Estabelecer-se no mercado de atletas pressupõe uma série de experiências e procedimentos que jovens jogadores de futebol vivenciam até não serem mais tão jovens assim. Respondendo perguntas relacionadas à profissão, Martín e Sebástian, dois jogadores argentinos, apresentam faces da realidade do trabalho esportivo. À época da realização das entrevistas (2015), ambos estavam desempregados e treinavam na equipe Jugadores Libres, mantida pelo sindicato de jogadores da Argentina, em Buenos Aires. Essa equipe funciona para manter ativos atletas sem contrato profissional, para que possam responder prontamente a uma possível demanda de trabalho, simulando as condições de treinamento, jogo e trabalho de um clube profissional, lidando assim com uma questão recente no futebol neoliberal: a preocupação com o descarte de jogadores. A partir das conversas com Martín e Sebástian, apresenta-se temáticas relacionadas ao ser e não ser jogador para os profissionais e ao anonimato na profissão.
Palavras-chave: Futebol. Racionalidade neoliberal. Jogador-empresa. Desemprego. Trabalho.