Este estudo interpreta cada jogo de futebol realizado no Maracanã após a copa do mundo até o final de 2017 como um bem único e diferenciado. Mesmo considerando a extração da renda máxima praticada em Monopólio não encontramos viabilidade econômica que concilie racionalidade com a execução do CAPEX de R$1,6 bilhão. Para atingir o break even point seria necessário o acréscimo de 50 partidas rentáveis, o que representaria a execução de partidas em único ano equivalentes às executadas em mais de 2 anos, uma hipótese irreal do ponto de vista econômico.Soma-se ainda a viabilidade do CAPEX do modelo de administração mal desenhado, onde não há incentivos para os clubes realizarem seus jogos no estádio quando a expectativa de público é inferior a 30 mil torcedores, devido ao elevado custo operacional, o que remete ao debate sobre o modelo de administração do estádio e uma possível concessão aos times de futebol que até então não possuem estádio. Os resultados sugerem que administração do estádio pelos clubes de futebol permite a compensação das partidas ineficientes, abaixo de 30 mil, pelas partidas eficientes. De modo mais específico, os clubes de futebol conseguem controlar a demanda auferindo lucros que compensam as partidas ineficientes. Soma-se ainda a exclusão do aluguel do estádio e a possibilidade de aumento da eficiência administrativa, através de redução dos custos.
Palavras-chave: Viabilidade econômica, maracanã, concessão