Biblioteca

Seja um dos 14 apoiadores do Ludopédio e faça parte desse time! APOIAR AGORA
ISSN 2011-4273

Humildes, trabajadores y sacrificados. Treinta años de desplazamientos en las representaciones de ser futbolista en Argentina

Número

n. 30

Ano

2018

Páginas

p. 65-84

Arquivos

Resumo

A partir de uma etnografia realizada em estruturas de formação de clubes de futebol profissionais entre 2015 e 2016, este artigo propõe a observar as transformações que foram produzidas nas últimas três décadas nas representações que os próprios jogadores de futebol argentinos têm sobre ser esportista e sobre a prática que executam. Sugerimos que as duas imagens centrais da narrativa futebolística argentina propostas por Eduardo Archetti em 1998 perderam centralidade nos relatos de jovens jogadores atuais. Por um lado, o “campinho”, território de formação tradicional, foi substituído por espaços estruturados como os “clubes de bairro” ou “escolinhas de futebol”. E, por outro lado, a figura do “pibe” (“moleque”) como modelo do tipo de jogador nacional (encarnada de forma icônica por Maradona e associada à irreverência, à criatividade e à loucura) tem dado lugar ao modelo de jogador “sacrificado” e “trabalhador”, identificado com o profissional disciplinado. Entre os achados do trabalho, pode-se mencionar a centralidade dos dois novos territórios em torno do futebol (os clubes de bairro e a escolinha de futebol), e, a partir disso, uma descrição das regras de jogo que são propostas, entre as quais se encontram a humildade, o trabalho e o sacrifício. Instituem-se novos modos de se relacionar com a prática e com a ideia de profissionalismo, bem como novas formas de poder e de agência.

Palavras-chave: Thesaurus: futebol; profissionalização. Palavras-chave dos autores: Archetti; campinho; pibe; representações sociais.

Resumo (outro idioma)

A partir de una etnografía realizada en estructuras formativas de clubes de fútbol profesionales entre 2015 y 2016, este artículo propone observar las transformaciones que se produjeron en las últimas tres décadas en las representaciones que los propios futbolistas argentinos tienen sobre ser deportista y sobre la práctica que ejecutan. Lo que nos proponemos exponer es que las dos imágenes centrales de la narrativa futbolística argentina propuestas por Eduardo Archetti en 1998 han perdido centralidad en los relatos de los jóvenes jugadores actuales. Por un lado, el “potrero”, territorio de formación tradicional, ha sido reemplazado por espacios estructurados como los “clubes de barrio” o “escuelitas”. Y, por otro lado, la figura del “pibe” como modelo del tipo de jugador nacional (encarnada icónicamente por Maradona y asociada a la irreverencia, la creatividad y la locura) ha dado paso al modelo de jugador “sacrificado” y “trabajador” identificado con el profesional disciplinado. Entre los hallazgos del trabajo se puede mencionar la centralidad de los dos nuevos territorios en torno del fútbol (los clubes de barrio y la escuelita), y, a partir de ahí, una descripción de las reglas de juego que se proponen, entre las que se encuentran la “humildad”, el “trabajo” y el “sacrificio”. Se instituyen nuevos modos de relacionarse con la práctica y con la idea de profesionalismo, así como nuevas formas de poder y de agencia. Palabras clave: Thesaurus: fútbol; profesionalización.

Palabras clave de los autores: representaciones sociales; pibe; potrero; Archetti.

Abstract

Based on an ethnographic study of professional soccer teams between 2015 and 2016, this article discusses the changes which have occurred, during the past three decades, in the way Argentinian soccer players thinks of themselves as athletes and of the sport they play. It aims to explain how the two central images in the narrative of soccer in Argentina which Eduardo Archetti proposed in 1998 are no longer so important in the minds of the young players of study. On the one hand, the “potrero”, the grassy lot of land where young players were traditionally trained, has been replaced by more formal and structured venues like “barrio clubs” or “little schools”. And, on the other hand, the prototype or model of the Argentinian soccer star –the “pibe” or rough-hewn kid personified by the iconic Maradona and known for his irreverence, creativity and madness– has given way to the “self-sacrificing” and “hard-working” player who see himself as a disciplined professional. Among our findings, we would highlight: a) the centrality of the two new venues for training young players (neighborhood clubs and schools for apprentices); b) the new norms for professionals, which include being humble, working hard and sacrificing themselves in the name of professionalism; and c) The transformation of the above into new forms of power and agency.

Keywords: Thesaurus: soccer; professionalization. Author´s keywords: social representations; pibe; potrero; Archetti.

Referência

CZESLI, Federico; MURZI, Diego. Humildes, trabajadores y sacrificados. Treinta años de desplazamientos en las representaciones de ser futbolista en Argentina. Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología. Bogotá, n. 30, p. 65-84, 2018.
Ludopédio

Acompanhe nossa tabela do Campeonato Brasileiro - Série A