi considerado o histórico do jogador, conhecido pela irreverência e por provocações aos adversários durante as partidas, mais especificamente aos seus marcadores. O exemplo mais emblemático disso ocorreu no jogo decisivo da Libertadores da América de 2012, quando, além dos dois gols marcados, Sheik fez inúmeras provocações ao zagueiro Caruzzo, do Boca Juniors, da Argentina, que o marcou durante a partida, chegando ao ponto de morder o jogador sem que o árbitro visse o lance. Nesta ocasião, a mídia especializada reverenciou a “malandragem” de Sheik e como ele soube usar das provocações para desestabilizar e tirar vantagem sobre os argentinos.

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Sheik em ação na final do Mundial de Clubes. Foto: Christopher Johnson.

Voltando ao episódio da expulsão contra o Luverdense, a imprensa também deu destaque ao “desequilíbrio emocional” que o jogador teria apresentado em campo, sugerindo que Sheik estaria pouco focado no jogo, fato que foi diretamente relacionado com o episódio do selinho. Via-se a mídia e a imprensa esportiva cumprindo um papel de “tribunal” a serviço da preservação e difusão do poder normalizador:

Os programas esportivos na televisão, no rádio e as páginas esportivas dos jornais encontram-se em boa parte transformados em tribunais nos quais a conduta do jogador, dentro e fora do campo, é classificada, julgada e condenada consoante o “padrão de normalização” imposto no futebol pelas disciplinas (RABINOU; DREYFUS, 1995, p. 212). O jornalista, conforme veremos, assume cada vez mais na modernização o papel do juiz da normalidade que identifica o desviante, classifica-o na categoria do jogador-problema e solicita para ele a sanção normalizadora (FLORENZANO, 1998, p. 14).

A partir da leitura de Florenzano, é possível dizer que o tratamento conferido a Sheik foi similar às narrativas construídas sobre outros jogadores que contestaram normas do futebol na década de 1970, como o já citado Afonsinho e Paulo César Lima (ou Paulo César Caju), que ganharam o status de “malditos” ou “jogadores-problema”:

O jogador-problema no futebol brasileiro, com efeito será sempre um craque com instabilidade emocional, com desequilíbrio psicológico, alma atormentada a exigir intervenção normalizadora […]. A invenção da categoria do jogador-problema estará a serviço da expansão do poder da Norma no futebol brasileiro. Na verdade, a loucura da rebeldia revelar-se-á enquanto loucura moral, produto de uma vontade má que se recusa à sujeição escolhendo o caminho temerário da contestação. E, de fato, o jogador-problema será designado como jogador-maldito (FLORENZANO, 1998, p. 123).

Dois dias após essa partida, integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel tiveram acesso ao Centro de Treinamento do Corinthians para uma reunião com Sheik, que também teve a participação de representantes da diretoria corinthiana. Foi colocado o incômodo causado pela foto e reclamou-se que aquela postura, em um contexto de rivalidade que existe entre os times e as torcidas, depunha contra a imagem do Corinthians e da torcida, ainda mais considerando que isso dava munição aos torcedores de um dos maiores rivais, o São Paulo Futebol Clube, constantemente provocados e estigmatizados como “bambis”, poderem revidar à altura a ofensa homofóbica feita por muitos corinthianos. Momentos depois da reunião, o site da Gaviões da Fiel divulgou uma nota oficial sobre a reunião contendo uma declaração de retratação de Emerson Sheik – que não foi desmentida posteriormente pelo jogador:

“Na tarde desta sexta-feira (23/08), a Diretoria dos Gaviões se reuniu com o jogador Sheik para conversar sobre o ocorrido no último domingo. Emerson postou uma foto em uma rede social pessoal, postagem que gerou uma grande polêmica. Em reunião com nossos dirigentes, Emerson disse que não imaginava tamanha repercussão e que não queria esse desgaste todo por conta de uma foto, que nos contou que também sofreu muito por conta dessa postagem e lamenta: ‘Não poderia ter feito isso, foi sem intenção, mas jogo em um clube de futebol, em um mundo cheio de rivalidades e provocações, qualquer comentário é motivo de chacota'”. Complementa dizendo: “‘Lamento se ofendi a torcida do Corinthians, não foi a minha intenção. Foi só uma brincadeira com um grande amigo meu, até porque eu não sou são-paulino’. Gostaríamos de ressaltar que não temos nenhum tipo de preconceito, porém, os Gaviões, como a maior torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista, têm o dever de dar satisfação e relatar tudo o que gera algum tipo de desconforto com o nome da Fiel Torcida”[7] (grifos meus).

