O objetivo deste artigo é mostrar através de pesquisa socioetnográfica realizada em um clube de futebol Alsaciano, frequentado em sua maioria por esportistas e dirigentes “originários da Turquia”, que a resistência contra as discriminações e marginalizações vividas por esta população no âmbito esportivo, parece concretizar-se através do agrupamento associativo. O sentimento de exclusão favorece o chamado “carisma coletivo” (Elias & Scotson, 1997) dos membros da Associação. Deste modo, um certo “espírito de clube” surge como elemento de identificação ligando-os ao seu país de origem. A nossa análise compreensiva, feita a partir das entrevistas realizadas com os “atores” da Associação, demonstra que estes têm a mesma “ percepção étnica” entre si, permitindo que os mesmos a reinvidique ainda mais pelo fato da sociedade de instalação reconhecê-la e estigmatizá-la prioritariamente.