Analisamos certas materialidades de dois estádios de futebol (Club Atlético River Plate e Asociación Atlética Argentinos Juniors) para compreender a relação entre os diferentes agentes que participam na constituição do estádio como fenômeno material. Partimos de elementos observáveis para questionar quais são as conexões existentes entre eles e com outros agentes em uma prática específica, a de “habitar” o estádio durante um jogo de futebol. Tal como no início de uma investigação arqueológica, os espaços e a fisicalidade desses elementos constituem os pontos de partida para relacioná-los e enredá-los. Percebemos assim a maneira como certos objetos são usados de maneiras diferentes daquelas previamente fixadas: novas relações espaciais e materiais entre objetos e pessoas são geradas na prática. Finalmente, alertamos sobre certos problemas que são revelados nos estudos arqueológicos e abrimos o jogo para novas formas de compreender o registro material do passado.
PALAVRAS-CHAVE: materialidade, espacialidade, agência distribuída, estádio, actantes.