Este artigo objetiva analisar as estratégias de resistência adotadas por torcedores de futebol face às transformações que esse esporte vem sofrendo nos últimos anos, bem como as maneiras através das quais essas formas de resistência contribuem para problematizar as metáforas do futebol como ópio do povo e como teatro. Para tanto, baseia-se nas informações obtidas em entrevistas com lideranças de torcidas organizadas e coletivos de torcedores e observações feitas em partidas de futebol, protestos de torcedores, reuniões de coletivos e visitas a estádios. Entre outras coisas,
mostra que as referidas metáforas não conseguem lidar satisfatoriamente com o conflito e a contestação existentes hoje em dia no futebol, reforçando o “mito do receptor passivo”.
Palavras-chave: futebol; linguagem; resistência.