Este trabalho busca analisar como o Clube Atlético Mineiro usa elementos e símbolos próprios para expressar a mineiridade em seus torcedores. Conceituando o futebol como um fenômeno cultural e identitário, pretendemos traçar um paralelo entre a construção de identidades dentro da prática desportiva e o processo de formação da mineiridade dentro do clube em apreço. Aprofundamos nos estudos sobre identidade e comunidades imaginadas para Stuart Hall e Benedict Anderson, respectivamente; as reflexões acerca da mineiridade; analisamos o futebol como construtor de identidades; investigamos a história de Belo Horizonte e, por conseguinte, Minas Gerais, a fim de situar o Atlético em um tempo-espaço próprio. A fim de se obter melhores resultados da relação entre mineiridade e o Atlético, avaliamos a relação deste com os meios informativos, principalmente o perfil oficial do instagram; foi realizada uma pesquisa documental e bibliográfica nas principais enciclopédias do clube e jornais do período estabelecido. Por meio da apreciação de categorias institucionais, dentre elas o nome do clube, o mascote oficial e o hino, juntamente com os processos históricos nos quais o clube esteve envolvido, buscamos examinar a hipótese de que o Atlético apresenta-se como o formador da mineiridade em seus torcedores e torcedoras. Não apenas buscamos explicar o fenômeno identitário do torcedor do Atlético, como também, pretendemos entender a vinculação da mineiridade na institucionalidade do clube.
Palavras-chave: Identidade. Mineiridade. Clube Atlético Mineiro. Futebol. Minas Gerais.