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Tese

Celebrando a pátria amada

esporte, propaganda e consenso nos festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil (1972)
Ano

2019

Faculdade/Universidade

Instituto de História, Universidade Federal Fluminense

Orientador(a)

Jorge Luiz Ferreira

Tema

Tese

Área de concentração

Doutorado em História

Páginas

210

Arquivos

Resumo

Nesta tese, analisa-se as relações estabelecidas entre esporte e política no contexto das comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil, ocorridas entre 21 de abril e 7 de setembro de 1972. Discute-se como, no âmbito das celebrações, o esporte estabeleceu quadros de diálogo com o projeto de propaganda política em voga no país. Simultaneamente, trata-se o esporte como um objeto privilegiado para a compreensão das relações instituídas entre regime militar e sociedade civil em sua complexidade. Debate-se, mais especificamente, como o esporte constituiu-se em um mecanismo de reafirmação de um consenso social estabelecido em torno da ditadura militar.

Palavras-chave: esporte; propaganda política; consenso social; ditadura militar (Brasil).

Abstract

In this thesis, it is analyzed the relations established between sport and politics in the context of the commemorations of the Sesquicentenary of the Independence of Brazil, which took place between April 21 and September 7, 1972. It is discussed how, within the celebrations, sport established cadres of dialogue with the political propaganda project in vogue in the country. Simultaneously, sport is treated as a privileged object for the understanding of the relations established between military regime and civil society in its complexity. It is debated, more specifically, how the sport constituted in a mechanism of reaffirmation of a social consensus established around the military dictatorship.

Keywords: sport; political propaganda; social consensus; military dictatorship (Brazil).

Sumário

INTRODUÇÃO, 11

CAPÍTULO I: SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (1972): A ABERTURA DAS COMEMORAÇÕES, 24

Governo Costa e Silva (1967-1969): as primeiras iniciativas oficiais, 24
Governo Médici (1970): das primeiras iniciativas a um novo projeto, 26
O primeiro ato de Médici: a criação de uma comissão nacional, 28
Segundo ato: a transferência dos restos mortais de dom Pedro I ao Brasil, 32
As polêmicas em torno da transferência dos restos mortais, 36
De Lisboa ao Rio de Janeiro: a chegada dos restos mortais ao Brasil, 40
Sobre Tiradentes e o Encontro Cívico Nacional que abriu as comemorações, 46
O esporte na programação das comemorações: uma visão panorâmica, 52

CAPÍTULO II: MUITO MAIS QUE UM EVENTO ESPORTIVO: A OLIMPÍADA DO EXÉRCITO EM QUESTÃO, 55

Os restos mortais de dom Pedro I rumo a Porto Alegre, 55
A recepção dos restos mortais na capital gaúcha, 57
A chegada de Médici para a abertura da III Olimpíada do Exército, 63
A propósito da cerimônia de abertura da olimpíada, 66
A seleção brasileira de futebol entra em campo contra o Paraguai, 71
A programação da olimpíada e a promoção da união entre civis e militares, 76
A repercussão do show de Elis Regina no âmbito das esquerdas, 79
O encerramento das olimpíadas e a memória dos “anos de chumbo”, 86

CAPÍTULO III: TAÇA INDEPENDÊNCIA: A PAIXÃO NACIONAL EM TEMPOS DE MILAGRE, 94

Taça Independência: o estado da arte, 94
Primeiras articulações, ideal de “Brasil grande” e integração nacional, 97
O surgimento de um imprevisto: a recusa de tradicionais seleções europeias, 102
A etapa preliminar do torneio e um novo imprevisto: os estádios vazios, 106
Super ou mini? Uma análise das dimensões simbólicas do torneio, 108
A fase eliminatória do torneio e a campanha do escrete canarinho, 111
Uma final surpreendente: Brasil versus Portugal, 113
O torneio como produto e agente do “milagre econômico”, 117

CAPÍTULO IV: A APROPRIAÇÃO DE UMA TRADIÇÃO INVENTADA: UM OLHAR SOBRE A CORRIDA DO FOGO SIMBÓLICO DA PÁTRIA,  122

A respeito da fundação da Liga de Defesa Nacional, 122
A invenção de uma tradição: a Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, 127 
Os objetivos da 35a edição da  Corrida do Fogo Simbólico da Pátria: tratativas iniciais, 131
O itinerário da corrida como representação do ideal de “Brasil grande”, 135
Além do mito e do ideal de um país grande e integrado: outras estratégias, 139
Entre a unidade e a sacralização do tempo/espaço: as normas da corrida, 151
À guisa de conclusão: notas sobre a corrida e seus momentos derradeiros, 159

CONSIDERAÇÕES FINAIS, 173

REFERÊNCIAS, 189

Fontes, 189
Fundos documentais, 189
Jornais e revistas, 189
Legislação, 189
Publicações oficiais, 190
Publicações não oficiais, 190
Sítios eletrônicos, 190

Referências bibliográficas, 190

Referência

REI, Bruno Duarte. Celebrando a pátria amada: esporte, propaganda e consenso nos festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil (1972). 2019. 210 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.