A relação política e esportiva tem sido pouco estudada no Uruguai, especialmente quando falamos de períodos ditatoriais. Para iniciar este diálogo, como primeira etapa de uma investigação mais aprofundada sobre a Copa do Mundo de 1980, é realizado um exercício para revelar as narrativas coletivas de um megaevento esportivo que é tão ilusório quanto icônico, dada a falta de estudos a esse respeito e graças ao período histórico em que se encontra, pois compartilha a cena pública com o plebiscito que define a possibilidade de perpetuar a ditadura ou retornar à democracia. A partir de uma primeira leitura de várias fontes, tendo como guia o documentário Mundialito de Sebastián Bednarik e Andrés Varela (2010), a hipótese inicial é a presença de dois discursos opostos: um que tenta deixar a copa do mundo no esquecimento e outro que tenta se lembrar disso.
Palavras-chave: memoria; ditadura; esporte; política; copa do mundo.