A partir da produção jornalística, produzida na Argentina e no Brasil, sobre os heróis do futebol Pelé e Maradona os autores desenvolvem a hipótese de que, contra a interpretação dominante, os argentinos constroem e louvam heróis “dionisíacos” enquanto os brasileiros parecem optar pelos “apolíneos”. Os autores partem do famoso texto jornalístico de G. Freyre onde é santificada a imagem do jogador brasileiro, sobretudo o mulato, enquanto dionisíaco. De fato, o texto provoca a reflexão critica das representações dominantes sobre as identidades argentina (europeizada e iluminista) e a brasileira (autóctone e macuanímica).