O objetivo do artigo ora apresentado é o de realizar uma investigação, a partir do arcabouço teórico elaborado por Carlos Hasenbalg, das estratégias de manutenção das desigualdades raciais e sociais no futebol carioca em seus primeiros anos. Para isto, consideraremos como marcos empíricos os casos do Bangu Athletic Club e do Club de Regatas Vasco da Gama, clubes de caráter popular, e as reações dos rivais consolidados da cidade, vinculados às elites socioeconômicas, para impedir a ascensão esportiva destes clubes. A cor e a posição social aparecem como critérios de distinção e obstáculos aos benefícios materiais e simbólicos. A tensão entre amadorismo e profissionalismo, com a ascensão do Vasco da Gama, provocaria consequências irreversíveis ao futebol da cidade.
Palavras-chave: Hasenbalg, Futebol, Rio de Janeiro, Bangu, Vasco