Futebol na escola. Não estamos falando da prática esportiva nas aulas de educação física, nem das conversas, às vezes acaloradas, entre os alunos nos intervalos das aulas. Na escola, o futebol tem potencial para ser muito mais do que isso: ele pode nos ajudar a conhecer mais a nossa sociedade, nossos costumes e a nossa própria história.
Foi pensando nisso que a pesquisadora Lívia Gonçalves Magalhães e o Arquivo Público do Estado de São Paulo acabam de lançar o livro Histórias do Futebol. Pelas páginas deste livro, professores e alunos poderão acompanhar a trajetória do esporte preferido dos brasileiros através de fotografias, jornais, revistas e outros documentos de época, pertencentes ao acervo do Arquivo Público.
Dividido em 7 capítulos, Histórias do Futebol discute temas como o início do futebol em São Paulo e a história dos principais clubes paulistas; a participação da seleção brasileira nas Copas do Mundo; o papel do futebol na construção da identidade nacional e a sua rápida popularização no país; as relações entre o futebol e poder no Brasil e o futebol no mundo globalizado.Medios de comunicación, dictaduras militares y Mundiales de Fútbol en Brasil y Argentina. Atualmente, é doutoranda em História na Universidade Federal Fluminense, onde pesquisa temas como futebol, consenso social e ditadura militar no Brasil e na Argentina.
Histórias do Futebol é escrito por Lívia Gonçalves Magalhães, mestre em Estudos Lationamericanos pela Universidade Nacional de San Martin, na Argentina, onde defendeu a dissertação Trece jugadores en campo. Este livro é o primeiro volume da coleção Ensino e Memória, série de livros voltados para auxiliar professores de ensino fundamental e médio no uso de fontes históricas em sala de aula. Para isso, Histórias do Futebol apresenta nove atividades didáticas que os professores podem usar em suas aulas. Estas atividades, desenvolvidas pelo Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público, são compostas por documentos históricos para serem analisados pelos alunos.
O contato com documentos históricos faz com que os estudantes descubram novas formas de aprender, o que antes só aconteceria pelos livros. Permite também uma visão mais crítica da história. “O contato com várias fontes arquivísticas faz com que o aluno faça parte da produção de conhecimentos históricos e se interesse mais pela história, criando certa familiarização e expectativa em relação aos fatos do passado e presente”, explica Andresa Oliver, diretora do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
