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Dissertação

Análise das transições ofensivas na última etapa de formação no futebol

Estudo no escalão de sub-19
Ano

2016

Faculdade/Universidade

Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra

Orientador(a)

Vasco Vaz

Co-rientador

Gonçalo Dias

Tema

Dissertação

Área de concentração

Mestrado em Treino Desportivo

Páginas

50

Arquivos

Resumo

Objetivos: Analisar as transições ofensivas na última etapa de formação no futebol, o escalão de Sub-19, identificando as características mais frequentes, que caracterizam o comportamento da equipa, nos momentos de transição ofensiva e que culminam em contra-ataque e ataque rápido. Verificar a existência de associações estatisticamente significativas entre algumas variáveis do momento de transição e as diferentes fases da competição. Identificar as interações entre os jogadores nas situações de ataque rápido e contra-ataque, que culminam em golo, analisando, através das networks o comportamento coletivo da equipa. Metodologia: A amostra foi constituída por 133 ações de transição ofensiva, referentes a jogos da Seleção Nacional de Portugal Sub-19, finalista vencida no Campeonato da Europa Sub-19 2014, realizado na Hungria. Foram observados 3 jogos da fase de grupos, 1 das meias-finais e 1 da final. Resultados: A partir da análise dos principais resultados verificou-se que a zona preferencial de recuperação da posse de bola foi a 3 E (12,0%). A interceção (36,8%) foi o tipo de recuperação da posse de bola preferencialmente utilizado. A maioria das situações de transição ofensiva foi desenvolvida através de ataque rápido (75,9%). A zona preferencial para execução do último passe foi a 5 E (12,0%). O passe curto/médio (60,2%) foi a forma mais comum de último passe utilizada. As zonas 6 CD (22,6%) e 6 CE (21,1%) foram as zonas onde mais vezes ocorreu o final de transição. O passe errado e o erro individual (22,6%) foram as formas mais comuns de final de transição. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis do momento de transição e a fase da competição. Por fim, o maior número de interações realizadas com sucesso foi efetuado pelo avançado, estabelecendo ligações fortes com o defesa direito, médio interior direito e extremo direito, assim como entre o médio defensivo central e o extremo esquerdo. Discussão e conclusão: Os resultados estão, maioritariamente, de acordo com a literatura existente em escalões de elite no que diz respeito às características do momento de transição. Não existe qualquer influência das fases da competição nas características comportamentais e no comportamento coletivo da equipa analisada. Por fim, quanto à análise das interações na origem dos golos verifica-se que os jogadores que ocupam os corredores laterais (defesas e extremos direitos e esquerdos) e o avançado são os que mais influenciam e proporcionam as situações de golo.

PALAVRAS-CHAVE: Análise de Jogo, Finalização, Treino de Jovens, Networks

Abstract

Purpose: To analyse offensive transitions in the last stage of football developing process, the U-19 stage, identifying the most frequent characteristics which feature the team’s behaviour at the offensive transition moments that culminate in counter-attack and fast attack. To check the existence of significant statistical associations between some variables of the transition moments and the different phases of the competition. Finally, it is aimed to identify the interactions between players in both fast attack and counter-attack moments which end in goal, through Networks studying the collective team’s behaviour. Methodology: The sample was composed by 133 offensive transition actions, in Portugal U-19 National Team matches, defeated in the 2014 U-19 European Championship final, in Hungary. 3 group phase matches, 1 semi-final and 1 final match were observed. Results: After analysing the main results, it is realised that the favourite area to recover ball possession was the 3 E (12,0%). Interception (36,8%) was the most used method to recover ball possession. The majority of offensive transition situations was developed through fast attack (75,9%). The 5 E (12,0%) area was the favourite one to do the final pass. The short/medium pass (60,2%) was the most final pass used. It was in the 6 CD (22,6%) and 6 CE (21,1%) that the end of transition took place. The most common ways of the end of transition were the wrong pass and the individual error (22,6%). There were no significant statistical differences between the variables of the transition moments and the different phases of the competition. Finally, the forward did the majority of successful interactions establishing strong connections with the right defender, the right centre midfielder and the right winger, as well as between the defensive centre midfielder and the left winger. Discussion and Conclusion: Our results are mostly in agreement with the literature about elite football in what transition moments features are concerned. Competition phases neither influence behaviour characteristics nor collective team’s behaviour of the studied team. Furthermore, analysing the interactions that resulted in goal we may conclude that the players who play in both side corridors (right and left defenders, right and left wingers) and the forward are the ones who most influence and build goal situations.

KEYWORDS:Game Analysis, Finalization, Youth Training, Networks.

Sumário

CAPÍTULO I, 1
INTRODUÇÃO, 1

CAPÍTULO II, 4
REVISÃO DA LITERATURA, 4
2.1. O Futebol enquanto objeto de análise, 4
2.2. Momento de transição ofensiva, 5

CAPÍTULO III, 11
METODOLOGIA, 11
3.1. Amostra, 11
3.2. Variáveis, 11
3.2.1. Recuperação da posse de bola, 11
3.2.1.3. Tipo de bloco defensivo – zona de pressão, 13
3.2.1.4. Jogador recuperador, 14
3.2.1.5. Tipologia de primeiro passe após recuperação, 14
3.2.2. Desenvolvimento da transição ofensiva, 16
3.2.2.1. Padrão de jogo evidenciado, 16
3.2.3. Final da transição, 18
3.3. Procedimentos, 19

CAPÍTULO IV, 21
RESULTADOS, 21
4.1. Início da Posse de Bola, 21
4.2. Final da Posse de Bola, 24
4.3. Análise Estatística Inferencial, 29
4.4. Análise das Interações na Origem dos Golos, 33

CAPÍTULO V, 39
DISCUSSÃO, 39
5.1. Características da Transição Ofensiva e Influência das Fases de Competição, 39
5.2. Interação nos Momentos de Transição Ofensiva, 43

CAPÍTULO VI, 45
CONCLUSÕES, 45
6.1. Limitações, 46
6.2. Investigação Futura, 46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 48

Referência

REDONDO, João Pedro Mendes. Análise das transições ofensivas na última etapa de formação no futebol: Estudo no escalão de sub-19. 2016. 50 f. Dissertação (Mestrado em Treino Desportivo) - Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2016.