O tratamento do corpo no Brasil convive com uma contradição: dominação e louvação. A visão do corpo como subordinado remete à tradição ocidental, tanto católica quanto cartesiana. Em oposição, temos narrativas de um corpo louvado na praia, na rua e no futebol como marcas identitárias. Toma-se como objeto de análise a louvação do corpo na constituição do estilo brasileiro de futebol, destacando historicamente a tensão entre a valorização da criatividade e a disciplina dos corpos. Em síntese, a visão romântica é posta como possibilidade de pensar a contradição, via criatividade, entre a tradição ocidental e a construção da própria identidade.
Palavras-chave: romantismo, corpo, identidade e futebol.