Esta tese analisa a figura do herói esportivo nas salas “Anjos Barrocos”, no Museu do Futebol, em São Paulo, e “Imortais do Futebol”, localizada no Museu Brasileiro do Futebol, em Belo Horizonte. A missão encampada aqui foi a de verificar como memórias eufóricas nos museus podem ajudar na construção de identidades locais e nacionais, bem como olhar para os museus como espaços dinâmicos de pesquisa, lazer e construção de sentidos. Foram propostas reflexões acerca da função social dos museus de futebol no âmbito do lazer e analisada a constituição da representação e difusão das imagens dos ídolos do futebol como referências para índices de uma memória social brasileira, tendo esse esporte como um fio condutor das narrativas de identidades nacionais por meio de algumas biografias pessoais no cenário coletivo. Problematizou-se, ainda, o caráter celebrativo das exposições no Museu do Futebol e no Museu Brasileiro do Futebol, com uma exaltação dos grandes personagens do futebol e sua relação quase mitológica nas suas conquistas. A partir do estudo e da análise dos museus de futebol e suas exposições e coleções, abre-se um campo de pesquisa interessante para os Estudos do Lazer de modo a ampliar a construção de sentidos e narrativas em torno desses espaços de lazer e memória.
Palavras-chave: Museus; Lazer; Futebol; Ídolos; Memória.