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Uma série em homenagem aos 43 anos do surgimento da Coligay

Hoje[1], dia 10 de abril de 2020, completam-se 43 anos da estreia da mais longeva e notória torcida gay brasileira[2]: a Coligay, do Grêmio (RS).

Talvez seu maior mérito seja desarticular a expectativa de desencaixe e inadequação de homens homossexuais ao espaço futebolístico, evidenciando experiências no torcer que escapam ao referente hegemônico masculino, viril, agressivo[3].

Por meio dessa torcida vislumbram-se possibilidades de apropriação desse esporte mais plurais, heterogêneas e mesmo inusitadas. Sua trajetória apresenta ainda riquezas de diferentes ordens, para além dessa simples constatação.

Pesquisei sobre o grupo por mais de 4 anos para o desenvolvimento da minha Tese de Doutorado, defendida em 2018[4] (e, de outra forma e num outro ritmo, sigo estudando-o). Na estreia da minha coluna no Ludopédio, portanto, não poderia deixar de compartilhar algumas histórias. Este é o primeiro texto de uma série que antecede o lançamento do livro baseado no trabalho acadêmico, uma versão com acréscimos e adaptações. A obra, prevista para estar na rua em agosto pela Dolores Editora, leva o nome de: Plumas, arquibancadas e paetês: uma história da Coligay [veja uma amostra do livro].

Depois, pretendo aproveitar o espaço para continuar na discussão daquilo que mais me move, os tantos atravessamentos de gênero e sexualidade no futebol e nas torcidas, a partir de episódios antigos ou mais atuais.

A narrativa desse texto inaugural fala um pouco da Coligay e sua recente rememoração. Para quem gostar, ofereço o download gratuito do livreto de Plumas, arquibancadas e paetês: uma história da Coligay, uma amostra do que será a versão final. E, por fim, aos que se interessarem por mais novidades, deixo a opção para um registro rápido para receber por maiores informações sobre a coluna e o lançamento.

De “São bichas, mas são nossas” à “Diversidade da alegria”

Nota da Folha da Tarde [5] de 18 de abril de 1977. Foto: Reprodução.

Foi assim, sem maiores alardes, que o jornal Folha da Tarde divulgou o surgimento da Coligay. A torcida tinha feito sua primeira aparição duas rodadas antes, na partida contra o Santa Cruz, válida pelo Campeonato Gaúcho de 1977 e vencida pelo Grêmio por 2 a 1. A notícia tardia veio após um Gre-nal em que o Tricolor gaúcho também saiu vitorioso: 3 a 0. A despretensão do anúncio sugere que mal sabiam do alvoroço que aquelxs torcedorxs logo viriam provocar.

A Coligay surge numa época em que, ao menos em Porto Alegre, o fenômeno de torcidas organizadas desvinculadas dos clubes ainda era recente. Até então, o clube tinha seu agrupamento oficial, a Eurico Lara, e um independente, a Força Azul.

Gremistas viviam a angústia de um jejum de oito anos, assistindo o rival empilhar taças. O Internacional era o heptacampeão estadual e vinha de um bicampeonato brasileiro, em 1975 e 1976. Em meio a uma arquibancada desanimada, um torcedor resolveu que era preciso uma nova torcida para impulsionar o time.

O empresário Volmar Santos liderou a mobilização e realizou as articulações financeiras e logísticas necessárias para concretizar essa ideia. Proprietário da boate gay Coliseu, convidou seus/suas frequentadorxs para fundar a torcida[6]. Daí o nome: “Coli”, de Coliseu, e “gay”, do público que a compunha. A casa acabou servindo de sede, local aonde guardavam seus materiais e se mobilizavam para os jogos. O programa começava na noite anterior. Xs componentes iam curtir a boate no sábado, viravam a madrugada, e, na manhã seguinte, ali mesmo, pegavam seus apetrechos, se organizavam e seguiam para o estádio.

Mais do que explicitar a homossexualidade de seus/suas integrantes, a torcida fazia de tal identidade sexual o norteador de sua performance estética na arquibancada: trajavam longas batas com as cores do Grêmio, cada uma delas com uma letra na frente para formar o nome do clube, complementadas por “rebolados frenéticos e gritinhos um tanto histéricos” (TORCIDA…, 1977, p.42).

Imagem da Coligay na arquibancada do Estádio Olímpico. Foto: Divulgação/Libretos.

Num primeiro momento, o gremismo da torcida foi questionado: “São colorados?” era o subtítulo de uma reportagem publicada no jornal Zero Hora – periódico mais popular do Rio Grande do Sul – sobre o agrupamento (BUENO, 1977, p. 45). Houve também manifestações de estranhamento, desgosto e repúdio à presença nos estádios. Mas em poucas partidas sua animação e assiduidade foram conquistando o reconhecimento de torcedorxs, jogadores e dirigentes.

