Analisei uma modalidade de violência imposta aos jovens inscritos nos novos processos de formação do jogador de futebol profissional, circunscrito à leitura dos relatos de três ex–atletas. As subjetividades produzidas nas relações sociais contemporâneas configuram–se como identificações estruturantes de expectativas profissionais em torno do futebol, pois este esporte capturado pela mídia e seus agenciadores (empresários, técnicos, dirigentes) alimentam o sonho do jovem obter sucesso na carreira. Nesse sentido, o nosso objetivo foi o de verificar se as subjetividades constituídas a partir da mediação do futebol na esfera das relações sócio–culturais são complementos da esfera do capital, ou seja, se o capital impõe à cultura e à subjetividade sujeições para além do econômico, gerando violências pouco visíveis ao próprio candidato–jogador. Com essa estratégia, argumento dentro do universo da pesquisa e diante das transformações em curso que o futebol revelou–se na relação entre iniciante–futebol e atleta–expectativa de futuro ser uma instituição promotora de sonhos, frustrações e violências à imensa maioria dos jovens envolvidos neste processo.
Palavras–Chaves: Futebol, Formação do Jogador de Futebol Profissional, mídia, sonho e violência.