No Chile, na primeira metade do século passado, surgiram numerosas revistas esportivas, a maioria delas de existência efêmera. Mas algumas se consolidaram por períodos mais ou menos extensos, o que as permitiu se constituírem em atores socioculturais difusores de discursividades sobre sua atividade que se relacionavam e articulavam com outras, oriundas de diferentes âmbitos da vida social. Em especial, a revista Estadio assumiu um lugar de orientadora e formadora de um público informado e com capacidade de tomar a distância necessária a um juízo crítico, fora dos extremos do aplauso ou vaia. Da mesma forma, se constituiu em um polo permanente de difusão do papel social do esporte, no interior do qual o ídolo esportivo era ressaltado não apenas por seus êxitos, mas também por constituir uma espécie de modelo de vida.