Este artigo busca compreender as aproximações entre futebol e mercado no âmbito da Copa do Mundo de Futebol de 2014, realizada no Brasil, utilizando como instrumento analítico o conceito de afinidade eletiva de Max Weber, através das leituras de Michael Löwy. Duas questões centrais permeiam esse trabalho: como duas configurações peculiares da existência humana, como futebol e mercado, expressam uma forma de afinidade eletiva no século XXI? Por que a Copa do Mundo de 2014 representa um exemplo paradigmático desta configuração? Ao observar as singularidades deste evento é possível identificar e analisar os elementos que contribuíram para a articulação entre futebol e mercado na conformação de um espaço de confluência ativa entre eles. Para isso, a pesquisa realizada fundamenta-se em materiais extraídos do Portal da Copa e da grande mídia, bem como em reflexões elaboradas por cientistas sociais que se dedicaram à temática do futebol. Parte-se do pressuposto de que a realização desse fenômeno esportivo se estrutura de tal forma, que favorece a aproximação entre futebol e mercado, por meio da conversão do futebol em mercadoria, e do desenvolvimento de determinadas práticas, pelas empresas envolvidas, para obtenção de lucro, a partir das especificidades desse esporte.
Palavras-chave: Afinidade eletiva; futebol; mercado.