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Dossiê Esporte: Um fenômeno sociocultural

Colonisation Sportive: o laboratório da “simbiose” racismo e esporte moderno

Número

n. 13

Ano

2021

Tema

Dossiê Esporte: Um fenômeno sociocultural

Páginas

p. 73-98

Arquivos

Resumo

Este artigo analisa aspectos socioculturais de uma relação aparentemente simbiótica entre raça, racismo e esporte moderno, concebendo a história da instrumentalização colonial e neocolonial das práticas esportivas como o “laboratório original dessa fusão”. A partir de meados do século XVIII, as empresas colonialistas europeias e estadunidenses utilizaram as práticas desportivas não só para hegemonizar as suas identidades culturais, mas para garantir o controle sobre a população, assumindo pedagogias “domesticadoras” e/ou “modernizadoras” do gestuário autóctone como valores desportivos. Esse processo legou à nossa sociedade um sistema esportivo profundamente tolerante com a opressão racial, aberto a novos experimentos raciais e fortemente resistente a políticas de reconhecimento. A luta anticolonial, por sua vez, sugere que as experiências contra-hegemônicas de assimilação do esporte são mais sensíveis às demandas emancipatórias. Experiências que podem nortear os debates atuais sobre as concepções e função social do esporte em países historicamente afetados pela política colonial e neocolonial.

Palavras-chave: Colonialismo. Esporte Moderno. Anticolonialismo

Abstract

This article analyzes sociocultural aspects of an apparently “symbiotic” relationship between race, racism, and modern sport, conceiving the history of colonial and neocolonial instrumentalization of sports practices as the “original laboratory of this fusion.” From the mid-eighteenth century, European and American colonialist companies used sports practices not only to hegemonize their cultural identities but also to guarantee their control over the population, assuming “domesticating” and/ or “modernizing” pedagogies as sporting values. This process has given our contemporary society a sports system that is deeply tolerant of racial oppression, open to new racial experiments, and strongly resistant to recognition policies. The anti-colonial struggle, in turn, suggests that the counter-hegemonic experiences of assimilating sport are more sensitive to emancipatory demands. These experiences can guide current debates about the conceptions of the social function of sport in countries historically affected by colonial and neocolonial politics.

Keywords: Colonialism. Modern Sport. Anti-colonialism

Referência

FERREIRA JúNIOR, Neilton. Colonisation Sportive: o laboratório da “simbiose” racismo e esporte moderno. Revista do Centro de Pesquisa e Formação. São Paulo, n. 13, p. 73-98, 2021.
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