Partimos da ideia de que a construção mítica do futebol como representação da nação brasileira destacou o jogador nacional como quem possuísse um talento distinto. Formulada no contexto dos anos 1930, onde uma nova identidade nacional era edificada, características como improviso e individualidade foram demarcadas como sinônimos de “brasilidade”. Para nós, esta conjuntura designaria pouco destaque ao treinador da seleção brasileira, que organizaria a equipe para um jogo coletivo. Neste sentido, vamos investigar as narrativas de três jornais (Jornal do Brasil, O Globo e Folha da Manhã) no dia seguinte a primeira conquista nacional de uma Copa do Mundo, em 1958. Nosso foco será responder a duas questões: a) se a identidade nacional arquitetada nos anos 1930 foi remodelada após o título e b) se o treinador foi exaltado nas narrativas jornalísticas sobre este triunfo.
Palavras-Chave Jornalismo; Imprensa nacional; Representações; Futebol; Técnico; Jogadores.