A consideração da marca-nação recentemente tem ganhado grande importância com países se esforçando para alcançar uma vantagem competitiva global, atrair turistas de todo o mundo, investimento estrangeiro direto e uma força de trabalho qualificada, além de melhorar as preferências dos consumidores por seus produtos exportados. A importância para o Brasil em ter hospedado os dois mais importantes mega-eventos esportivos no prazo de dois anos, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, é discutida em detalhe. O objetivo da pesquisa exploratória aqui apresentada é entender a percepção internacional do Brasil (medida como marca-nação) e determinar se principalmente a Copa do Mundo de 2014 teve um impacto positivo na marca-nação e também nas atividades de turismo no país. A metodologia de um estudo de caso específico foi aplicada. As principais origens de informações foram dados secundários de sites e revistas relacionados a turismo e eventos, bem como dados quantitativos de índices de marca-nação e estatísticas oficiais de turismo. A fonte de dados mais significante foi obtida em sete entrevistas com especialistas no campo da marca-nação, eventos e turismo. A pesquisa sugere que a Copa do Mundo teve efeitos de dois lados. Aumento da consciêntização internacional, hospitalidade e melhorias na percepção da cultura e das pessoas no Brasil são resultados positivos que foram parcialmente restringidos por imagens negativas de corrupção, insegurança e problemas sociais. De forma geral, a Copa do Mundo apresentou resultados positivos na indústria do turismo. Apesar de serem benéficos em muitos aspectos, os mega-eventos aconteciam em um momento difícil para o Brasil, econômico e políticamente. Juntamente com deficiências persistentes das organizações desportivas internacionais, estas circunstâncias impediram ainda mais os resultados duradouros e a reputação internacional. Os resultados, entretanto, não são simplórios. Pelo contrário, são baseados em uma discussão complexa que identifica contribuições positivas dos eventos para a marca de destino e possivelmente para o desenvolvimento uma estratégia da nação-marca no Brasil.