Em 1975, foi publicado o livro Museu de tudo, que reúne a produção poética de João Cabral de Melo Neto até o ano anterior, de onde duas composições devem ser destacadas: “Ademir da Guia” e “A Ademir Meneses”. Não deixa de ser curioso que os dois jogadores de futebol eleitos para a apreciação do poeta tenham como prenome Ademir, o que sugere alguma experimentação poética através do diálogo entre ambos os poemas. Considerando que no ano anterior à publicação daquele volume tinha havido a Copa do Mundo na Alemanha e no Brasil estava vigorando a ditadura, interessa neste artigo destacar o olhar do diplomata e poeta brasileiro, que também se interessava por futebol.
Palavras-chave: poesia brasileira moderna; futebol; memória; João Cabral de Melo Neto.