Multiplicam-se, hoje, no Brasil, os projetos sociais que objetivam realizar uma intervenção físico-moral em crianças e jovens das camadas mais pobres da população, utilizando os esportes como estratégia pedagógica privilegiada. Estes projetos são bem distintos entre si, retendo diferenças perceptíveis tanto em sua formatação institucional quanto em suas formas de execução. Nesta comunicação sustenta-se a hipótese, contudo, que operam a partir de uma plataforma comum, baseada na naturalização do valor pedagógico dos esportes, complementar à valorização da educação formal, ideário que se legitima a partir de uma determinada visão da sociedade. Discutindo algumas questões já levantadas em um projeto de pesquisa mais amplo, em andamento, serão também aqui elaboradas algumas hipóteses acerca da inserção de atletas e ex-atletas profissionais em projetos sociais.