Futebol, paixão e política na torcida militante do Club Atlético River Plate

O artigo resume um estudo de caso das práticas de torcedores militantes do Clube Atlético River Plate entre os anos 1996 e 2013, com o objetivo de saber a respeito de seus sentidos e motivações, centralmente em duas dimensões, as do tipo emocionais e as de caráter político. O caso é abordado em duplo nível: o sentido emocional, relacionado às suas ações nos dias de jogos de futebol do time principal –especialmente na chamada fiesta em la tribuna, nos dizeres nativos-, em segundo lugar, desde a passagem de alguns desses torcedores de futebol até a militância institucional e política no clube, a fim de se tornarem, nele, atores políticos. No desenvolvimento se aprofunda no modelo tradicional dos clubes da Argentina enquanto associações civis sem fins lucrativos, como parte do capital social e da sociabilidade, e nas particularidades históricas, políticas e institucionais do Club Atlético River Plate, a fim de descrever e analisar a militância futebolística destes torcedores do ponto de vista de seu torcer e pertencimento à cultura “do torcedor apaixonado” e, a partir daí, em direção à arena política de afiliação ao clube. O processo desenvolve uma série de especificidades com relação às suas atividades militantes e aos vínculos com outros atores da configuração futebolística como dirigentes, barras bravas, e outros torcedores do clube, logo após a crise política nacional dos anos 2001 e 2002, e antes do processo aberto em 2003 –aprofundado a partir de 2008 –de abertura à militância política por parte de grupos de jovens e adolescentes. Se discute se suas práticas emocionais implicam determinados valores comunitários, para concluir que o futebol e a ação cumprem neles uma função social integradora identitária e simbólica, capaz de congregar e recriar um sentimento de comunidade misto, não necessariamente em termos de resistência ao individualismo moderno, mas, em termos de um coletivo emocional que os consolida enquanto identidade social.

Palavras-chave: Torcedores Militantes; Clube; Capital Social; Sociabilidade; Cultura Torcedora; Militância Política; Comunidade; Emoção.

El artículo resume un estudio de caso, el de las prácticas de un grupo de hinchas militantes del Club Atlético River Plate entre los años 1996 y 2013, con el objetivo de conocer respecto de sus sentidos y motivaciones centralmente en dos dimensiones, las de tipo emotivas y las de carácter políticas. Se aborda el caso en un doble nivel: el sentido emotivo, relacionado a sus acciones los días de partido de fútbol del primer equipo -principalmente en la llamada fiesta en la tribuna, en la voz nativa-, y en segundo término, desde el pasaje de algunos de estos hinchas de fútbol a la militancia institucional y política en el club, para ir constituyéndose en actores políticos del mismo. El desarrollo profundiza en el modelo tradicional de los clubes en Argentina en tanto asociaciones civiles sin fines de lucro, como parte del capital social y la sociabilidad, y en las particularidades históricas, políticas e institucionales del Club Atlético River Plate, para describir y analizar la militancia futbolera de estos hinchas a partir de su hinchismo y pertenencia a la cultura de aguante y, desde allí, hacia la arena política agrupacional del club. El proceso desarrolla una serie de especificidades con relación a sus actividades militantes y a los vínculos con otros actores de la configuración futbolística como dirigentes, barras bravas y otros hinchas del club, luego de la crisis política nacional de los años 2001 y 2002 y previamente al proceso abierto en 2003 -profundizado a partir de 2008-de apertura a la militancia política por parte de grupos de jóvenes y adolescentes. Se discute si sus prácticas emotivas implican determinados valores comunitaristas, para concluir que el fútbol y la acción cumple en ellos una función social integradora identitaria y simbólica capaz de congregar y recrear un sentimiento de comunidad mixto, no necesariamente en términos de resistencia al individualismo moderno, sino en términos de un colectivo emocional que los consolida en tanto identidad social.

Palabras clave: Hinchas Militantes; Club; Capital Social; Sociabilidad; Cultura del Aguante; Militancia Política; Comunidad; Emocionalidad.