Saulo chega ao mundo! E o Corinthians aposta na própria história para sair da marola
Antes de iniciar esse texto sobre o Corinthians e as coisas que se repetem desde 2018, vocês devem estar se perguntando quem é Saulo. Pois bem, coube a mim escrever sobre o mais novo integrante do Camisa 012. Como descrevemos na bio do Instagram, somos um grupo de amigos em que a maioria estudou junto na mesma sala na graduação, compartilhando a paixão pelo jogo de bola com os pés, mas nutrindo amor por times diferentes. Com o passar dos anos e da convivência, todos nós compartilhamos nossas alegrias e frustrações uns com os outros e, dentre essas alegrias, um dos integrantes teve a maior delas essa semana, o nascimento do seu esperado primogênito, Saulo. O pequeno é filho do Lucas Santos (conhecido nos campos universitários como Drog, pela sua semelhança física e futebolística com o monstro marfinense) e que escreveu o último texto que publicamos.
Saulo, não sei o time que torcerá (apesar de imaginar), mas sei que você é um abençoado por ter pais sensacionais que vão te encher de amor e não vão medir esforços para que você seja feliz! Desejo que você tenha sempre uma vida repleta de conquistas, e não tenho dúvidas de que a luz que seus pais emanam será passada a você. O mundo é seu, e nós, seus tios 012 já estamos ansiosos para te conhecer. Lucas, curta essa experiência irmão, ser pai é a melhor coisa que nos acontece e você verá como o mundo faz sentido agora.
Passado esse momento homenagem, nosso Corinthians (se a mãe do Saulo conseguir, ele também será um louco do bando) continua sua busca pela volta do protagonismo com diversas estratégias nesses últimos anos. Já teve de tudo: treinador campeão voltando ao clube (Carille 2019), treinador em ascensão plena (Tiago Nunes 2020), treinador tampão (Vagner Mancini 2020-21), treinador brasileiro com carreira de elite e com curso europeu (Sylvinho, 2021/22) e até a moda atual dos treinadores portugueses (VP- Voldemort Pereira, 2022).
Entretanto, após saída por conta da saúde da sogra do inominável português, o Corinthians resolveu apostar na mesma estratégia que rendeu o último ano de protagonismo absoluto do clube. A escolha por Fernando Lázaro remete ao ano de 2017. Apostar em algum profissional que se preparou dentro do clube e que conheça todos os jogadores, funcionários e espaços do Parque São Jorge é a mesma estratégia que fez Fábio Carille ser o treinador da equipe. O resultado da primeira empreitada todos sabemos, mas o final pode ser o mesmo de Osmar Loss, pois é uma aposta arriscada que pode sair como um tiro pela culatra.
A grande diferença de 2017 para 2022 é que os 11 titulares desse ano já estão praticamente definidos, e tecnicamente Lázaro recebeu uma equipe mais qualificada do que a equipe de Carille em 2017. Em contrapartida, a equipe de 2017 tinha jogadores mais jovens, com mais energia para manterem o ritmo no absurdo calendário executado no país, além de maior potencial de evolução. Era um time barato, que se entrosou e desenvolveu, transformando Rodriguinho, Arana, Maycon, Jô, Romero e etc. em jogadores de patamares diferentes dos quais começaram o ano.
Ainda é cedo para traçar qualquer coisa. Foram apenas quatro jogos, um péssimo contra o Bragantino em que a equipe sofreu muito para correr para trás contra um time muito intenso, um ótimo contra o Água Santa em casa, um regular em um campo horroroso em Limeira frente a Internacional de Limeira e uma vitória no clássico contra o São Paulo no Morumbi. O recorte é curto, poucas coisas de um trabalho que completou 1 mês a pouco tempo. Mas está a cada jogo mais claro que o sucesso da equipe depende de quão saudáveis estarão os 11 titulares, já que os reservas não mantêm o mesmo desempenho e qualquer lesão grave por parte dos titulares pode prejudicar as aspirações do clube.
Acredito que a meta principal do clube é continuar recebendo boas premiações em competições para ajudar manter um elenco caro e competitivo, ao mesmo tempo que um time caro e competitivo também obriga o clube a brigar por todas as competições que entra, ainda que seja como um aspirante ao título, já que é muito difícil ser favorito em um país com três super elencos como Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro. Apesar de estar cada vez mais perto da crista da onda, ainda vivemos das marolas que o mar produz enquanto vemos esses três desfilarem pela crista do investimento pesado.
Apostar em algo que deu certo é uma estratégia válida, econômica e que pode trazer muito sucesso. Vamos torcer para que Yuri e sua trupe consigam manter a saúde e o desempenho que os fizeram chegar à final da última Copa do Brasil, deixando-a escapar por detalhes, e tenham a sorte de mudar o desfecho e trazer as glórias de algum título ao clube, algo que já estamos com saudades.
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