“Futebol não é para meninas”. Essa é a primeira frase, narrada por um homem, de um vídeo para uma campanha de apoio ao futebol feminino realizada pela Federação Portuguesa de Futebol. Parece uma frase datada do tempo em que as mulheres ainda não tinham sequer o direito ao voto, mas é acompanhada por imagens de mulheres que são capazes de marcar golos. Contraditório? É como tem sido o desenvolvimento do futebol feminino. Essa disparidade pôde ser observada ao longo de 2017. No mesmo ano, a Seleção Nacional principal de futebol feminino português marcou presença, pela primeira vez, na fase final do Campeonato Europeu, realizado em julho. Entretanto, apesar da vitória conquistada, seis meses antes uma notícia no Diário de Notícias afirmava que em Portugal havia apenas seis jogadoras com o estatuto profissional. O objetivo então passa pela realização de um documentário que pretende apresentar as problemáticas encontradas que acabam por dificultar a profissionalização de jogadoras no futebol feminino. Focando-se no contexto português, o presente trabalho busca ainda contextualizar a história do futebol feminino em Portugal. Além disso, o documentário realizado quer transmitir, pelas palavras das próprias jogadoras, as barreiras que tiveram que enfrentar e ultrapassar, dentro e fora de campo, para fazer do futebol uma carreira. As perguntas que o documentário procura responder surgem aquando da publicação da campanha “Responde em Campo”, realizada pela Federação Portuguesa de Futebol. Por isso, a vertente dos media e da comunicação neste contexto não é deixada de lado. Afinal, o futebol feminino é apenas um anexo do desporto rei?
Palavras-chave Cinema, Documentário, Futebol Feminino, Desporto