Este artigo apresenta uma revisão documental e bibliográfica de parte do histórico de gestão da feminilidade no esporte de alto rendimento. Nesse sentido, é preciso acompanhar como nasce o movimento olímpico. Uma recapitulação necessária para saber de onde vem e como se estrutura a necessidade de controle dos corpos atléticos das mulheres. Com a defesa de certos valores pautados no dimorfismo sexual, entenderemos como a ciência e a medicina auxiliaram na estabilização de fronteiras biológicas, sociais e esportivas. Contudo, à medida que esse conhecimento se transforma, todo um emaranhado regulatório também é atualizado em torno da elegibilidade das mulheres no esporte. A condução do artigo aposta na interpretação de que a proteção da categoria feminina no esporte se fez tanto por meio da suspeição quanto pela justiça, com a linguagem dos direitos sendo cada vez mais incorporada.
Palavras-chave: regulação esportiva; sexo/gênero; feminilidade