O futebol desempenha um papel fulcral na transmissão de valores fundamentais. O seu sucesso económico é de saudar. Os negócios não devem, no entanto, ter precedência sobre os valores. A promoção dos direitos humanos devem ser sempre a força motriz as principais ações das organizações tais como a Federação Internacional de Futebol (FIFA). A governance desportiva, e especialmente a governance do futebol, deve basear-se nos princípios da democracia, dos direitos humanos e do Estado de direito, bem como nos valores da convivência, tais como a tolerância, o respeito, o fair play e a solidariedade. A investigação “o papel da governance no futebol” mapeia a intervenção da governance, ou seja, do sistema pelo qual as sociedades desportivas são dirigidas e controladas tendo em conta as especificidades do setor desportivo na fileira do futebol. Através da biografia académica sobre Estórias do Desporto Rei focados na inclusão social, integração da igualdade de género e étnica, corrupção, etc., a literatura desenvolve diversos exemplos, designadamente o processo de a FIFA se assumir como elemento central do desenvolvimento do futebol a nível global; os casos como o Israel e Taiwan como exemplos de segregação étnica e política; o papel da China e do Paquistão relativamente à produção de bolas de futebol feitas à mão utilizando trabalho infantil; o julgamento pela justiça de processos de corrupção em Itália (o caso Caciopolli). Existem análises sobre similaridades do mundo do futebol com o universo empresarial. A evolução de corporate governance no mundo do futebol sugere uma tendência de os seus administradores terem um longo caminho sobre a otimização transparente dos seus principais ativos: os jogadores e as marcas. A indústria do Futebol é global, e uma das maiores do Mundo. Contudo, observamos que o desenvolvimento e a utilização de regras supranacionais de good governance tendem a ser mitigadas pela especificidade do futebol trabalhar com um produto base que se denomina de emoção. E a emoção do futebol vive de identidades próprias que leva ao auge o adepto com a vitória desportiva. Expomos também uma breve contextualização das Sociedades Anónimas Desportivas e o caso do Belenenses, clube histórico da Associação de Futebol de Lisboa.
Palavras-Chave: Corporate Governance, Futebol, Sociedades Desportivas, Corrupção