O fato derradeiro para a aceitação do grupo veio no fim do ano, quando o Grêmio, enfim, acabou com sua seca e conquistou o Campeonato Gaúcho de 1977. Fundada naquela temporada e contribuindo jogo a jogo com o sucesso tricolor, a Coligay ficou marcada como pé-quente. “São bichas, mas são nossas” (SÃO NOSSAS, 1977, p.30, grifo meu), diziam. Não que em poucos meses a homossexualidade deixava de ser um problema àquelxs gremistas previamente incomodadxs, mas passava a ser tolerada, uma vez que tinha mostrado seu valor e, sobretudo, provado seu gremismo.

Na edição do dia seguinte ao título, o Zero Hora comprovou essa valorização dedicando uma página inteira à história da constituição da nova torcida.

Recorte da reportagem “Torcida – Coligay: história e pedágio da vitória”, publicada na Zero Hora do dia 26 de setembro de 1977. Foto: Reprodução.

O grupo não foi fogo de palha. Chegou a reunir por volta de 150 torcedorxs (bastante para o futebol gaúcho do período) (BUENO, 1977) e se manteve em atividade até os primeiros anos da década de 1980. 

Essa existência acintosa e longeva atravessou os violentos tempos de ditadura civil-militar[7], quando homossexuais e travestis eram alvos privilegiados de políticas de repressão e controle do Estado (GREEN; QUINALHA, 2014). A torcida e seus/suas componentes, contudo, não sofreram diretamente com tais medidas. Se esquivaram ao não se envolver com a militância política e por possuir entre seus integrantes ou apoiadorxs “gente importante”, segundo Volmar (FONSECA, 1977). Também não representavam ou integravam uma militância homossexual organizada – o que também poderia torná-los alvos do policiamento. Baseavam sua atuação na festa. O que não é pouco.

Sua rebeldia estava conectada a seu tempo. Obras de diversos artistas não apenas reivindicavam o retorno à democracia, mas também tiveram importante papel na ruptura com parâmetros hegemônicos de uso e exploração dos corpos, envolvendo nesse bojo aspectos de gênero e sexualidade (ANTUNES; RIDENTI, 2007). Esse movimento dialogava com debates estimulados pelo movimento da contracultura como o uso de drogas, circuitos alternativos, poetas beats americanos, feminismos, movimento gay e black power, que circulavam nas juventudes de classe média da época (GREEN, 2000; RODRIGUES, 2014). Expoentes como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, o grupo teatral Dzi Croquettes, entre outrxs, cada um à sua forma, questionavam e criticavam convenções, padrões e tabus por meio de suas performances andróginas, composições provocativas e posicionamentos progressistas. Trevisan (2011) chega a afirmar que, na década de 1970, ocorreu um “boom gay”. Não apenas a simples exposição de uma orientação não-heterossexual, o que ele descreve é uma série de iniciativas subversivas e questionadoras, desalinhadas aos padrões de ordem e moral hegemonicamente estabelecidos. As transformações em curso, nem sempre alinhadas a uma ideologia precisa, não se restringiram ao universo artístico, sendo a maior liberdade no que tange ao comportamento uma das marcas daquela geração (VENTURA, 1988). A Coligay trouxe, portanto, sua contribuição ao universo futebolístico.

Nos primeiros anos da década de 1980, a torcida chegou ao fim por questões particulares. Seu líder precisou retornar à sua cidade natal e o grupo não foi capaz de seguir muito tempo sem ele. Exercendo um comando centralizador, Volmar era o responsável por obter o aporte financeiro para o custeio de adereços e viagens, estabelecer diálogos com o Grêmio, paramentar a torcida com fantasias, faixas e bandeiras, organizar excursões para jogos fora de Porto Alegre, entre outras atividades. Quem o substituiu não teve o mesmo sucesso na função e o grupo acabou se desarticulando.

Foi no mesmo período em que mais agremiações de torcedorxs independentes surgiram em Porto Alegre. Ao longo da década de 1980, agrupamentos gremistas de perfil chamado de “familiar” e outros de perfil jovem e masculino conviviam, mas ao longo da década de 1990 as Torcidas Jovens – cito a Torcida Jovem, a Raça e a Garra – se tornaram hegemônicas. No final dos anos 2000, esse domínio foi tomado pela Geral, que propunha um novo modo de mobilização torcedora, inspirado nas hinchadas argentinas.

A virilidade é um importante elemento de identificação das Torcidas Jovens, e também abraçado pela Geral. Os valores adotados e expressos em seus lemas, bandeiras, mascotes, músicas etc, com frequência faziam – e ainda fazem – referência à guerra, ao universo militar, ao perigo, à morte e a personagens famosos por sua força e bravura (TEIXEIRA, 2003). Belicosidade também manifesta, por vezes, em confrontos físicos.