É interessante perceber que mesmo um jogador com um histórico de ser provocador e desafiador de padrões e posturas estabelecidas como “adequadas” para um jogador profissional de futebol, acabou recuando frente à norma que estabelece a masculinidade e a heterossexualidade como valores a serem reverenciados. Mais do que as desculpas por ter transgredido uma norma tão protegida, a declaração de Sheik, na nota emitida pela torcida, faz uma alusão de conotação homofóbica aos são-paulinos, sugerindo que a homossexualidade seria um comportamento esperado dos tricolores. A homofobia é uma postura característica de ambientes de exaltação de uma masculinidade hegemônica, calcada no ideal de virilidade, no qual o outro, o rival, passa a ser alvo de feminização.

“A masculinidade é frágil, em termos sexuais nada se pode mostrar de concreto (de visível, de mais observável que o discurso verbal), pelo tanto que o medo como a forma de agressão mais comum se fazem na linguagem da homossexualidade, enquanto categoria passiva, simbolizada na imagem da penetração anal, feminizando assim o homem. Este recurso é utilizado em todas as relações competitivas e conflituosas entre homens, seja no trabalho, nos negócios ou no jogo. Por sua vez, a homofobia situa e exorciza o perigo homossexual da homossocialidade. Nunca é demais referir que uma das características centrais da masculinidade hegemônica, para além da ‘inferioridade’ das mulheres, é a homofobia” (ALMEIDA, 2000, p. 68, grifo nosso).

Tal declaração, além de contradizer o posicionamento de dias antes, serviu também como uma prova do seu esforço em querer se “reintegrar” ao grupo e adequar-se aos valores e ideias propagadas pela “nação” da qual é representante. Outra mostra do recuo no posicionamento contrário à homofobia e ao machismo foi a desistência de Sheik em usar chuteiras com os dizeres “Fora o Preconceito” e “Gentileza”, contrariando o que havia sido anunciado ao longo da semana pela mídia e pela empresa de produtos esportivos que patrocinava o atleta[8].

Chapecoense x Corinthians - Copa do Brasil Fotos Sirli Freitas
Sheik em ação contra a Chapecoense pela Copa do Brasil. Foto: Sirli Freitas.

Para ratificar esse realinhamento com o discurso hegemônico, Sheik, novamente em sua página pessoal no Instagram, divulgou uma foto em que está vestido com o uniforme do Corinthians e abraçado aos seus três filhos. A escolha dessa imagem é representativa, pois demonstra um esforço do jogador de reafirmação da sua heterossexualidade e masculinidade diante do campo futebolístico. A imagem é acompanhada de um texto de agradecimento à “linda torcida corinthiana”, no qual novamente o jogador se desculpa por algum gesto considerado ofensivo ou desrespeitoso aos torcedores: “Não tive a intenção de ofender ninguém, muito menos a nação Corinthiana, vou continuar honrando essa camisa como tem sido nos últimos anos… Vai Corinthians!! Não para nunca!!”[9].

Mesmo com esse realinhamento ao discurso hegemônico, o prestígio de Sheik no clube e junto à torcida ficou abalado, não conseguindo também manter a sua regularidade em campo. A postura irreverente – até então, admirada como um valor que se aproximava do ser “maloqueiro”, uma das marcas do Corinthians e status com o qual muitos dos seus torcedores se identificam – passou a ser lida como falta de compromisso com o time, fazendo com que o jogador, outrora ídolo, passasse a ser visto como dispensável. No ano seguinte, foi emprestado ao Botafogo (RJ) e, após um breve retorno ao clube paulista, no início de 2015, foi negociado em definitivo com o Flamengo no mesmo ano.

O retorno ao clube no início de 2018 marca uma reaproximação de Emerson Sheik do Corinthians e de sua torcida. O jogador, agora com 39 anos, na sua apresentação manifestou emoção por poder voltar ao clube onde, segundo ele, viveu os melhores momentos da sua carreira. Porém, ao comentar a emoção na volta ao clube, o jogador retomou o tom adotado desde a retratação à torcida corinthiana, fazendo questão de frisar que “chorar é coisa de bambi”[10].

Se o episódio do “selinho” revelou o preconceito e a homofobia enraizada no futebol brasileiro, por outro lado, o ato de Sheik na ocasião possibilitou maior visibilidade e espaços para que fossem debatidas as relações entre futebol, gênero e sexualidade. Ainda que tenha sido pressionado e acuado pelos atores estabelecidos do campo futebolístico, o jogador e seu gesto foram alçados, por um momento, como símbolos de uma resistência e combate à norma que estimula as manifestações homofóbicas e misóginas no futebol.

Um desdobramento do selinho foi o crescimento da visibilidade das páginas criadas no site de rede social Facebook que se apresentaram como torcidas livres e queer, surgidas meses antes do episódio do selinho, tais como a Galo Queer, Cruzeiro Maria, Bambi Tricolor, Palmeiras Livre, Corinthians Livre, Grêmio Queer, Queerlorado, que reivindicavam o direito de mulheres e pessoas LGBT, pessoas historicamente segregadas e vítimas de opressão em práticas e experiências sociais que dão sentido ao futebol, serem também devidamente reconhecidas como torcedorxs dos times de futebol no Brasil. Dessa forma, Sheik e o seu selinho ajudaram a fazer que o debate sobre a heteronormatividade, o machismo e a homofobia, já estabelecido em outras esferas da sociedade, alcançasse definitivamente o universo do futebol brasileiro.


