Este artigo aborda sobre a conquista da copa de 1970 pela seleção brasileira e como a ditadura militar e principalmente o presidente Médici usufruiu desse triunfo para mascarar todo o cenário de repressão que o país estava vivendo. Serão analisados os aspectos da participação do presidente no antes, durante e depois da conquista da copa, investigando como a vitória da seleção brasileira no México foi utilizada por Médici para legitimar e vangloriar o seu governo e a ditadura no país, manuseando a população através de cantos nacionalistas e representações dos titulados como “salvadores da pátria”. Portanto, esse artigo justifica-se como uma pesquisa qualitativa que busca elucidar a questão do futebol como manipulação de massas, dando ênfase ao esforço do presidente Médici de vincular a vitória da seleção brasileira ao seu governo, controlando a imprensa através de publicações que ligavam a sua imagem e seu mandato ao Tricampeonato da seleção brasileira, a fim de criar uma figura “brasileira” nacionalista e garantir o apoio da população. Os resultados do presente artigo foram obtidos através de um estudo parcial, de caso descritivo com cunho qualitativo, documental e bibliográfico, analisando as obras de Marcos Guterman (2004) e (2006), Ricardo Martins (1999), Ernesto Marczal (2013), Jônatas Santos (2017), entre outros.