Biblioteca

Seja um dos 14 apoiadores do Ludopédio e faça parte desse time! APOIAR AGORA
ISSN 2316-932X

A regulamentação do futebol profissional belo-horizontino: luta política e significados sociais

Número

n. 1

Ano

2012

Volume

v. 1

Área de concentração

Gestão do Esporte

Cidade

São Paulo

Páginas

p. 95-119

Arquivos

Resumo

A transição do status “amador” para o “profissional” atribuído ao jogador de futebol, iniciada em meados de 1920, colaborou para popularizar a prática e o espetáculo deste esporte, que foi considerado durante os primeiros anos do século XX como elemento de distinção social das elites urbanas brasileiras. A regulamentação do futebol profissional brasileiro, e mais precisamente belo-horizontino, promovida pelas principais agremiações esportivas no ano de 1933, é considerado momento central para se problematizar tal transformação, uma vez que a nova orientação ressignificou socialmente a prática e o consumo dessa modalidade esportiva. Nesse artigo discutimos o contexto das políticas sociais do Governo Vargas (1930-1945) estabelecendo relações com o movimento de profissionalização do futebol a partir de documentos textuais pesquisados. Ainda com base nessa pesquisa documental, e também utilizando de entrevistas abertas e em profundidade com atores sociais do “campo futebolístico” belo-horizontino, caracterizamos a oferta e a demanda da prática e do consumo do futebol a partir da consolidação do produto “jogo de futebol”, bem como dos debates e das disputas políticas dos dirigentes dos principais clubes de futebol junto à entidade de gestão desse esporte na capital mineira. Com base nas análises empreendidas, defendemos que o arcabouço institucional trabalhista criado por Vargas estimulou a discussão pelo reconhecimento e regulamentação profissional no país, uma vez que as relações existentes entre clubes, atletas e espectadores já caracterizavam o futebol como uma indústria do entretenimento desde meados dos anos 1920, sendo os jogadores, profissionais de fato, não sendo reconhecidos e regulamentados. 

Resumo (outro idioma)

El estado de transición de “aficionado” a “profesional” asignado al jugador de fútbol, comenzó a mediados de 1920, ayudó a popularizar la práctica de este deporte y el espectáculo que fue considerado durante los primeros años del siglo XX como un elemento de distinción social brasileños élites urbanas. La regulación del fútbol profesional brasileño y, más concretamente Belo Horizonte, promovido por los principales clubes deportivos en el 1933, ahora se considera fundamental para problematizar esa transformación ya que la nueva orientación re-significado social y la práctica del consumo de este deporte. En este artículo se discute el contexto de las políticas sociales del gobierno de Vargas (1930-1945) el establecimiento de relaciones con el movimiento de profesionalización del fútbol desde documentos de texto buscado. A pesar de que la investigación basada en documentos, y también por medio de entrevistas abiertas y en profundidad los actores sociales con el “campo de fútbol” beautiful-horizontino, caracterizamos la oferta y la demanda de la práctica del fútbol y el consumo de la consolidación del producto “partido de fútbol “así como los debates y disputas políticas de los dirigentes de los clubes de fútbol más importantes con la entidad de gestión del deporte en la capital del estado. Con base en el análisis actual, se argumenta que el marco institucional creado por el trabajo Vargas ha estimulado el debate y el reconocimiento por la regulación profesional en el país, ya que la relación entre los clubes, jugadores y espectadores han caracterizado el fútbol como una industria del entretenimiento desde el mid-1920, siendo los jugadores, los profesionales no realmente ser reconocido y regulado. 

Abstract

During the middle 1920‟s, soccer players transitioned from the “amateur” to the “professional” status. In the beginning of the 20th century, the soccer was an intrinsic social element distinguishing the Brazilian urban elites, and such transition contributed to the popularization of the practice and the performance of this sport. In 1933, the major sport associations in Brazil officially regulated the professional soccer in the country, and more precisely, in the city of Belo Horizonte. This is considered as a pivot moment to question such transformation, since the new regulation socially resigned the practice and consumption of this sport modality. In this paper we discuss the context of the social policies during the government of the president Getúlio Vargas (1930-1945), using a documental search to establish relationships with the soccer professionalization movement. Based on this documental search, and using open and detailed interviews with the „social actors‟ of the soccer in Belo Horizonte, we characterize the offer and the demand of the practice and the consumption of the soccer. We conduce such characterization using the strengthen of the „soccer game‟ as a product, as well as the political debates amongst the directors of the main soccer teams, and the political entities responsible to manage the sport in the city of Belo Horizonte. Based on our analysis, we defend that the institutional laborite basis created by the president Vargas, triggered the discussion for the recognition and official regulation of professional soccer players in the country; whereas since the beginning of 1920‟s, soccer teams, athletes and audience already had characterized the soccer as an industry of entertainment, without recognizing or regulating the soccer players, which unquestionably were already professionals. 

Referência

MEDEIROS, Regina de Paula. A regulamentação do futebol profissional belo-horizontino: luta política e significados sociais. PODIUM: Sport, Leisure and Tourism Review. São Paulo, v. 1, n. 1, p. 95-119, 2012.
Ludopédio

Acompanhe nossa tabela do Campeonato Brasileiro - Série A