Bibliografia:

ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de si: uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de Século Edições, 2000.

FLORENZANO, José Paulo. Afonsinho & Edmundo: a rebeldia no futebol brasileiro. São Paulo: Musa Editora, 1998.


[1] A foto postada por Sheik no Instagram foi destaque da matéria “Sheik comemora vitória do Corinthians com selinho em amigo”, feita pelo portal Uol Esportes. Disponível em: https://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2013/08/19/sheik-comemora-vitoria-do-corinthians-com-selinho-em-amigo/. Acesso em: 10 out. 2014.

[2] Declaração de Afonsinho para a reportagem “Perfil: Afonsinho, o homem que mudou o jogo”, feita pelo jornal O Globo. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/perfil-afonsinho-homem-que-mudou-jogo-9691469#ixzz4p6S3Qo30. Acesso em: 05 set. 2018.

[3] O programa em questão foi o “Donos da Bola”, exibido pela Rede Bandeirantes, apresentado pelo ex-jogador de futebol Neto. O referido trecho do programa pode ser visto no seguinte link disponível no site Youtube (ver a partir do minuto 16’00): https://www.youtube.com/watch?v=2B7wFlHz01g&t=4s. Acesso em: 05 set. 2018.

[4] O referido protesto assim como a recepção de Sheik pelos seus colegas após a publicação da foto foram relatados na reportagem “Após beijo, Sheik ganha aplausos, protesto, e ataca: ‘Preconceito babaca’”. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/08/apos-polemica-sheik-ganha-aplausos-do-grupo-e-protesto-de-torcedores.html. Acesso em: 05 set. 2018.

[5] Fala de Marco Antônio, o “Capão”, integrante da diretoria da Camisa12, participante do protesto, para a matéria “Organizada faz protesto em CT e Emerson fala em ‘preconceito babaca’”. Disponível em: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/08/19/torcedores-de-organizada-fazem-protesto- contra-emerson-no-ct.htm. Acesso em: 05 set. 2018.

[6]  A declaração dada por Zé Roberto foi extraída da notícia “Zé Roberto lamenta expulsão e critica postura de Sheik: ‘Não está bem’”, do portal Globoesporte.com. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/mt/futebol/times/luverdense/noticia/2013/08/ze-roberto-acha-expulsao-injusta-e-critica-postura-de-emerson-sheik.html. Acesso em: 05 set. 2018.

[7] Extraído da reportagem do site Globoesporte.com, intitulada Torcida publica nota com explicação de Emerson: ‘Não sou são-paulino’. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2013/08/torcida-publica-nota-com-explicacao-de-emerson-nao-sou-sao-paulino.html. Acesso em: 05 set. 2018.

[8] Maiores informações estão disponíveis na reportagem “Emerson evita polêmica e não usa chuteira contra o preconceito”. Disponível em: https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/08/27/emerson-evita-polemica-e-nao-usa-chuteira-contra-o-preconceito.htm?mobile&width=280. Acesso em: 02 set. 2018,

[9] Para mais detalhes sobre a reunião e a foto postada por Sheik no Instagram, acompanhada de mensagem de retratação é possível ler a matéria “Emerson se desculpa por polêmica, e Gaviões provoca São Paulo”. Disponível em: http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,emerson-se-desculpa-por-polemica-e-gavioes-da-fiel-provoca-sao-paulo,1067187. Acesso em: 05 set. 2018.

[10] Sobre tal episódio, ver a matéria “Em vídeo do Corinthians, Emerson Sheik diz: ‘Chorar é coisa de bambi’”, produzida pelo portal Globoesporte.com. Disponível em: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/em-video-do-corinthians-emerson-sheik-diz-chorar-e-coisa-de-bambi.ghtml. Acesso em: 05 set. 2018.

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Maurício Rodrigues Pinto

Bacharel em História, pela Universidade de São Paulo (USP, com especialização em Sociopsicologia, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e mestre pelo programa interdisciplinar Mudança Social e Participação Política, da USP. Corinthiano, no seu mestrado pesquisou masculinidades e a atuação de movimentos de torcedorxs contrários à homofobia e ao machismo no futebol brasileiro. Integrou o coletivo HLGBT (Histórias de Vida LGBT) e participou do projeto que resultou no livro “Histórias de Todas as Cores: Memórias Ilustradas LGBT”, projeto selecionado pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo (ProaC), no edital de Promoção das Manifestações Culturais com Temática LGBT.

Como citar

PINTO, Maurício Rodrigues. O “selinho” que expôs o preconceito. Ludopédio, São Paulo, v. 111, n. 7, 2018.
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