A partir da história da equipe de futebol amador Negritude Futebol Clube, time que teve origem na passagem da década de 1970 para 1980 na região de Arthur Alvim em São Paulo, o trabalho observará nessa prática esportiva um potente caso de associativismo comunitário emergente no final dos anos 1970, que inclui os discursos e práticas do movimento negro daquele período, até reflexões atuais. Através de um conjunto complexo de relações sociais, essa experiência de futebol se mostrará responsável pela geração de pertencimento e de senso de comunidade, contrariando a ideia de que esse esporte é, contudo, uma prática alienante. O texto é resultado da análise da coleta de dados produzidos desde 2011 (entrevistas, fotos e relatos de campo) e que referenciaram a memória e prática desse time no Museu do Futebol, em São Paulo.
Palavras-chave: associativismo; futebol; movimento negro.