Biblioteca

Seja um dos 16 apoiadores do Ludopédio e faça parte desse time! APOIAR AGORA
ISSN 2317-0875

A construção do ethos de torcedor na cidade moderna: “a rainha dos sports, os sururus e a victoria que o sol não viu”- (1926-1930)

Periódico / Revista

Caminhos da História

Número

n. 1

Ano

2020

Volume

v. 25

Páginas

p. 16-40

Arquivos

Resumo

O presente artigo tencionou elaborar uma representação da construção da identidade torcedora na cidade de Belo Horizonte-MG, na segunda metade da década de 1920, momento em que o cenário futebolístico se altera a partir da perda do protagonismo do América-MG e da ascensão do Clube Atlético Mineiro e do Palestra Itália, o que reconfigura as disputas e consequentemente o desenho dos modos de torcer, instituindo um campo mais precisamente demarcado do pertencimento clubístico na cidade. Neste sentido, buscamos como fonte privilegiada de investigação os periódicos locais, que descreviam o cotidiano esportivo/futebolístico belorizontino, reverberando os acontecimentos elegidos como mais significativos. A partir da narrativa periódica foi possível estabelecer um panorama sobre os torcedores e seus comportamentos mais tipificados, atrelados à lógica do consumo e da identidade, ilustrados por episódios como concursos de torcedoras, aumento da violência (e por conseguinte da tentativa de controle sobre os modos de torcer) e a inauguração de novos e adequados espaços, os estádios de futebol.

Palavras-chave: Futebol; História do esporte; Modernidade; Torcer; Belo Horizonte - MG

Resumo (outro idioma)

El presente artículo presentó la intención de elaborar una representación de la construcción de la identidad de hinchas de fútbol en la ciudad de Belo Horizonte-MG, en la segunda mitad de la década de 1920, un momento en el que la escena del fútbol cambia por la pérdida del protagonismo de América-MG y el surgimiento del Clube Atlético Mineiro y Palestra Itália, que reconfiguran las disputas y, en consecuencia, el diseño de las formas de animar, estableciendo un campo de membresía de club demarcado con mayor precisión en la ciudad. En este sentido, buscamos como una fuente privilegiada de investigación los periódicos locales, que describieron diariamente el deporte/fútbol belorizontino, reverberando los eventos elegidos como más significativos. A partir de la narrativa periódica, fue posible establecer una visión general de hinchas de fútbol y sus comportamientos más tipificados, vinculados a la lógica del consumo y la identidad, ilustrados por episodios como concursos de mujeres hinchas, aumento de la violencia (y, por lo tanto, el intento de controlar los modos para animar) y la apertura de espacios nuevos y adecuados, los estadios de fútbol.

Palabras clave: Fútbol; Historia del deporte; Modernidad; Animar; Belo Horizonte - MG

Abstract

The present article intended to elaborate a representation of the construction of the fan identity in the city of Belo Horizonte-MG, in the second half of the 1920s, a moment when the football scene changes from the loss of the protagonism of América-MG and the rise of the Clube Atlético Mineiro and Palestra Itália, which reconfigures the disputes and consequently the design of the ways of cheering, establishing a more precisely marked field of club membership in the city. In this sense, we sought as a privileged source of investigation the local newspapers, which described the daily sports / football in Belo Horizonte, reverberating the events chosen as more significant. From the periodic narrative it was possible to establish an overview of the fans and their more typified behaviors, linked to the logic of consumption and identity, illustrated by episodes such as fan contests, increased violence (and therefore the attempt to control the ways to cheer) and the opening of new and suitable spaces, the football stadiums.

Keywords: Football; Sport History; Modernity; Football Fans; Belo Horizonte - MG.

Referência

SOUZA NETO, Georgino Jorge de. A construção do ethos de torcedor na cidade moderna: “a rainha dos sports, os sururus e a victoria que o sol não viu”- (1926-1930). Caminhos da História. Montes Claros, v. 25, n. 1, p. 16-40, 2020.