A cidade de São Paulo das primeiras décadas do século vinte foi radicalmente tomada pelo jogo de bola. Das várzeas às ruas e terrenos baldios praticava-se uma profusão irradiante, com variações incontáveis, de futebóis. O centro espacial desta cidade preenchida de futebol se deu nas várzeas dos rios Tiête e Pinheiros, onde existiram centenas, talvez milhares de campos de futebol amador, e alguns destes organizaram-se como clubes. Este texto busca abordar esta cidade dos campos de várzea e procura entender os fundamentos e as razões que produziram seu desaparecimento, um processo brutal que vai do (espaço) lúdico ao lucro.
Palavras-Chave: São Paulo; futebol de várzea; futebol amador, lúdico e lucro.