Os estádios como um todo acompanharam o ritmo de mudança observado entre as organizadas, numa crescente masculinização da arquibancada, tanto pela redução do público de mulheres como pela exaltação cada vez maior desses valores viris (FERREIRA, 2017). Não parece surpreender que naquele cenário outras torcidas gays não emergissem. Lembro que, no Rio de Janeiro, em 1978, houve a tentativa da fundação da Fla-Gay, a qual não chegou a se concretizar devido à ampla resistência de suas torcidas organizadas, endossadas pelo então presidente do clube, Márcio Braga.

Demorou para que fosse possível vislumbrar uma posição diferente de nossos dirigentes esportivos. Mas, hoje, essa perspectiva já não me parece utópica.

Nos últimos anos, a participação de sujeitos LGBT+s[8] nos esportes, e mais especificamente no futebol, tem se tornado um tópico de análise e discussão. Torcidas, jogadorxs, clubes e federações, que durante décadas recusaram ou ignoraram a existência de tais sujeitos – e mesmo contribuíram com sua invisibilidade – têm sido convocados a responder e agir sobre alguns dos processos que xs mantêm à margem, com destaque para as manifestações homofóbicas, mas não apenas. A mídia tem contribuído com isso ao tratar esses temas de forma mais frequente e crítica.

Ainda não há conhecimento de torcidas gays de clubes brasileiros em atividade. No Facebook, surgiram autointituladas “Torcidas livres” ou “Torcidas queer”, questionando a homofobia e pautando discussões referentes à presença de LGBT+s no futebol. Esses grupos, no entanto, são vítimas de ameaças e hostilidades e, por receio de agressões, evitam se fazer presentes enquanto coletivo nos estádios (PINTO, 2014)[9].

Nesse contexto, a Coligay tem sido relembrada, após algumas décadas de esquecimento (ou ocultação). Um importante impulso nesse processo foi, sem dúvida, o livro “Coligay: Tricolor e de todas as cores”, de Léo Gerchmann, lançado em 2014 pela Editora Libretos. No ano seguinte, outro marco. O Museu do Grêmio, localizado em seu novo estádio, abriu ao público com um painel dedicado exclusivamente à torcida, num gesto institucional de valorização. Seu título: “Diversidade da alegria”. Análises mais amplas sobre o posicionamento gremista com relação a pautas identitárias – que não cabem nos limites deste texto – sugerem que o resgate de sua torcida gay se insere em um projeto mais amplo de afirmação de uma tradição de pluralidade no clube.

A recepção da torcida à rememoração do antigo agrupamento é heterogênea, indo do apoio ao repúdio, passando pela indiferença, sob diversos argumentos (BANDEIRA; SEFFNER, 2017). A Geral, atualmente a principal torcida do Tricolor gaúcho, não manifesta apoio, ainda que oficialmente também não rechace. Por outro lado, o coletivo Tribuna 77 trabalha para manter viva essa memória. Em 2017, fez uma homenagem aos 40 anos de fundação do grupo e, frequentemente, promove ações no estádio, em sua sede e nas redes sociais, defendendo a premissa de que a Coligay é um símbolo da “cultura de Grêmio”, da “história da diversidade dentro do clube” e um exemplo de “clube plural e inclusivo”.

Tendo isso em vista, lanço a hipótese de um deslocamento em curso sobre o significado da Coligay: de “São bichas, mas são nossas” para a “Diversidade da alegria”. “São bichas, mas são nossas” define o reconhecimento de uma homossexualidade indesejável, mas aceita em função da atribuição dxs integrantes da agremiação de uma condição de pertencente ao coletivo – “nós, gremistas” –, verificado e conquistado a partir de seu apoio dedicado e fiel. A “Diversidade da alegria”, por sua vez, desloca a homossexualidade: de um defeito a ser tolerado para um valor a ser exaltado.

Esse projeto tem seus limites: não se relembra a Coligay em qualquer hora, de qualquer modo ou em qualquer lugar. Tal deslocamento também não está concluso e seus rumos estão sob disputa. Mas isso fica para um próximo capítulo.

Para baixar o livreto de Plumas, arquibancadas e paetês: uma história da Coligay, uma amostra da versão final a ser lançada pela Dolores Editora, clique aqui.

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Referências

ANTUNES, Ricardo; RIDENTI, Marcelo. Operários e estudantes contra a Ditadura: 1968 no Brasil. Mediações, v. 12, n. 2, p. 78-89, jul./dez. 2007.

