Ao longo do século XX, o futebol passou por diversas transformações, principalmente com a expansão da Federação Internacional de Futebol (FIFA) na gestão do brasileiro João Havelange, tendo historicamente duas grandes forças: Europa e América do Sul. Com a globalização, porém, ocorreu o processo da acentuação da desigualdade, causado por diversos aspectos, como a transnacionalização, cotas televisivas, empresarização de clubes e, principalmente, a Lei Bosman, com a livre circulação de jogadores e livre circulação do capital no futebol. A pesquisa baseia-se em um levantamento de dados a partir de fontes bibliográficas e documentais, sendo os procedimentos metodológicos que norteiam o presente trabalho de caráter exploratório-descritivo. Nesta perspectiva, a pesquisa teve o intuito de identificar as dinâmicas do sistema-mundo a partir da migração de atletas, as quais muitas vezes seguem a lógica colonial. Assim, o estudo visou contribuir para o entendimento da globalização no futebol masculino e feminino, demonstrando os fluxos migratórios na circulação de atletas na relação Periferia-Centro nos mundiais FIFA e apontar as questões e as especificidades do mercado do futebol praticado por mulheres.