O futebol constitui-se como um dos principais fenómenos à escala global, mobilizando milhões de adeptos. Fruto da sua relevância social, garantir a segurança do evento assume-se como um desafio para diversas entidades. Enquanto aparelho securitário do Estado, a Polícia de Segurança Pública destaca-se através do seu papel na mitigação do conflito. A perceção da legitimidade da atuação policial reside numa intervenção direcionada para o problema. Desta forma, à polícia cabe intervir sobre os comportamentos de risco e não sobre os adeptos de risco, em virtude de as ameaças ao evento serem geradas pelos comportamentos e não pela tipologia de adepto. Para atingir estes objetivos, e com recurso à definição de comportamentos de risco, foi realizado um estudo exploratório onde foi possível aferir quais os principais comportamentos associados aos jogos de futebol da primeira liga portuguesa. Através dos resultados deste estudo, retiraram-se importantes conclusões sobre os indicadores de risco, cuja aplicação prática, dotará o efetivo policial e, em particular, os analistas, os spotters e os comandantes de melhores condições para desenvolver estratégias que minimizem ou previnam, em tempo útil, os comportamentos de risco.
Palavras-chave: futebol; comportamentos de risco; adepto; polícia; identidade social