BANDEIRA, Gustavo Andrada; SEFFNER, Fernando. O que pensam os torcedores do Grêmio sobre a experiência da torcida Coligay. In: XI Seminário Internacional Fazendo Gênero & 13th Women’s Worlds Congress, 11, 2017, Florianópolis. Anais eletrônicos. Florianópolis: UFSC, 2017.

FERREIRA, Fernando da Costa. O estádio de futebol como arena para a produção de diferentes territorialidades torcedoras: inclusões, exclusões, tensões e contradições presentes no novo Maracanã. 2017. 437f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2017.

GREEN, James Naylor. Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

GREEN, James Naylor; QUINALHA, Renan. Introdução. In GREEN, James N.; QUINALHA, Renan. (Org.) Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca pela verdade. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

PINTO, Maurício Rodrigues. Torcidas Queer e Livres em Campo: Sexualidade e Novas Práticas Discursivas no Futebol. Ponto Urbe, v.14, p.1-9, 2014.

RODRIGUES, Rita de Cássia Colaço. De Denner a Chrysóstomo, a repressão invisibilizada: as homossexualidades na ditadura. In GREEN, James N.; QUINALHA, Renan. (Org.) Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca pela verdade. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

TEIXEIRA, Rosana da Câmara. Os perigos da paixão: visitando jovens torcidas cariocas. São Paulo: Annablume, 2003.

TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso. Rio de Janeiro: Record, 2011.

VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988

Periódicos

BUENO, Eduardo. Grêmio está recebendo um incentivo diferente. Zero Hora, Porto Alegre, p.44-45, 16 mai. 1977.

FONSECA, Divino. Para o que der e vier. Placar, n. 370, p. 48-50, 27 mai. 1977.

“SÃO NOSSAS”. Zero Hora, Porto Alegre, p.30, 26 set. 1977.

TELÊ gostou: deu pra movimentar sua equipe. Zero Hora, Porto Alegre, p.43, 16 mai. 1977.

TORCIDA: Coligay: história e pedágio da vitória. Zero Hora, Porto Alegre, p.42, 26 set. 1977.


Notas

[1] Ao longo deste texto, utilizo o “x” com o intuito de adotar uma linguagem não binária. A escolha visa descaracterizar a ideia de que as palavras são masculinas ou femininas, assim como a utilização do masculino como referência. Ao usar o “x” busco contemplar igualmente homens, mulheres e aqueles e aquelas que fogem da norma binária. Essa opção acaba comprometendo a escuta do texto por pessoas com deficiência visual (possibilitada por aplicativos específicos). Peço, assim, desculpas a essas pessoas por tal prejuízo, o qual, acredito, não irá impedir a compreensão do conteúdo da coluna.

[2] Há controvérsias sobre ter sido a primeira. Telê Santana, ao tomar conhecimento da Coligay afirmou ao periódico Zero Hora que “não é novidade: lá em Minas o Cruzeiro também tinha uma torcida parecida, como esta” (TELÊ…, 1977, p.43).

[3] Apesar de já extinta, uso o tempo presente intencionalmente, pois acredito que sua memória é, de algum modo, uma permanência.

[4] ANJOS, Luiza Aguiar dos. De “São bichas, mas são nossas” à “Diversidade da alegria”: uma história da torcida Coligay. 2018. 388f. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) – Faculdade de Educação Física, Fisioterapia e Dança, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

[5] Periódico gaúcho publicado pela Companhia Jornalística Caldas Júnior de 1936 a 1984.

[6] A ampla maioria era de gays, mas havia também travestis.

[7] Assumo a utilização do termo “civil-militar”, a fim de não invisibilizar o envolvimento da sociedade civil, sobretudo setores burgueses vinculados ao capital estrangeiro (banqueiros, empresários, industriais, latifundiários, comerciantes, políticos, magistrados e classe média) na tomada do poder, assim como na administração subsequente. Sobre isso, ver Aarão Reis Filho (2014).

[8] O uso do “+”, após o “LGBT” visa ampliar as possibilidades de identificação coletiva às pessoas cujas identidades destoam do referente cisgênero heterossexual. Reconheço que essa sigla não é consensual, visto que há debates políticos mesmo dentro dos movimentos de militância em torno de qual deveria ser aquela a ser adotada para se referir a tais sujeitos e seus coletivos representativos.

[9] Se você conhece alguma torcida LGBT+ que se fez ou faz presente em estádios (além da Coligay), peço que me envie um e-mail para mim!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Ludopédio.
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Luiza Aguiar dos Anjos

Atleticana, boleira, professora e pesquisadora. Interessada principalmente nas existências invisibilizadas nas arquibancadas e campos.

Como citar

ANJOS, Luiza Aguiar dos. Uma série em homenagem aos 43 anos do surgimento da Coligay. Ludopédio, São Paulo, v. 130, n. 11, 2020.
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