O presente artigo teve como objetivo analisar, por meio de reportagens do jornal Diário Esportivo, como os jogadores amadores e profissionais, assim como a ideia de amadorismo e profissionalismo, eram representados e veiculados entre os anos de 1945 e 1946, na cidade de Belo Horizonte/MG. Foi possível perceber uma veiculação discursiva ambígua em relação aos jogadores profissionais, ora destacados e elogiados por manterem “almas” de amadores, ora criticados e denunciados por não cumprirem de maneira satisfatória com suas obrigações laborais. A verificação de um cenário ambíguo, conflituoso e diverso demonstra as complexidades dessa experiência futebolística no contexto específico da cidade de Belo Horizonte, sugerindo um olhar mais cuidadoso para a coexistência dos regimes amador e profissional e ampliando a perspectiva da simples passagem que a ideia de transição comumente supõe.
Palavras-chave: Amadorismo. Profissionalismo. Futebol. Jornal