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ISBN 857060453x
Futebol; Cinema

Fome de bola

cinema e futebol no Brasil
Ano

2006

Tema

Futebol; Cinema

Cidade

São Paulo

Páginas

485

Editora

Imprensa Oficial

Arquivos

Sinopse

Cinema e futebol trilharam caminhos muito semelhantes no Brasil. Ambos aportaram por aqui no final do século 19 pelas mãos de estrangeiros e caíram no gosto popular, com adeptos ferrenhos e apaixonados. Desde cedo, formaram intensa parceria: inúmeros filmes retrataram o universo por vezes mítico do futebol, trazido ao Brasil em 1894 por Charles Miller, e diversos craques da bola emprestaram sua fama a produções fictícias e documentais revelando uma parte essencial da alma brasileira. Esse bate-bola histórico entre cinema e futebol se mostrou campo fértil para o jornalista e crítico cinematográfico Luiz Zanin Oricchio pesquisar e escrever o livro Fome de Bola – Cinema e Futebol no Brasil, mais um título da série Cinema Brasil da coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial. Zanin não se deixou intimidar pela noção geral de que seria uma tarefa inglória escrever sobre o futebol no cinema brasileiro por falta de material – o documentarista João Moreira Salles, um dos entrevistados no livro, chegou a dizer a ele, no início, que seria o mesmo que fazer uma pesquisa sobre as escolas de samba de Tóquio. “Comecei a pesquisar sobre a questão do futebol no cinema, tentando responder às perguntas que muitos fazem sobre se o nossos diretores retrataram como deveriam essa grande paixão do brasileiro ou se o resultado ficou aquém. Com as pesquisas, anotações e entrevistas, percebi que o material poderia render um livro”, afirma Zanin, que incluiu todos os tipos de material audiovisual no trabalho – de ficção, documentários, cinejornais e obras que só foram lançadas em DVD ou na TV. “O melhor é que o resultado do meu trabalho foi uma surpresa agradável. Temos grandes filmes sobre o assunto. O cinema registrou as principais fases da história do futebol brasileiro”, garante. Tal qual um jogo de futebol, o livro Fome de Bola é dividido em dois tempos. No primeiro, traz pesquisa e análise das obras cinematográficas brasileiras sobre o tema. No segundo tempo, Luiz Zanin apresenta seis entrevistas com diretores de cinema contemporâneos que se dedicaram ao futebol em algum momento de suas carreiras: além de João Moreira Salles (trilogia Futebol), há também Ugo Giorgetti (Boleiros 1 e 2), Maurice Capovilla (Subterrâneos do Futebol), Oswaldo Caldeira (Passe Livre, Futebol Total e Brasil Bom de Bola), Djalma Limongi Batista (Asa Branca – Um Sonho Brasileiro) e Luiz Carlos Barreto (Isto É Pelé). Nas entrevistas, os diretores falam como o futebol entrou em suas vidas, discutem a relação desse esporte com o espírito de nacionalidade do brasileiro, citam filmes de sua preferência e contam histórias particulares relacionadas ao futebol. Há uma sétima entrevista, com Pelé, realizada na casa de Aníbal Massaini Neto, diretor do documentário Pelé Eterno, três horas de um animado papo com o rei do futebol na época do lançamento do filme, em 2004. Nela, Pelé comenta bastidores do filme, lembrando, por exemplo, o motivo da ausência do gol que Gérson fez na final contra a Itália na Copa de 1970 (“foi uma brincadeira que ele levou a mal”), relembra a preocupação com o direito de imagem de Garrincha (“Levou quase um ano, mas pegou (autorização) de todas (as filhas). Difícil, porque algumas estão casadas, os maridos interferem…”). Também lamenta a ausência de algumas histórias curiosas, como a do pesquisador que descobriu a palavra Pelé em hebraico na Bíblia, que significaria “maravilhoso” (“Eu achava que tinha de colocar isso no filme, mas o diretor não deixou. Disse que ia muito para o lado místico e tal”). Fã dos filmes Garrincha, Alegria do Povo, de Joaquim Pedro de Andrade, e Boleiros, de Ugo Giorgetti, Zanin reservou um grand finale para seu livro. Trata-se de uma extensa filmografia que abarca quase 100 anos de história cinematográfica do Brasil, com registros de partidas nacionais e internacionais (principalmente contra equipes e seleções sul-americanas da Argentina, Paraguai e Uruguai) e os primeiros longa-metragens de ficção sobre o tema, como Campeão de Futebol (de 1931), de Genésio Arruda, e Futebol em Família (de 1938), de Ruy Costa. O presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres, comenta a publicação: “O Luiz Zanin é um dos nossos críticos de cinema mais respeitados e tem um grande conhecimento de futebol. Com essa obra estamos resgatando a história do futebol e de seus personagens na visão mágica do cinema”. Luiz Zanin revela, ainda, seu time do coração, na dedicatória do livro: “Para quem elevou o futebol à condição de arte: Gilmar, Mauro e Dalmo; Lima, Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe – o time dos sonhos do Santos Futebol Clube. Pela beleza. Pela alegria”.

Sumário

Apresentação – Hubert Alquéres, 5

 
Agradecimentos, 13
 
Introdução, 15
 
Primeiro Tempo, 29
Dos Primeiros Bate-bolas na Tela à catástrofe de 1950, 29
O Ópio do Povo, 83
Batendo Bola nos Anos de Chumbo, 135
O Jogo do Mundo, 185
 
Segundo Tempo, 265
As Entrevistas, 265
Filmografia, 373
Bibliografia do 1º Tempo, 473

Referência

ORICCHIO, Luiz Zanin. Fome de bola: cinema e futebol no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.
Ludopédio

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